Rafael, você já tem uma certa quilometragem rodada no fórum e deve ter lido alguns posts onde analiso esses fatos. Seja bem vindo ao misterioso mundo dos malditos movimentos que deixam de carregar! E este é o pior problema de um relógio. Um movimento pode secar o óleo e começar a atrasar, digamos, um minuto ao dia. Por mim, foda se. Como tenho um monte de relógios, o acúmulo de erros sequer seria percebido por mim, naquela troca constante de modelos que nos caracteriza. Mas relógio carregando mal o tira de combate! Os eta 2892 sem a modificação no sistema de carga levada a cabo pela omega desde o 1120, ainda em 1994, é mestre em parar antes de uns cinco anos de uso, sem motivo aparente. Outro dia vi um Bvlgari equipado com 2892 mas seu rolamento central era diferente. Presumo que a eta tenha adotado o rolamento da omega em toda linha de uns tempos para cá para solucionar os problemas de carga dos movimentos normais, embora não tenha certeza. Mas não só. Os zenith elite costumam parar com uns cinco anos de uso também e relógios com magic lever idem, por desgaste da forquilha. Aliás, no exato momento que teclo isso há um ebel e um zenith meus que no uso normal não carregam nem 15 horas, mesmo com reza brava. Vão ficar assim, pois não vou pagar para arrumá los nem a pau! Muitos aqui tendem a achar que detono muito a rolex. Mentira. Eu só dou a César o que é de César. Não posso furtar me, pois, de criticar as marcas quando devem ser criticadas. Mas citando a rolex, algo que não dá pau nela é sistema de carga, sobretudo pelo super dimensionamento do movimento, que é como um motor a diesel, tosco por natureza. Na minha experiência, esses movimentos extra planos que foram moda dos anos 70 aos 90 são os senhores problema. E tanto é verdade que quando me perguntam qual movimento é melhor, um 2824 ou 2892, vocês já sabem minha resposta não é? Pois então. Bem vindo. Flávio