Eu simplesmente não falo sobre valores com ninguém que não seja "do ramo". Não escondo, mas evito falar. Primeiro, justamente por causa do julgamento. Segundo, pela brutal diferença de noção de valores.
Aliás, eu simplesmente não converso sobre relógios com absolutamente ninguém fora do ambiente profissional ou fora do rol de amigos colecionadores, a não ser que me seja perguntando algo. Senão, não converso, é perda de tempo. Não gosto de conversar sobre assuntos que não interessam ao interlocutor. É inócuo, improdutivo.
E isso eu aprendi com o tempo. Eu era cheio de querer "doutrinar" todo mundo à minha volta sobre o assunto de relógios. Desisti. Hoje quando me perguntam "que relógio você acha bom para eu comprar?", eu meto logo um "Casio". Aí me perguntam: "mas eu quero um relógio bom de verdade". Aí eu pergunto se a pessoa tem pelo menos, por baixo, uns R$ 7.000,00 para gastar, coisa que nem eu tenho (e que é, de verdade, a minha noção de um valor onde começa-se a comprar relógios bons de verdade, novos). Normalmente a pessoa responde "nem a pau" e o assunto encerra.
Fora aquela pergunta clássica: "qual o melhor relógio que existe?" Além de "irrespondível", a pessoa pergunta e eu começo a falar. Depois que a pessoa percebe que a resposta vai durar mais de 2 minutos de conversa (e que precisaria durar mais ou menos umas duas horas), a pessoa já faz cara de desinteresse e eu fico aborrecido. Por isso não falo mais sobre relógios. Falo até sobre a novela, mas não falo sobre relógios.
Abraços!
Adriano