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Jaeger Le Coultre Master Crono no Hodinkee

Iniciado por admin, 24 Agosto 2015 às 15:45:00

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flávio

https://www.hodinkee.com/blog/the-jaeger-lecoultre-master-chronograph-and-more-thoughts-on-in-house


Curioso... A Le Coultre é, talvez, a marca mais respeitada no que concerne à fabricação de movimentos. Aliás, na época na qual Patek, Audemars e Vacheron eram consideradas as picas das galáxias entre os fabricantes, ninguém comentava mas... A Le Coultre fornecia seus ebauches. Ou seja, elas podiam ser boas, mas não tão boas que pudessem se dar ao luxo de desprezar a JLC.

Eu sempre gostei muito da marca, mas não da sua linha. Aliás, sofro do mesmo problema com a Patek, cuja expertise reconheço, mas não consigo gostar de 10 por cento do que fazem (com exceção dos cronos tradicionais).

Dito isso, já quis ter um Reverso Duo e talvez compre um algum dia. Afinal, sou um cara de ternos e, portanto, o relógio fatalmente me cai bem. Mas... Nunca consegui extrair um "esporte fino" razoável dentro da Le Coultre, até o dia que vi ao vivo esse modelo analisado.

É um crono que teria facilmente e, no mercado atual de relógio de luxo, colocado num preço de tabela bastante competitivo, na casa dos 10 mil Obamas. Tenham em mente, por exemplo, que um Daytona custa 13 mil e um Omega desses novos na casa dos 8. E singularidade por singularidade, o JLC ganha disparado, sem contar que situa-se naquele meio termo esporte fino que, pelo menos para meu gosto, faz muito a minha cabeça.

Confesso, para encerrar, que sequer havia ouvido falar nesses anos que a JLC pudesse ter copiado o Piguet 1185. As pontes e disposição dos componentes não parecem ser do 1185... É certo, porém, que na época do lançamento, o 1185 inspirou vários designs, entres os quais, aí sim, coloco o crono da JLC.

Tá aí... Se eu ainda estivesse na vibe de TER relógios, este entraria facilmente na minha lista de "quero".


Flávio

mmmcosta

Sou fãzaço desse Master Chrono desde a primeira vez que o vi em fotos, back in 2010.
Marcelo

CSM

eu sou suspeito, gosto muito da marca.... este, apesar de um design totalmente diferente dos que eu tenho da marca, por uma questão de estilo de vida, uso terno por exemplo uma vez na vida e outra na morte, e me visto igual a um mulambo, realmente esta matador.

abraços
Membro do RedBarBrazil

Dicbetts

Como sou macaca de auditório da JLC e voltei meu interesse somente aos cronos, teria fácil esse exemplar.

(Preferia que o mostrador fosse preto porque facilitaria minha vida, mas não precisamos chegar a tanto.)

Sobre as comparações entre o calibre JLC 751A/1 e o Piguet 1185, a reportagem se perde. Começa dizendo que, no lançamento, muita gente viu num o DNA do outro, e sustenta parte do texto apontando as semelhanças entre eles. Mas conclui que são movimentos bem diferentes.

Tudo isso acossado por um título dúbio, impróprio (numa tradução livre: "novas pensatas sobre os [movimentos] feitos em casa").

Faltou ao analista a clareza de dizer que houve a polêmica da época, desfeita pelas diferenças entre os dois calibres, que só aumentaram se analisados à luz dos dias de hoje. Evitaria o título inadequado, que induz a uma primeira leitura equivocada.

Dic


flávio

Dic, tem versão preta. Aliás, foi o que vi ao vivo.  Flávio

Dicbetts

Citação de: flavio online 24 Agosto 2015 às 18:07:00
Dic, tem versão preta. Aliás, foi o que vi ao vivo.  Flávio

Opa, aí sim.

Dic

Alberto Ferreira

Boas!

De fato, um belo crono.
Eu também sou mais o preto...  8)

Só para ilustrar...

...
Fotos da NET.

Alberto

Lupferreira


TUZ40

Realmente, o preto me agrada mais. Linda peça e com um tamanho excelente.

"All your base are belong to us"

Spring

Eu curto muito o dial branco com ponteiros azuis da JLC... esse crono realmente é sensacional, ficaria com o white.
No masterpiece was ever created by a lazy artist.

mmmcosta

O único "defeito" do preto é não ter os ponteiros azulados no forninho.
Marcelo

Adriano

Estou meio por fora de certas coisas, mas sério que teve nego achando que essa máquina era uma FP 118x? Mano, precisa ser cego para achar ambas as máquinas minimamente parecidas. Minimamente. Se neguinho for achar que uma máquina é a mesma que a outra só porque tem uma roda de coluna e a ponte do balanço do mesmo lado... Neguinho de fórum gringo é "grosso" demais...

