Menu principal

Preço de revisão - Omega Reduced

Iniciado por Rafael_DF, 28 Janeiro 2014 às 23:37:23

tópico anterior - próximo tópico

TUZ40

Muito importante esta colocação, realmente é bacana mostrar para eles este lado também, para que assim esta postura se mantenha.
"All your base are belong to us"

flavio


jfestrelabr

Ops estou vendo um risco na platina, é a foto ou arranharam o seu movimento?

Kkkkkkkkk ;D
Rolex ou Rolex.

Fórum Genérico, respostas genéricas.

Alberto Ferreira

Citação de: flavio online 30 Dezembro 2014 às 00:37:59
...

"Não nos pergunte do que somos capazes, dê nos a missão!"

...

Flávio

Pois é!
Ponto para quem é sério e respeita os seus clientes.

Nestas situações, e a exemplo da frase que eu me permiti quotar, eu sempre lembro da famosa "regra de ouro", aquela que eu aprendi na minha vida profissional, trabalhando com gente (e empresas) séria.

"Se o seu cliente tem um problema, você tem um problema",...
Resolva-o.

É tudo o que ele espera.  8)

Alberto

CSM

gol da alemanha foi fantastico...... que bom que resolveu.

abraços
Membro do RedBarBrazil

michelim

"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

aguiar

                 Competência alemã  :D. q ótimo que deu tudo certo.

                            Abs

Dicbetts

Nessas horas é que se vê que respeito ao consumidor é algo simples. E cativante.

Dic

flávio

Claro que eu tinha que desenterrar o tópico após ver outro no The Purists. Vejam só... O cara manda um GP Seahawk para revisão e... Cobram--lhe na autorizada 1750 dólares (num relógio que certamente não valerá, após a revisão, o dobro disso, se valer). Mas o cara sequer reclamou do preço. O problema é outro... E depois, quando digo que há um problema na indústria, da venda ao pós venda, alguns ainda acham que não...

http://www.watchprosite.com/?page=wf.forumpost&fi=6&ti=1077398&pi=7894403

ThiagoDF

Não é bem uma revisão, pelo que o cara relata, a coroa de ouro não rosqueia mais e entrou água no relógio... ;D Isso é o que ele sabe, imagina o que não tem de problema dentro desse relógio.

Achei mais absurdo, como o próprio dono relata, o tempo aproximado de 44 semanas para a devolução do relógio.

Membro do RedBarBrazil

flávio

Sim, foi o que quis ressaltar: o cara nem ligou muito para o preço, mas 10 meses para arrumar? Ora, tenha dó! Nem se a GP começasse agora a fundir o metal para fazer o produto não demoraria tanto.


Flávio

Dicbetts

Reclamando de quê? A Breitling levou um ano para dar o orçamento de um Top Time e para dizer que não fazia o serviço na caixa de outro crono que tenho.

A pressa é inimiga da perfeição, mas acho que estão exagerando na perfeição.

Dic

flávio

Como já dizia minha avó, "quem não tem competência, que não se estabeleça"...

Adriano

O relógio não é tão antigo mas já é considerado vintage e o conserto não é feito na linha de produção normal. A maioria da fábricas possuem um setor da oficina só para fazer vintages e restaurações e com o "boom" nos últimos anos de gente adorando vintages, essas oficinas tem um, dois, no máximo três relojoeiros e um caminhão de relógios para consertar. O tamanho da fila é que justifica o prazo em muitas vezes (mas não sei se é esse o caso). E os caras na Suíça são "caxias" no que tange tomar "atalhos", como por exemplo, desviar parte da produção da oficina de vintages para a oficina "normal", desde que o nível de complicação da restauração esteja de acordo com a habilidade dos relojoeiros.

Por essa razão tem fabricante que nem se mete com vintage: saiu de linha já era, têm peças por mais uns anos e quando acabar acabou, compra outro. Não sei se acham isso pior ou melhor, mas...

O que me chamou atenção é que o relógio vai precisar de mostrador. Não sei se eles têm esse mostrador em estoque ainda. Pois pode ser que tenham que mandar fazer e aí, quem reforma mostrador na Suíça, tá pedindo por ai também, algo em torno de um ano para reformar...

Me parece ai uma questão de fila mesmo, de falta até de profissionais para fazerem isso. Não sei se é esse o caso da GP, mas de muitas fabricas que conheço, isso é um problema já de anos.

