A lógica do terror inclui a divulgação, sobretudo. Aí tudo pode ter dado errado. O que era para ser um sequestro, com possível publicidade quando os terroristas estivessem em algum lugar que os abrigasse, se tornou tragédia. (Seria algo parecido com o que fizeram alguns pilotos russos, que desertaram durante exercícios, na década de 1970. Todos só tomavam conhecimento quando chegavam ao Japão.)
Sobre reivindicação, não necessariamente. Mesmo porque reivindicações se ajustam aos acontecimentos.
No 11 de Setembro, disseram que era ação antiamericana. Mas podia ser anti-qualquer coisa: contra os EUA, contra as companhias aéreas, contra o WTC, contra o Donald Trump... Justificativas arranjam-se.
Sobre a manutenção malfeita, é uma hipótese.
Mesmo sendo uma empresa estatal, a Malaysia tem ações em bolsa. Com os papeis caindo, dependendo do que tiver acontecido vão virar pó. Falha de manutenção talvez não seja tão negativo quanto vulnerabilidade ao terror.
Sequestro por causa de terrorismo gera pânico, desconfiança, insegurança. Estão aí os filmes para reforçar esse conceito (quantos aqui não foram ver esse que estava em cartaz, com o Liam Neeson?)
No dia que começarem a fazer filmes sobre falha na manutenção, pode ser que o eixo vire.
Outra coisa: a derrocada da PanAm (fechou em 1991) começou logo depois do episódio de Lockerbie (1988).
Para concluir e adicionar mais lenha nessa fogueira: separatistas islâmicos chineses fizeram atentados em Pequim e em Kunming, recentemente. Como a maioria dos passageiros do jato era de chineses, e comandante e copiloto professavam a fé muçulmana...
Dic