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Qual cronógrafo é o cronógrafo? Pois é a Omega da Show!

Iniciado por João de Deus, 12 Dezembro 2013 às 20:57:23

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Henk

Ok, speedmaster é speedmaster.

Mas tem muitos fatores que influenciam no resultado. Por exemplo, opinião de donos pode refletir poder aquisitivo. Se qual o crono dos sonhos, aí...


EdBorda

  Boa noite, achei interessante a pesquisa, porêm o autor não especificou como foi feita e qual a amostragem. Durante o texto, cita que os mais jovens preferem Omega e IWC ao Rolex, portanto, eu suponho que a maior parte dos entrevistados são jovens. Talvez se usasse uma população de faixa etária maior, o Rolex ganharia.
Abraços! :)

dsmcastro

Na verdade diz que os compradores mais jovens já não veem muito apelo em marcas como Rolex, mesmo alguns compradores de luxo de primeira viagem ainda comprarem o grupo está decrescendo. Mas, no dia que Omega for melhor que Rolex, Audemars Piguet, IWC e Jaeger-LeCoultre, muita coisa já vai ter mudado no mundo. Isso sem falar de Zenith e Chopard. É mais uma pesquisa pra mostrar que as vezes as pessoas se impressionam sem conhecer outras opçòes. Mas, até fiquei feliz da Hublot ter ficado lá embaixo... hehehehehehe

Ressaltando que no artigo diz que a Omega consegue estes bons resultados mesmo sem ter um marketing muito amplo e agressivo e pode ir mais longe se explorar sua tradição e herança.
www.marciomeireles.com.br
www.behance.net/marciomeireles

Richard

Zenith nas primeiras posições é bem justo viu!!!!

Abs

guilherme1983

Não me sinto confortável em opinar sobre uma pesquisa que colocou, ainda que em um ponto de vista subjetivo, a Tag Heuer acima de Chopard e Audemars Piguet. A impressão que me passa é de que se a Armani tivesse um cronógrafo in-house e tivesse participado, talvez ficasse igualmente acima da Cartier, por exemplo. Sem falar que em um universo de pouco mais de 2000 votos muito pouco dá para perscrutar a respeito do público votante.

Abraços!

Guilherme.

Adriano

Humm... Mas a pesquisa fala em cronógrafos in-house... e coloca o Speedmaster no primeiro lugar. Será que algum dos pesquisadores e pesquisados lembrou que o primeiro Speedmaster in-house não tem nem 3 anos de idade?

Abraços!

Adriano

Dicbetts

A pesquisa parece qualitativa.

Mas sem saber que perguntas foram feitas aos entrevistados, pode dar qualquer coisa.

flávio

Pesquisas... A pesquisa "top of mind" tem algum valor, acredito. Mas valor relativo... Muitos já me perguntaram qual a melhor marca de relógios do mundo e eu, atuando como imbecil, respondi com outra pergunta: qual o melhor carro do mundo? Pois é... Não há o melhor do mundo. Mas se me perguntarem qual é a primeira coisa que me vem à cabeça quando se fala em relojoaria, digo Omega. Isso vale alguma coisa? Não sei...


Flávio

Veiga

Minha experiência profissional é a de um juiz criminal e, portanto, não me sinto autorizado a avaliar a forma e método da pesquisa.
Admito que o universo considerado por ela é um tanto restrito.
Mas parece-me que ela confirma uma certa tendência dos amantes dos relógios mecânicos pelos movimentos 'in house' e também por uma certa sofisticação tecnológica.
As grandes complicações, por outro lado, ficam para um seleto, restrito número de clientes.
O fato da Omega ter iniciado com o vencedor Speedmastar Professional, o Moon, não restringiu essa grande marca a ficar letargicamente produzindo os mesmo movimentos com pequenos incrementos tecnológicos como vem fazendo, v. g., a Rolex. Ela teve a coragem de implantar a genial invenção do escapamento coaxial e desenvolvendo-o desde o 2500 até o 9300 que equipa o moderno Speedmaster. Essa paixão por um bom e confiável movimento atualizado talvez explique muito do que a pesquisa colheu como se percebe nas muitas manifestações nos fóruns e revistas especialisadas.
Já tive vários Rolex, o de minha esposa tem 49 anos, e também tive o Moon, hoje no pulso de meu caçula. Todos excelentes relógios. Mas o novo Speed , para mim e na sua categoria, não tem concorrentes. Só minha opinião...
De minha parte sou apreciador da ETA e, dentre seus movimentos, do modesto mas eficiente 2824-2. Possuo o Seastar atual e só lamento que seu movimento não seja cronômetro. Para mim como usuário não teria para ninguém. Mas como sabemos, nada é perfeito!
Me perdoem a extensão deste post e o tempo tomado de vocês, Veiga.