Enfim, não sou advogado da GP, aliás não sei quase nada sobre a marca. Estou apenas palpitando com base na experiência que tenho.

Não creio ser incompetência. Conheço "ao vivo" dois centros de restaurações, o da Omega em Bienne, que conta com uns 4 ou 5 relojoeiros, mas "chove" relógio do mundo todo. E acredito que muitas coisas eles dividam com a produção regular de consertos. E conheço o da AP. Na AP toda complicação e especialidades genebrinas vão para lá, ou seja, não é só AP. E são em 5 ou 6 relojoeiros top do top. Que você não encontra a rodo nem na Suíça, então não é só uma questão de contratar mais gente. Os caras fazem restaurações de 600, 800 horas, a algo em torno de CHF 500,00 ou 600,00 a hora. E os negos mandam fazer. Enquanto uma restauração dessa não fica pronta, outra não anda na fila. Enfim...

Pode-se colecionar selos, ao invés...

Abraços!

Adriano

Adriano

Reforma de mostrador: tinha a Sarica, que por conta da demanda, pedia 45 a 60 (e as vezes levava 90) dias para reformar um mostrador. Fechou. Agora quem quiser eu mando para a Suíça. O cara me pede 10 meses. Eu tenho que pedir um ano. E custa umas 5 a 10 vezes mais que custava a Sarica. O que eu posso fazer? O que? Ou é incompetência?

Tem um nego na Inglaterra que tá pedindo um ano e meio para reformar mostrador.

Abraços!

Adriano

flávio

#335
É óbvio que é incompetência. Ou a adequação do número de funcionários para realizar o trabalho no tempo adequado não é sinônimo de competência? Experimente deixar um veículo numa concessionária por um ano para conserto... Esse estado de coisas é, mais uma vez, reflexo da política das empresas de foder os consumidores, ao implodir a carreira do reparador independente. Presume se que ao impedir o acesso por parte dos independentes às peças, com centralização de serviços a preços muito mais caros, a excelência estaria à sua porta. A impressão que tenho é que as fábricas simplesmente querem que seus próprios consumidores girem a indústria hoje, tornando seus produtos por vias transversas descartáveis, através das suas políticas de manutenção, para que a obsolescência os leve a comprar novos produtos. Isso é um tiro no pé... O consumidor não irá comprar outro relógio porque, ao levar um para revisão autorizada, lhe apresentam um valor e prazos que inviabilizam a manutenção. A pessoa não irá comprar outro para substituir o antigo... Eu, por exemplo, já colecionei selos, mas abandonei o hobby. Eu, por exemplo, já colecionei relógios, mas abandonei o hobby... Flávio

Enviado de meu Lenovo A6020l36 usando Tapatalk

flávio

Aliás, sobre a política das empresas, achei um curioso texto que abordava o mercado russo, mas que também discutiu, ainda que de passagem, a política da Rolex, que é a das demais. O texto é de 2011 e impressionantemente profético. Extrai um trecho:


What Le Temps has also reported is that Rolex is engaged in a programme of market manipulation ahead of launching a new volume from the Geneva factory. Unsold watches were being repurchased from retailers, the newspaper said, and contracts with traditional component manufacturers and suppliers were being terminated. In their place, Rolex is planning to control all parts of the watch production line, adding another 300 workers, and turning out "an even larger output of timepieces."

Watchmakers in Europe say that Rolex is preparing to put on the market one million watches per annum. That represents a jump of almost 30%. To sell this many, the company is aiming, not so much at taking market share from other luxury watch brands, but rather at existing Rolex owners. Across the world, watchmakers and jewellers, who have held licences to repair and service Rolexes for many years, report that their contracts are being terminated, and they are being cut off from the supply of certified Rolex spare parts and components on which the quality of the watch and its guarantee depend.

In their place, Rolex is promoting a reduced number of its own service centres. Trade sources say that Rolex has issued a global policy, requiring these centres to lift the price for servicing watches brought in by current owners, so that the cost of repair is at least half or closer to three-quarters of the price of a new watch. In Melbourne, Australia, for example, the estimate for routine servicing for a Rolex Oyster Perpetual Air King (circa 1970) is almost $1,200. In London, the price is the equivalent in pounds. By contrast, in a mid-size town in France, the licensed watchmaker still in business with a Rolex licence charges just €200 for the same job, including parts The licensed watchmakers of Geneva were charging an equivalent t price two years ago.