Abraços!

Adriano

VINGADOR

Srs. sou mais o branco ..... Com o charme extra dos ponteiros

Dicbetts

Citação de: Adriano online 25 Agosto 2015 às 12:11:14
Estou meio por fora de certas coisas, mas sério que teve nego achando que essa máquina era uma FP 118x? Mano, precisa ser cego para achar ambas as máquinas minimamente parecidas. Minimamente. Se neguinho for achar que uma máquina é a mesma que a outra só porque tem uma roda de coluna e a ponte do balanço do mesmo lado... Neguinho de fórum gringo é "grosso" demais...

Abraços!

Adriano

Uma típica falsa polêmica, própria do desejo de passar erudição e impressionar os desavisados.

Parecido com o cara abrir uma discussão dizendo que viu numa Ferrari o DNA do Fusca pelo fato de ambos terem quatro rodas, um volante, duas portas, dois faróis e um motor.

Dic

Adriano

Exato Dic! Ótima analogia.

Abraços!

Adriano

Adriano

Cara, isso me lembrou uma discussão pre-histórica aqui no fórum... nos primórdios do fórum "amarelinho". Era justamente sobre as origens de certos mecanismos. É verdade sim, que muitos mecanismos são semelhantes entre si e não são o mesmo, enquanto outros são muito diferentes, acima de qualquer suspeita, mas que no fundo são o mesmo. Exemplo os próprios F. Piguet que são muito parecidos entre si. Os F. Piguet "tem cara" de FP. Hoje há muitos mecanismos parecidos, especialmente cronógrafos, pois neles, por pura falta de espaço, existem poucas alternativas de "layout" de pontes e outros acessórios como alavancas, molas, e etc. De certa forma, cronos automáticos modernos são sim parecidos visualmente sem sequer compartilharem as mesmas bases. Enquanto o exemplo oposto são as inúmeras incarnações dos Unitas/ETA 6497 e 6498, inclusive pela Panerai. É difícil um leigo entender que é o mesmo mecanismo e não apenas "parecido" pois as diferenças estéticas são muitas.

E a discussão na ocasião era: como você sabe se é a mesma base ou não? Não é regra "imexível", mas para você dizer que mecanismos compartilham a mesma base, eles tem que compartilhar a mesma platina principal sem modificações ou quase sem nenhuma modificação (às vezes precisam de um furo a mais aqui ou ali para receber um módulo, por exemplo). E se uma platina é a mesma ou quase a mesma, é certo que a rodagem terá a mesma posição, e as pontes e parafusos idem. Basta, portanto, observar a posição dos rubis e parafusos que forem visíveis. Eles estarão distanciados exatamente iguais se as bases forem as mesmas. Não basta ser parecido, as posições de rubis e parafusos têm que ser micrometricamente iguais, exceto de um ou outro tiver uma óbvia modificação por parte do fabricante. Mas de dois rubis já tiverem posições diferentes, já era, já não dá para dizer que é o mesmo mecanismo.

Abraços!

Adriano

flávio

#16
A definição do que seja movimento "base", ou ebauche, é do tempo do onça. Nos primórdios da indústria suíça, a construção de escapamentos - assim como também o é hoje - era tarefa altamente especializada. De forma um tanto quanto simplista, pois, ebauche eram os movimentos já praticamente funcionais na rodagem, mas sem acabamento estético e sem o escapamento. Lá pelas tantas, o termo ebauche, apesar de usual na indústria, tornou-se, eu diria, arcaico, apesar de eu usá-lo, por convenção. É que já faz século praticamente que as fábricas compram movimentos TOTALMENTE FUNCIONAIS, completos, de terceiros, apenas o adaptando às suas necessidades. Algumas vezes, o modificam de forma técnica como, por exemplo, a Omega fazia ao trocar o mecanismo de carga dos ETA 2892 e, pior ainda, todo escapamento. O que havia de eta 2892 ali? Platina principal, rodagem e tambor. O resto era exclusivo. Era como se o 2892 fosse um motor padrão da BMW e o calibre 2500 o mesmo motor, ou pelo menos o mesmo bloco, o da série M. O "chassis" do motor era o mesmo, mas não o "mesmo"....

