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Preço de revisão - Omega Reduced

Iniciado por Rafael_DF, 28 Janeiro 2014 às 23:37:23

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dwbr

Koopa, o pensamento é interessante. Vale fazer as contas. Para mim o problema é o constante reajuste dos preços nos relógios.

Tenho um Submariner 16110 que paguei menos de R$ 8.000,00. Hoje aqui no Brasil mal compra um usado em bom estado. O Cerâmica eu não gosto (até vendi o meu). O que vou fazer?
Posso usar 15 anos sem manutenção que provavelmente vai funcionar. E depois? Jogo fora? :) Com uns R$ 2000,00 da assistência da Rolex tenho o relógio novo outra vez.

Agora, para a maioria dos Orient, Seiko etc. mais simples talvez seja válido o pensamento.

E não tem como dar revisão vitalícia gratuita porque boa parte do lucro já foi gasto pelo departamento de marketing. :D
.·.

igorschutz

Algumas marcas, de relógios bem exclusivos, desses que fabricam menos de uma centena ao ano, oferecem garantia vitalícia, porém vai saber até quando vai durar a marca...

Agora não estou lembrando o nome, mas vi o anúncio numa Watch Around que li há algumas semanas. Vou procurar pra ver se acho.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

flávio

O que acho que deveria ser instituído como POLÍTICA das fábricas, assim como é feito com os carros, seria a primeira revisão "gratuita". O cabra aprenderia a necessidade de revisões num relógio, já que a maioria usa o relógio além do tempo devido e, quando chega a hora de revisar, não se trata mais de mera revisão, mas restauro (com preço paulada). Mas isso é outra história...


Flávio

Betocd

Citação de: flavio online 01 Fevereiro 2014 às 12:53:06
O que acho que deveria ser instituído como POLÍTICA das fábricas, assim como é feito com os carros, seria a primeira revisão "gratuita". O cabra aprenderia a necessidade de revisões num relógio, já que a maioria usa o relógio além do tempo devido e, quando chega a hora de revisar, não se trata mais de mera revisão, mas restauro (com preço paulada). Mas isso é outra história...


Flávio

Otima ideia.

Abs

Alberto Ferreira

A Orient fez isso, ou tentou fazer, aqui no Brasil.

Nos seus Orient LE (Limited Edition), modelos especificamente desenvolvidos para o nosso mercado.

Que foram vendidos com revisão gratuita e garantia estendida.

E aí eu pergunto.
A estratégia funcionou?
Por que não?

Alberto

Adriano

Vão me perdoar, mas comparar jóia com relógio, nesse aspecto, não tem o menor cabimento. Jóias não precisam de manutenção exceto por limpeza, não precisam de lubrificação, não sofrem desgaste ou esforço mecânico considerável. É a coisa mais simples do mundo dar garantia vitalícia num anel, que, se colocar num canto por um milênio, continuará igual.

Como dar garantia vitalícia num instrumento que tem lubrificação, atrito, peças móveis, juntas de vedação, pulseiras em material orgânico... é impossível você garantir que isso não vá sofrer desgaste ou defeito para o resto da humanidade. É absurdo.

É preciso em primeiro lugar definir o que é garantia. Garantia é um instrumento contratual que te protege de gastar caso exista um defeito de fabricação. Ponto. Te dar manutenções gratuitas por um período ou pelo resto da sua vida pode ser chamado de qualquer coisa, menos de garantia.

Outra coisa, pensar que a manutenção deveria ser mais barata porque o fabricante já ganha na venda do relógio é ignorar completamente o fato de que em muitos casos quem dá manutenção é uma empresa terceirizada, que não é ONG, mas uma empresa que tem que dar lucro como qualquer outra, e que para você dar manutenção barata até hoje em relógios fabricados na década de 1900, 1910, 1920, como é comum com Omega por exemplo, teriam que ter vendido eles por um preço descomunal.

Abraços!

Adriano

Dicbetts

Gasto uma nota preta com manutenção dos meus relógios. Onde faço? Num relojoeiro que, até agora, não traiu minha confiança.

Não posso dizer que seja o melhor, mas está longe de ser o pior. Faz bobagens? Faz, mas nunca dei esse azar.

Autorizada faz bobagem? Faz, e muita. Só que creio ser do jogo - não há coisa alguma à prova de falhas do ser humano.

Dizer que manutenção é cara ou barata, é valor percebido individualmente. Para mim, é barato em função do prazer que me dá em troca, quando vejo meus relógios (ou carros, ou aparelhos de som...) funcionando perfeitamente.

Quem não quer gastar com isso (e acho os preços, em regra, justos; a cobertura que as assistências dão são suficientemente longas para o caso de a peça não retornar OK para a mão do dono), deve optar pelos descartáveis.

E já embutir a decisão que tomou no orçamento pessoal.

Dic.

Koopa

A questão é exatamente essa Dic.
Quem compra um relógio desse porte tem que se planejar mesmo em assumir e arcar com caríssimas revisões... senão é melhor um descartável.