igorschutz

Citação de: Veiga online 13 Dezembro 2013 às 11:40:12
O fato da Omega ter iniciado com o vencedor Speedmastar Professional, o Moon, não restringiu essa grande marca a ficar letargicamente produzindo os mesmo movimentos com pequenos incrementos tecnológicos como vem fazendo, v. g., a Rolex.

Não é bem assim.

Quando falamos em cronógrafos, a Rolex vinha há muito tempo utilizando movimentos de terceiros adaptados às suas especificações (balanço free-sprung, fiabilidade, etc.), até que em 2000 lançou seu calibre próprio, o 4130, que por muitos anos foi considerado, indiscutivelmente, o melhor movimento crono do mercado (não conheço a fundo a tecnicalidade dos demais, mas não duvido que ainda seja).
Esse calibre foi desenhado e construído do zero, sem se basear em qualquer outro movimento que já havia disponível; muito pelo contrário, até! As soluções adotadas pela Rolex para diminuir o número de peças não tinham similares até então.

Então discordo quando se fala que a Rolex letargicamente produz os mesmos movimentos com pequenos incrementos. Ela simplesmente criou um movimento do zero num momento que nenhuma outra marca se aventurava a fazer o mesmo, nem a Patek, que só foi ter seu crono in house uma década depois.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

vinniearques

#11
Eu posso levantar uma lebre?

Já discuti inclusive com o Vip do fórum sobre isso num almoço por ai.

Quando o Co-Axial foi apresentado a Rolex pela criador, a Rolex simplesmente NÃO quis ele certo? por alguns motivos, mais o ponto é que ela não quis, e porque ela não quis? porque simplesmente é uma empresa de cabeças duras e conservadores ao extremo ou porque de fato ela NÃO precisava daquilo? seus relógios funcionam pontualmente, dão pouca manutenção e problemas e etc, etc, etc, e o Co Axial nao faria diferença pra Rolex?

Porque penso assim, eles tem uns puta calibres, fiáveis e tratores, alem disso possui uma boa tecnologia e muita precisão, ai vem minha opinião, pra que eles iriam utilizar esse novo escapamento se o deles faz exatamente a mesma coisa, com mesma qualidade e técnica e já está testado e aprovado?

Então acho que a Rolex nunca se interessou por Co-Axial e por outras coisas simplesmente porque eles já fazem igual ou até melhor em certos casos.

Então quando vejo pessoas criticando a Rolex ( ninguem em especial) por não utilizar novas tecnologias ( o que é um erro tremendo, basta ver as patentes deles por ai) não concordo, simplesmente porque para que eu vou usar uma nova tecnologia se a minha antiga já funciona igual ou melhor e está consolidada?

Até onde sei o escapamento atual da Rolex trabalha tão bem quanto o Co-Axial, ou não?

Mestres, estou muito errado?




Veiga

Sim, até certo ponto posso concordar com você mas por política da marca ou por questões mercadológicas a Rolex deixou de enfrentar o desafio de produzir relógios com o escapamento coaxial embora tivesse tido a oportunidade de fazê-lo. Não há dúvida de que ao atual movimento "in house" da Omega seja um avanço considerável em razão de toda a tecnologia envolvida em sua produção. Qualquer produto hoje da Rolex é um produto de qualidade até certificado pelo COSC quanto à sua notável precisão. Mas o que quero enfatizar é o desenvolvimento de novos movimentos com novas tecnologias e a Omega não se prende só no escapamento coaxial mas também na utilização , por exemplo, de novas ligas metálicas e por ai vai.
Essa é só minha observação, de um aprendiz nestes temas, e sei do seu conhecimento e experiência aprofundados nestes assuntos. Mas como velho uso produtos comprovados como o meu Seastar com o velo 2824-2,mas fico "babando" com o  novo Speed e todas sua inovações, me perdoe por isso.
Meu abraço, Veiga.

vinniearques

Continuando a boa discussão, continua minha pergunta, A Rolex não está utilizando tantas novas tecnologias como a Omega porque são cabeças duras radicais e conservadores, ou porque eles fazem de outra forma e obtém o mesmo resultado no final? ou o que eles já fazem é tão bom quando o que a Omega vem fazendo?