But no more. The French watchmaker isn't going to last long in the Rolex business, he says. That is because a flood of new Rolex timepieces is coming, and to assure that they will be sold, the Rolex strategy is to send as many old Rolexes to the scrap heap where they will compete with Asian-made replicas and counterfeits. Rolex clone movements, as they are called in the spam market, are currently priced at around $150. Full fakes or replicas can be bought for between $39 and $69.



O mais importante aí é: a estratégia da Rolex era "sucatear" seus próprios relógios, para que seus próprios consumidores comprassem novos produtos, ao descartarem os antigos.

Isso deu certo nos últimos anos? Bem... Eu acho que não. O declínio das vendas nos últimos dois anos talvez indique uma tendência. Só o tempo dirá...

O texto completo

http://www.businessinsider.com/privatizing-rolex--the-fake-tells-a-truer-tale-2011-3

Flávio

Adriano

O argumento de que o gargalo é fruto entre outras coisas do não fornecimento de peças para terceiros me convenceu. É um gargalo que criaram porque quiseram, é o que você quis dizer, certo? Me convenceu.

Abraços!

Adriano

Dicbetts

Citação de: flavio online 25 Agosto 2016 às 09:30:58
É óbvio que é incompetência. Ou a adequação do número de funcionários para realizar o trabalho no tempo adequado não é sinônimo de competência? Experimente deixar um veículo numa concessionária por um ano para conserto... Esse estado de coisas é, mais uma vez, reflexo da política das empresas de foder os consumidores, ao implodir a carreira do reparador independente. Presume se que ao impedir o acesso por parte dos independentes às peças, com centralização de serviços a preços muito mais caros, a excelência estaria à sua porta. A impressão que tenho é que as fábricas simplesmente querem que seus próprios consumidores girem a indústria hoje, tornando seus produtos por vias transversas descartáveis, através das suas políticas de manutenção, para que a obsolescência os leve a comprar novos produtos. Isso é um tiro no pé... O consumidor não irá comprar outro relógio porque, ao levar um para revisão autorizada, lhe apresentam um valor e prazos que inviabilizam a manutenção. A pessoa não irá comprar outro para substituir o antigo... Eu, por exemplo, já colecionei selos, mas abandonei o hobby. Eu, por exemplo, já colecionei relógios, mas abandonei o hobby... Flávio

Enviado de meu Lenovo A6020l36 usando Tapatalk

Concordo com parte do que Flavinho disse. Colocando o verbo no condicional: não seria incompetência, mas deliberado.

As fábricas estariam observando o "movimento da maré, se o gosto por vintages coisa que dá e passa.

Isso explicaria as equipes pequenas de relojoeiros. Como é um pessoal bem pago e super-especializado, fica caro montar um time com mais de uma dezena deles - se tiver isso tudo de gente. Além disso, a receita recolhida das restaurações deve pesar pouco no faturamento global da empresa.

Mas tem um timing delicado aí. Se as filas continuarem grandes, muita gente desanima. Mesmo entre os vintageiros de carteirinha.

Dic

flávio

#339
Sim, é deliberado, como indicado nesse texto que achei, ainda de 2011. O que não me convence até hoje, muito embora não duvide, são os motivos internos citados também no texto, causar uma obsolescência forçada dos produtos, para que os consumidores destes mesmos produtos continuem a girar a máquina, comprando novos modelos. É claro que isso acontece em todo tipo de indústria, mesmo naquelas que oferecem produtos caros, como, por exemplo, a de produtos de tecnologia. Afinal, um  iPhone que se compra hoje no Brasil por 4 mil reais irá se tornar obsoleto em um ano, até mesmo pelo peso dos novos softwares, e mesmo assim ninguém deixa de comprar. O que me causa espanto, se é que o texto que indiquei está certo, é uma política das empresas de, a bem da verdade, criarem uma rede se reparos, entre aspas, de mentirinha, cobrando preços absurdos ditados pelas fábricas, para indiretamente obrigarem os consumidores a jogarem seus relógios em gavetas e virem a comprar outros para substitui los. Se a indústria realmente assim está agindo, dará com os burros na água, porque a imagem vendida de um relógio mecânico é justamente sua perenidade. Flávio

Enviado de meu Lenovo A6020l36 usando Tapatalk