Outra coisa, conforme o Adriano disse, são as modificações apenas estéticas. A Breitling, por exemplo, usa etas top de linha na sua coleção, mas o que os diferencia daqueles usados, por exemplo, num Tissot Cronômetro é apenas o escrito na massa oscilante. Foi pelos puristas se julgarem "enganados" pela venda de algo caro e não "exclusivo" que surgiu essa onda de "in house", ou feito em casa, no português claro.

O que é melhor ou pior? Bem, não há isso, há honestidade ou não no mercado, eu diria.

Pô, quem não se lembra, para trazer mais um fato à discussão, do famoso tópico Hublot, no qual um relojoeiro metido a fodão (e falo assim porque ele saiu do fórum esculhambando tudo e todos, portanto, FODA-SE) disse que estávamos viajando ao dizer que o movimento da Heuer, lançado com toda pompa como desenvolvido por ela, na verdade era um desenho da Seiko? In house sim, pois fabricado pela Heuer nas suas premissas, mas projeto deles? De modo algum! E depois a própria Heuer teve que vir ao público se desculpar.

Ou seja, para mim tanto faz se a fábrica tal usa isso ou aquilo, se o projeto é de fulano ou beltrano. Aliás, eu não veria problema algum na JLC equipar seus cronos com movimentos Piguet que, como é notório, são a referência no mercado quando se fala em alto nível produzido em série. O que nunca aturei foi a mentira da fábrica que divulgava equipar seus relógios com o Caliber Ultra Flat Picagrossation Tabajara Master Galaxy 4650 quando, na verdade, era um ETA 2824 pintado de dourado... Se falassem que era um 2824 eu não me importaria, mas outra coisa, aí não.


Flávio

Alberto Ferreira

Muito bem colocado, e aclarado, Flávio.

Mas, voltando um pouco na questão...
Ou melhor dizendo, em termos meramente "práticos", ainda naquela linha da "identificação" de um calibre, do seu projeto básico, se o tal "DNA" é o mesmo, ou não, etc...

Eu lembro de alguém, não sei se foi o Douglas, ter mencionado um "critério" para aquela identificação.
Se a memória não me falha, o processo passaria pela comparação de uma das peças básicas do movimento, platina ou uma das pontes, eu não lembro bem...

Vocês por acaso lembram disso?

Alberto

Jefferson

Olá pessoal,

Se entendi a explicação dos colegas, está na linha do que eu supunha: o que define a identidade de um movimento é a geometria formada entre os orifícios de rubis (rodas portanto) e parafusos. O formato (externo) de platinas e pontes é irrelevante. É isso?

Dias atrás esta justamente pensando algo nessa linha. Pegar um movimento (ex: 6119, Unitas) produzir platinas novas, retangulares ou vazadas, mas mantendo a mesma geometria de rodas e parafusos. Isso permitiria usar as partes móveis do movimento existente, sobrando apenas o trabalho de usinagem das platinas.

Abraços,

Jefferson


Adriano

Citação de: Alberto Ferreira online 25 Agosto 2015 às 17:31:24
Muito bem colocado, e aclarado, Flávio.

Mas, voltando um pouco na questão...
Ou melhor dizendo, em termos meramente "práticos", ainda naquela linha da "identificação" de um calibre, do seu projeto básico, se o tal "DNA" é o mesmo, ou não, etc...

Eu lembro de alguém, não sei se foi o Douglas, ter mencionado um "critério" para aquela identificação.
Se a memória não me falha, o processo passaria pela comparação de uma das peças básicas do movimento, platina ou uma das pontes, eu não lembro bem...

Vocês por acaso lembram disso?

Alberto

Sim, nos manuais de peças antigos, o que se usava para identificar um calibre era, frequentemente, a mola saltadora do tirete. É quase uma "impressão digital" do mecanismo, é matematicamente possível existirem duas iguais, mas estatisticamente improvável. Os manuais traziam uma sombra em escala 1:1 da peça para que ela pudesse ser colocada sobre o desenho e comparada. Porém, é importante ressaltar que estamos falando de catálogos das décadas de 1920, 1930, até 195 ou 60 quem sabe. Após isso, a própria indústria tratou de aumentar a intercambiabilidade de peças entre seus diferentes calibres, ou seja, hoje esse critério poderia ser falho, pois é bem provável que calibres totalmente diferentes, de um mesmo fabricante, compartilhem a mesma mola saltadora do tirete.

Abraços!

Adriano