Isso que quero entender, afinal como Veiga disse a Rolex deixou de enfrentar o desafio dessas novas tecnologias por falta de peito ou por saber que já fazem algo tão bom quanto, e não precisam disso?

vinniearques

Citação de: Veiga online 13 Dezembro 2013 às 13:29:18
...Mas o que quero enfatizar é o desenvolvimento de novos movimentos com novas tecnologias e a Omega não se prende só no escapamento coaxial mas também na utilização , por exemplo, de novas ligas metálicas e por ai vai...

Mais amigo Veiga, Será que a Rolex não usa essas novas ligas e escapamentos porque não precisa? porque já obtem o mesmo resultado sem isso? ou porque faltou coragem?

Veiga

Amigo Vinnie, também estou ansioso por mais opiniões e mais aprendizado.
Meu abraço em todos, Veiga.

flávio

De fato. A Rolex é muito foda, ela faz tudo em casa! O que são novas tecnologias? Digo isso porque nos últimos anos a Rolex criou uma nova liga para fabricação de espirais, outra para componentes de escapamento e, para quem gosta de complicações, até isso fez, no Sky Dweller (que convenhamos, é de gosto duvidoso visualmente falando, pelo menos na minha opinião). Sim, a Rolex não é uma JLC que tem no seu pool uns 547954926685q88ee8q6re8q6e mil calibres diferentes e todo ano lança um, mas nos "detalhes" a marca tem sido muito feliz. Eu gostaria de ver algumas coisas diferentes em termos de movimento dentro da Rolex? Sim, claro que queria! Aqueles triple date do passado são matadores! Mas não acho que o público da Rolex queira ver relógios com fases da lua e data. Neste ponto, a Omega sempre foi menos "conservadora" do que a Rolex que, para o bem ou mal, é o que é...


Flávio

igorschutz

Escapamento de silício é foda? A Rolex é uma das empresas mais presentes e que gastaram mais grana no consórcio que reuniu diversas fabricantes suíças para R&D no uso de silício no escapamento.

Sim, esse mesmo escapamento de silício que a Omega está utilizando em alguns de seus movimentos é fruto desse consórcio (o SG estava ao lado da Rolex), ou seja, a Rolex não o utiliza porque não quer.

A filosofia da marca é oferecer produtos confiáveis e robustos, e fáceis de manutenir em qualquer parte do mundo (em suas autorizadas, claro).
Se um dia se provar que o escapamento de silício é superior ao tradicional, a Rolex com certeza irá utilizá-lo.

---

Sobre o escapamento co-axial, sou mega fã do George Daniels, tenho diversos dos livros que ele publicou, alguns raros até, inclusive já me arrisquei a escrever sobre o grande mestre, porém simplesmente não vejo na prática o co-axial como um escapamento melhor do que o de âncora suíça, pelo contrário até, pois precisou de muitos refinamentos para se chegar aonde está, desde que foi lançado em 1999, praticamente inviabilizando as versões antigas.

Pra mim, o co-axial está mais para um "gimmick", um iniciador de conversa de boteco, do que uma melhoria tremenda; então a pulguinha atrás da minha orelha sempre coça quando vejo alguém falar que Rolex é parada no tempo e que a Omega é a tal porque lançou o co-axial.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
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Adriano

Qualquer coisa que dissermos sobre o porque Rolex ou IWC não se interessaram pelo co-axial será chute.

Eu penso que o co-axial tem mais efeito de marketing do que prático, pois realmente ele, sozinho, não é obrigatoriamente melhor que um bom escapamento de âncora suíço tradicional. Pelo contrário, ele é mais complexo, mais delicado de se dar manutenção e é impossível, pelo menos hoje, aplicá-lo em movimentos baratos. Quero dizer, é uma tecnologia que só tem aplicação se for para ser produzida com máxima precisão. Se você tentar fazer ele com tolerância de 7S26, simplesmente não funciona.

