Minha opinião: não existe método 100% eficaz de se autenticar um relógio. Eles surgem, mas dali meses os falsificadores copiam esse método.
Vide o que nos disse (algo que eu já sabia) o colega dwbr, sobre o lance do vidro. Aí inventam a etiqueta RFID. Dali dois meses os falsos também virão com elas, com códigos falsos, e etc. Aliás, acho que quanto mais eletrônica e informática você botar no meio, mais fácil e mais rápido é de falsificar ou "hackear"/"crackear" o negócio.
O que resta? Tecnologia? Não há mais tecnologia que os chineses (cito-os por serem os reis da falsificação) não possam copiar. Eu não acredito em mais nada, para mim não resta mais segurança nenhuma a não ser a experiência de uma mente humana de alguém MUITO especialista no troço (e ainda, com uma margem chance considerável), pois é capaz de reter um volume gigante de informações e ao mesmo tempo comparar outro volume gigante de detalhes, e seu conjunto, ou, como já dito, comprar num revendedor autorizado.
E baseio essa minha opinião no fato de que lamentavelmente e acidentalmente acompanho a evolução vertiginosa das falsificações. Tudo o que eu já pensei ser um ponto chave para detecção, já caiu por terra faz tempo. É questão de meses para os caras copiarem.
A coisa fica ainda mais complicada quando o próprio fabricante possui diferentes fornecedores e portanto, o padrão de um detalhe ou outro muda, do nada. E aí você fica ainda mais perdido pois se o original tem 2, 3 padrões de acabamento, ou 2 tipos de pintura de ponteiros, numa mesma referência, ao longo dos anos, quando aparece uma nova "opção", você não sabe se é original ou falsificação. Por isso eu diria até que o Rolex leva uma enorme vantagem nisso, pelo tamanho do controle e padrão que possuem sobre os produtos, pelo menos os mais modernos.
E por fim, não tem muito jeito: o mecanismo ainda continua sendo um ponto chave para identificação. Tudo num Rolex pode ser copiado com perfeição, mas o mecanismo ainda tem tantas coisas complicadas de serem copiadas com perfeição que simplesmente inviabiliza o troço. Portanto, quando se trata de modernos, só o mecanismo, avaliado por alguém que conhece bem, pode servir de parâmetro.
Agora, quando fala-se de vintage, aí fodeu, pois eles usam mecanismos originais... e aí?
Abraços!
Adriano