Mas o que ocorre é que, em casos que eu citei, descartáveis que duram 30 anos não podem ser considerados como tais... não se apegando a maquinário ou se o mecanismo será ou não mexido para ressussitá-lo, 30 anos é um p* prazo.

Meu pai com um Relógio de 30 anos só gastou quando comprou o mesmo... e está super feliz como o mesmo, que virou parte de sua vida... mesmo estando consciente de que um dia ele estragará.

Mas, convenhamos já cumpriu e muito bem o seu papel.

flávio

Olha, ao contrário do que possa ter parecido, apesar de eu achar os preços de revisões um absurdo, no final das contas é um gasto até pequeno, porque um relógio bem cuidado vai fácil uns 8 anos sem revisão. O que me deixa PUTO DA CARA é o defeito recorrente. Meu Avigation, como já citado várias vezes, já passou por tantas revisões, mas tantas revisões, que eu praticamente não o utilizei mais do que 3 meses seguidos. Aliás, até hoje acho um absurdo que a Longines não tenha assumido esse problema do meu relógio como questão pessoal, não por eu ser administrador de site de relojoaria influente, essas bobagens, mas por ser um consumidor da marca! A Longines já tinha que ter me dado um relógio igual há séculos, quando o Avigation apresentou os primeiros problemas e assistência técnica alguma foi capaz de resolver.

Por incrível que pareça, o Speedmaster Reduced que tenho é outro... Já passou por 3 revisões nos últimos 15 anos, o que, convenhamos, não está fora do normal...

Flávio

Carbonieri

Flavio o duro de tudo isso é ver aqueles "orientão" no braço de servente de pedreiro por 15 ou 20 anos, sem revisão e funcionando redondinho...... ;D
sic transit gloria mundi

flávio

De fato. Mas confesso que entre os meus relógios "só" tive 3 que arregaram antes do tempo. Meu Speedmaster Reduced, com uns dois anos de uso, simplesmente parou de funcionar sem motivo aparente; o Longines, que soltou um parafuso com poucos mesos de uso e travou o balanço; o Nomos, que começou a parar, com claro problema de lubrificação. Mas enquanto o Reduced e Nomos voltaram a funcionar sem problemas, o Longines não. E tome revisão! Eu provavelmente já gastei neste relógio o seu valor em revisões. Isso é absolutamente inconcebível! Pagar 1500 contos que seja a cada 8 anos para revisar um relógio vá lá. Pagar duas, três, quatro vezes por um problema persistente é inacreditável.


Flávio

Koopa

Concordo com tudo que disse Flavio.

Carbonieri, e o piro de tudo é que na maioria das vezes, esses relógios que duram 20 anos estão nos punhos de "peões" que não tem o mínimo de zelo....
Agora o foda é um relógio caro, na mão se quem entende e cuida com todo carinho, apresentar defeitos antes deles.... dói o bolso e a alma mesmo.

Correia

Mesma coisa que um Mercedes 190d ou um VW Golf que fazem 500 mil kms com revisões normalíssimas e depois um Ferrari F355 ou um 993 Carrera 4s que só andam 2000 kms/ano e provavelmente têm de ir mais vezes à oficina, com os elevados custos inerentes.

Vejo a coisa como normal, quando se compra Ferrari não se está à espera que o intervalo entre revisões seja de 100 mil e que não dê problemas.

Quão maior é a potência e complexidade mecânica da coisa, mesmo que com qualidade excepcional, maiores probabilidades de algo avariar.

Abs,´
Correia
Convém evitar 3 acidentes geométricos nesta vida : círculos viciosos, triângulos amorosos e bestas quadradas.

Alberto Ferreira

Pois é...
As revisões (sua falta) e os (maus) tratos...

Eu vi muitos daqueles, Orient´s (tipo verde "varejeira"...) e Seiko´s (azuis metálicos, ou algo menos definido...  :D) com as suas pulseiras de aço (bem folgadas, tamanho original  :D, pois ninguém sabia ajustar...) literalmente girando nos punhos de peões que operavam marteletes pneumáticos (conhecidos popularmente como "britadeiras"  ;)), e cheguei a ver alguns com as pulseiras e caixas já gastas pela ação constante da poeira (autêntico pó de esmeril...  ::) - pura sílica  :D)...
...lá, direto debaixo daquele o "solzão da gota".

Todos devidamente mecânicos, a opção dos peões pela dificuldade de encontrar baterias nas obras de construção civil pesada, longe das cidades, portanto.
Ah! E o relojoeiro mais próximo era uma "miragem", digamos, literalmente a montanhas de distância.

E tais relógios funcionavam como podiam, como lhes era dado funcionar, "na maior", e imaginem só o calor e a trepidação, tudo na boa!
E quanto tempo levava para o "descarte",  irreversível e definitivo?

Anos...
Ou quando a pulseira arrebentava (pois reposição, nem pensar)...  
Eu diria.  ::)


E aí eu sempre tive uma dúvida...
Eles usavam os citados, porque não podiam comprar nada diferente, claro!

Mas, será que um "coroado", um "ferradura", (básicos), ou outro do mesmo nível aguentaria o tranco?

