O relógio não é novo, já foi abordado há um ano no ABTW, mas hoje li um artigo em revista sobre o modelo e fiquei impressionado com duas pequenas "coisinhas". Eu, como já ressaltei aqui, tendo a achar o visual tradicional dos calendários perpétuos (com ponteiros) bastante legal, muito embora tenha críticas quanto à legibilidade "instantânea" do troço. Pela facilidade, por exemplo, prefiro calendários perpétuos "digitais", muito embora nem sempre fiquem harmônicos.
O que me chamou a atenção no modelo, porém, foram as sacadas técnicas. Como em todo Blancpain desde 2009, é impossível quebrar o mecanismo num ajuste incorreto, porque ele é a prova de imbecis da relojoaria. Se por acaso você tentar ajustar o calendário enquanto as engrenagens estão engatadas para mudança, o sistema é automaticamente desacoplado.
O relógio, ainda, possui 8 dias de reserva de marcha, o que auxilia muito a manutenção de suas funções sem se preocupar com algo parando (e se desajustando) num final de semana.
Finalmente, e o mais legal de tudo, são os acionadores para ajuste. Ao invés daqueles botões incrustados na caixa que precisam de um palito para ajustar, há pequenas alavancas abaixo de cada garra, totalmente escondidas.
Ou seja, ele mantém o visual clássico dos perpétuos, como a Patek ainda faz atualmente, mas elimina três grandes problemas: reserva de marcha, simetria da caixa (e desnecessidade de chave especial para ajuste ou palito) e inclusão de um mecanismo a prova de idiotas.
Bem legal.
http://www.ablogtowatch.com/blancpain-villeret-quantieme-perpetuel-8-jours-hands/Flávio