Voltando aos relógios...
E ao nosso "guichê" de reclamações e desabafos...
Pois é importante que nós o façamos, ambos, eu creio.
Amigo, Wilson...
Como eu costumo dizer nas entrelinhas,...
Technos, os relógios, tem que ser os dos "bons tempos",...E olhe lá, pois a
assistência (a dos "nossos" tempos) é ridícula.
Arrogantemente ridícula. E não é de hoje.
Nem com a sua própria marca, mas eu passei um "perrengue" muito parecido ao seu na "insistência técnica” da marca, anos atrás, em Sampa, naquela arapuca que eu nem sei se ainda existe, lá na Praça da República.
Lá vai o “causo-desabafo”, a novela...
Foi com um Seiko diver, na época eles se diziam representantes técnicos da marca.
O atendimento "non sense" teve todas as etapas do "manual" do antiprofissionalíssimo...
Tudo começou na sala de recepção, com uma bonitinha pintando as unhas, cheia de motoboys que não estavam nem aí, pois só levavam e traziam os pacotes, onde eu esperei uns vinte minutos, com o papel da senha na mão, até ir a ela dizer...
- Moça, ninguém vai ser atendido?
-
Tem que esperar a sua vez, disse, sempre olhando para as unhas... (e notem que as palavras senhor, por favor, e afins nem sequer passaram por aquela "cabecinha").
- Mas desde que eu cheguei, ninguém foi atendido e você só está aí atrás deste balcão, cuidando das unhas.
- Problema meu... (pasmem!)
- Você poderia me fazer o favor de chamar o seu chefe.
- Não. (pasmem .2!)
Eu aí dei a volta (nela e no balcão) e simplesmente entrei, no que me pareceu ser uma oficina...
Um cara de avental disse...
- Você não pode entrar aqui...
- Talvez eu não devesse, eu sei... Mas que eu posso, como você pode ver, eu posso.
- Quem é o gerente aqui? Eu quero falar com ele.
- Aquele lá... E apontou para um cara dentro de um "aquário" de vidro, lá no fundo.
- Você poderia chamá-lo para mim?
O cara foi lá, falou, apontou para mim e voltou com o veredicto...
-
Tem que esperar lá no balcão, ele vai falar com você lá...
- Ok.
Mais uma meia hora e nada...
De repente veio o mesmo cara, o do avental...
- Sim...
- Mas cadê o gerente, eu quero falar com ele.
- Ele está ocupado, não vai poder atendê-lo.
- Ah, não? Tudo bem, eu espero...
Eu já estava naquela fase de dar uma boiada... E esperei...
Na hora do almoço, eu creio, o tal gerente já ia saindo...
Aí eu falei com ele.
Que manteve o tempo todo aquele ar de profunda arrogância e aborrecimento.
Resultado, ele disse que daria um retorno à tarde, após o seu almoço, pois a peça que eu precisava (um aro) era da Seiko.
Eu voltei...
Ele
mandou me dizer (pelo cara do avental...) que eles não tinham a peça... E que não havia alternativa...
Mas havia...
Antes de ir lá, eu (já gato escaldado) tinha feito uma "busca", e sabia havia um aro, eu creio que em Porto Alegre.
E ele disse,...
- Mas não tem.
Bem,...
Eu saí de lá fumegando, o meu dia foi perdido naquilo,... ... e escrevi para a Seiko no Japão.
Final da história, eu recebi um E-Mail dizendo que o aro estaria dentro de alguns dias lá no "representante" de São Paulo, ou seja lá naquela “bagunça” onde eu estive...
Passado o período eu voltei lá...
A moçoila não estava lá e o cara do avental branco me trouxe o aro.
Eu agradeci pela atenção e prometi duas coisas...
1) "Dar alta" para eles, e nunca mais voltar lá.
2) Contar esta experiência para quem eu puder.Moral da história.
Como sempre, a questão no atendimento a clientes é simples.
Seguir a "regra de ouro"...
Se o seu cliente tem um problema, você, a empresa, tem um problema, resolva-o.
É só isto que o seu cliente quer.
Mas o que nós vemos, em muitos casos, são "regras de chumbo"...
...ou de coisa pior.
Alberto