O parâmetro que tenho são os calibres 2500 e 3313, que são calibres "adaptados" para o co-axial. O calibre 2500, o quanto ele é mais preciso que um 1120? Um pouco, na maioria dos casos, e em alguns casos, tem o mesmo desempenho. E o 3313? É um 3303 com co-axial. Denovo, o quanto o desempenho dele é melhor que o 3303? Um pouco, também, na média. Agora, todos eles juntos, são sempre mais precisos que um bom escapamento de âncora como dos Rolex? Não posso comprovar isso.

Agora, os calibres de manufatura 8500 e outros têm um puta desempenho. O quanto isso se deve ao escapamento co-axial isoladamente? Creio que pouco. O quanto isso se deve ao fato de ser todo projetado em volta do escapamento? Um bocado. O quanto isso se deve ao fato de usar duplo tambor de corda, balanço cheio de trique-triques, espiral especial, quando de metal (primeiros 8500A) ou de silício? Muito.

Agora, que fique claro que, o co-axial nunca foi "vendido" com a promessa de melhor precisão imediata; mas sim, uma melhor estabilidade, ou manutenção da precisão ao longo do tempo, entre uma manutenção e outra. Por que? Porque o desempenho do escapamento é muito pouco dependente da lubrificação (que nem deveria existir) do que num escapamento de âncora suíço.

De quebra, por seu ângulo de levantamento inferior, de normalmente 38º ao invés de 50º em média, ou em outras palavras, pela âncora passar menos tempo em contato com o platô do balanço a cada oscilação (coisa que perturba a frequência de oscilação natural do balanço e consome energia), ou em outras palavras ainda, por ele ser mais destacado que o escapamento de âncora suíço, ele tem uma grande possibilidade de ter um desempenho melhor de imediato também. Mas esse não é o foco. O foco, e idéia do Daniels, era ter um escapamento que, como no escapamento de detenção, tivesse desempenho independente de lubrificação, mas que fosse de pequeno porte e com segurança para ser usado em um relógio portátil.

Então, se comparar mesmo, de imediato, um 1120 com um 2500, um 3303 com um 3313, ou qualquer um deles com um Rolex, não vai se espantar. O foco não é esse. Mas dali 5 anos, para você continuar tendo desempenho, é mais fácil conseguir tendo um escapamento como o co-axial do que um de âncora suíço. O Rolex costuma ter um puta isocronismo, por isso, mesmo com amplitude lá em baixo, costuma ter bom desempenho. Mas isso é difícil de se obter e depende demais de sorte. Com um escapamento co-axial, você tem mais chance de um bom desempenho por um tempo mais longo. Demora mais para começar a sofrer com amplitude. Ou, pelo menos, deveria.

O co-axial não faz milagre. Não é obrigatoriamente um escapamento melhor, mas sim, uma alternativa que se trabalhada com um conjunto de outras tecnologias, fazem do calibre 8500 um mostro de precisão, muito mais do que um calibre 2500.

Uma coisa é óbvia na filosofia da Rolex: em time que ganha, não se mexe. Vide seus desenhos. Faz o mesmo com suas tecnologias. A Rolex deve ter mais aplicações de patentes do que a ETA junto com suas empresas do Swatch Group responsáveis por esses desenvolvimentos. A Rolex tem patentes de coisas totalmente malucas, balanços especiais, escapamentos especiais. Mas entre pesquisar isso e botar isso no mercado com a certeza absoluta de que funciona de maneira infalível, tem um longo espaço de tempo e um risco que só aumenta quanto menor for esse tempo. Não é segredo que a Omega bateu cabeça com o co-axial. É muito esforço para fazer isso dar certo em larga escala, muita grana gasta, e um mundo de incógnitas.

Abraços!

Adriano


igorschutz

O ideal seria que o co-axial fosse utilizado por toda indústria, e que todos os equipamentos e todos os técnicos fossem criados e treinados com este escapamento em mente; ou seja, o co-axial, no papel, de fato funciona melhor que o escapamento de âncora, porém, como ele é um produto de nicho, utilizado apenas por uma marca, seus benefícios não são amplamente percebidos. Pelo contrário, percebe-se apenas que aquele Omega com co-axial PRECISA ser revisado num relojoeiro especializado (na prática, apenas assistência técnica), senão "baubau", e dá-lhe grana e tempo de espera na hora de revisar seu relojinho...
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

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