Eu temo que sim...  ::)

Será mesmo?
;)

Alberto

Adriano

#94
Citação de: Dicbetts online 02 Fevereiro 2014 às 10:10:35

Autorizada faz bobagem? Faz, e muita. Só que creio ser do jogo - não há coisa alguma à prova de falhas do ser humano.

Dic.

Desculpe a citação Dic, mas a afirmação de que autorizada "faz bobagem, e muita", não é meio generalista? Com tantas marcas diferentes, de níveis tão diferentes, será que não seria necessário uma vasta experiência nas principais autorizadas de relógio do Brasil e ter experiências ruins com a maioria para afirmar isso? Você teve essa experiência?

Pode haver autorizadas, nas quais você teve más experiência (que te levaram à conclusão de que elas fazem muita bobagem), mas garanto que existem outras em que há gente que trabalha muito duro, muito mesmo, para que as bobagens não ocorram, o que é especialmente difícil quando envolve um grupo de pessoas, onde há de se ter controle sobre todos os envolvidos. Ainda que um índice zero seja impossível, pois como você mesmo disse, e concordo, erros são inerentes do ser humano, existem autorizadas onde há gente séria, competente e determinada, e que as bobagens, são mínimas, mesmo consertando-se cerca de 700 relógios por mês.

Abraços!

Adriano

Veiga


GuilhermeLago

Citação de: Adriano online 03 Fevereiro 2014 às 01:47:15


Desculpe a citação Dic, mas a afirmação de que autorizada "faz bobagem, e muita", não é meio generalista?

Adriano

Entendi a afirmação do Dic como generalista mesmo. É quase que uma "obrigatoriedade estatística". Com a vasta quantidade de ordens de serviço, às vezes ocorrerão erros.
Circulou aí um vídeo bem bacana mostrando o super cuidadoso trabalho de uma revisão na IWC. Lendo os comentários no site que hospeda o vídeo vi, sem surpresa, algumas reclamações. Inclusive algumas delas que poderiam ser classificadas como "fazeção de besteira" mesmo - como por exemplo, substituir ponteiros de relógios sem respeitar o exato modelo (sniff, seu IWC virou um franken-watch oficial...).
Esta aí tb o Flávio, há não sei quantos anos correndo atrás da Longines... Sempre usando serviços de autorizadas.
Já me ocorreu de tirar meu carro da primeira revisão (novinho em folha, portanto) e o "santo" mecânico simplesmente esqueceu de colocar a tampa do reservatório de óleo... Imagine-se com o carro cheio de malas, 2 crianças e uma esposa em meio a uma cortina de fumaça branca às 5 da manhã percebendo que seu feriado foi pro brejo!
Mas isso é outra história.

Abraços!

dwbr

Olha, pode até fazer bobagem... Minha única experiência até então foi com a IWC. Aconteceu sim uma bobagem. Resolveram o problema na hora sem a menor dor de cabeça para mim. Isso porque a bobagem aconteceu depois de entregue. Se fosse antes, tinham resolvido por lá mesmo. Foi uma mancada geral que acabou entregando o relógio antes de fechar a caixa e prender o movimento direito, aquela plaquinha foi parar no balanço. Abri a tampa com a mão mesmo. Baita de uma c*****, mas resolveram sem questionamentos.

Não tenho a ilusão de ter um serviço 100% perfeito sempre, a avaliação se dá na forma como um eventual problema é solucionado.

Em relação ao Flávio, eu já teria dado uma passada no JEC faz tempo... :)

Citação de: Adriano online 03 Fevereiro 2014 às 01:47:15

Autorizada faz bobagem? Faz, e muita. Só que creio ser do jogo - não há coisa alguma à prova de falhas do ser humano.

Dic.

.·.

Bernardo

#98
Sou cliente da Watch Time há cerca de 3 anos. Tenho tido grande satisfação com os consertos/serviços que Elivelton e equipe têm realizado em meus relógios. Neste período, tive a oportunidade de conhecer o Mauro, a quem considero um excelente e dedicado "médico" de relógios. Assim sendo, sugiro ao colega Rafael DF que envie o seu relógio para a Watch Time, de maneira a ter o seu Omega Reduced revisado conforme os padrões do fabricante. Em relação ao valor, acredito que gastará um pouco mais do que o valor citado no início do tópico, talvez algo ao redor de 10 a 15% do preço do relógio novo, o que acho que vale bastante a pena, haja vista a alta qualidade do serviço, as peças inclusas e a garantia dada.

Em relação ao procedimento e preço dos serviços, como já dito aqui, é determinado pelo fabricante e deve ser seguido pela assistência. Vejo que há também, em fóruns estrangeiros, a queixa de que as revisões dos relógios Omega são caras. Assim sendo, o preço de tais revisões não é um problema local nosso, e sim uma realidade global.

Abs,

Lança

Atravessando o tópico sem mudar de assunto queria perguntar, tenho um reduced que gosto muito, os "palitos" das horas perderam o lume, estão amarelados, pergunto numa revisão da pra trocar isso ? Queria vê-lo como novo