Movimento do Tissot PR 100 P663/763

Amigos,

O Tissot PR 100 P663/763 possui como calendário apenas o dia do mês. Entretanto, pelo que sei, o movimento utilizado é o ETA 2836-2, o qual possui, além do dia do mês, também o dia da semana. Entendo então que a complicação do dia da semana está lá no movimento utilizado, entretanto inoperante e sem o disco que marca o dia da semana. Seria isso mesmo? Qual seria o motivo para não se utilizar o ETA 2824-2, que possui apenas o dia do mês, para equipar tal modelo?
 
Abs,

Humm... você constatou como que esse PR 100 tem uma 2836-2 dentro? Você abriu e viu? Esse PR 100 tel escrito "Swiss Made" no mostrador?

Abraços!

Adriano

Olá

Julgo que o Bernardo se refere a este modelo? Independentemente da cor do mostrador, é claro.

O modelo é o da foto abaixo:


Fonte: http://www.relojes-especiales.com/foros/foro-de-compraventa-relojes-fcvr-700/tissot-automatic-pr100-295465/

Todas as referências que vejo na internet associam o referido modelo ao movimento 2836-2. Isto foi constatado também em um relógio de um amigo que levei para revisar. Havia "Swiss Made" no mostrador, como no da foto acima. 

Abs,

Realmente, o catálogo técnico aponta esse modelo como usando 2836-2 apesar de um calendário só. Motivo? Não sei.

A minha hipótese é de que poderia ser um modelo dos montados na ZFM e por isso a ausência do "Swiss Made", e nessa época, algumas coisas fora do padrão foram feitas. Modelos que deveriam usar 2836-2 saíram com 2846, a contagem de rubis do mostrador não batia com a máquina... etc.

Mas verifiquei a informação técnica oficial e é um 2836-2 mesmo.

Agora, aproveitando a deixa, sobre catálogos comerciais, internet e etc., vou ser sincero: são as maiores fontes de informação errada. Há anos produzo boa parte ou a totalidade dos textos das matérias especiais das feiras, ou especiais de natal, da revista Pulso, assim como o anuário. Recebemos os materiais diretamente dos fabricantes e eu transcrevo as informações. METADE do material enviado está com informações erradas, de todo tipo, que eu tenho que corrigir (pois conheço as informações corretas de cabeça). Calibres errados, reserva de marcha errada, número de rubis errado, e por aí vai. E muitas dessas informações erradas estão nos sites também. Perco a conta de quantos dados técnicos errados eu vejo em sites oficiais, e de marcas famosas. A razão é simples: esse material não é elaborado e distribuído pelo pessoal técnico, mas sim pelo departamento de mídia e acessooria de imprensa.

Abraços!

Adriano

Me desculpem... Estava com alguma pressa e entendi errado, daí o meu post.
Já não tenho acesso à opção de apagar, podem apagar o meu post se assim o entenderem.

Abraço

Aliás, dentro mas fora do tópico, se oficialmente as informações são erradas, imagine nas lojas! Soube que a boutique omega de Brasília abre neste mês. Só quero ver se o nível dos funcionários é compatível com o prestígio da marca ou terei que lhes ministrar alguma aula... Flavio

Flávio, uma coisa todo consumidor tem que ter em mente: nenhum vendedor é um aficcionado nem um expert em relógios. Nunca podemos esperar que um vendedor vá dar nó em caras como você, eu, o Gravina... Anos de experiência e estudo não podem ser assimilados em semanas. Claro, sei que você sabe disso, mas estou usando sua deixa para esclarecer.

Óbvio que é inadmissível um vendedor de uma boutique de uma marca ratear ao diferenciar diferentes famílias, linhas, etc. Pior ainda, inventar coisas, mentir, etc. Mas tem cara que quer que o vendedor saiba de cabeça todos os calibres antigos e em linha, só de olhar para o relógio, e saber quantos rubis tem, e etc.

Óbvio que a capacidade de absorção de informação varia de pessoa para pessoa, mas eu conheci a pessoa que treinou o pessoal das boutiques, presenciei parte dos treinamentos, ministrei outra parte dos treinamentos, vi o tamanho do manual que receberam... fiquei muito surpreso com a profundidade das informações.

Para se ter uma idéia, a boutique de SP abriu em abril e o pessoal já está passando por um novo treinamento.

Então sei que falta de treinamento eles não sofrem.

Abraços!

Adriano

Agora

Bom saber! Digo isso porque, por incrível que pareça, pouco conheço das lojas de relógios no Brasil, mas colegas meus patrões tem reclamado demais das de carros de luxo. Claro que não espero conhecimento de colecionador, mas o mínimo devem ter. Flávio

Mas o mau atendimento em joalherias ou revendedores multimarcas infelizmente é inferior ao ideal, ou ao que o cliente espera. Já fui mau atendido um bocado de vezes, em todos os sentidos, em joalherias, seja pela falta de informação, seja pelo descaso.

O panorama em boutiques é diferente: primeiro porque os caras recebem treinamento da marca. E segundo porque é aquilo e ponto: se você vai ser vendedor de uma boutique, você vai vender aquele produto e só. O cara não vai entrar na boutique JLC se ele quiser comprar um Rolex. Se o cara entra na boutique Omega, é porque ele quer ver Omega. Não tem jóia para atrapalhar, não tem outras marcas para distrair. E a imagem da marca está em jogo. Em revendedores multimarca, há praticamente nenhuma preocupação com a imagem da marca individual.

Abraços!

Adriano

Adriano,

Entrando um pouco off topic, mas vá lá.

Aqui em BH temos um Dealer multimarcas, MB, talvez você conheça.

Neste dealer há algumas store in store, da Rolex, Omega, MontBlanc e etc, como vendedores exclusivos para cada marca.

Esta estrutura equivaleria a de uma Boutique em termos de treinamento e tudo mais?

Lucius

Lucius, realmente não sei te responder como as marcas lidam e o que oferecem em termos de treinamento nesses casos. Mas conheço o pessoal da Manoel Bernardes, inclusive o Sr. Manoel e sua irmã, e eles trabalham muito sério e são muito fortes, e gozam de ótima reputação com as marcas e representantes.

Abraços!

Adriano

Adriano,

De fato as lojas deles são muitissimo bem montadas e recentemente em uma aquisição por lá tive um atendimento muito interessante, com um briefing de cada modelo feito com bons detalhes técnicos e vendedora com muito savoir faire.

Por isto a curiosidade em comparação com as boutiques e o que mais estas podem "agregar" a experiência de compra.

Lucius