Caras... Sobre durabilidade... Tá aí um teste que eu gostaria que alguém da área realizasse... Será mesmo, estou falando sério, que um escapamento de âncora comum, funcionando a seco, com todo o atrito gerado no impulso e, para dizer a verdade, no bloqueio também (o escape inclusive recua um pouco para segurança da retenção do sistema) detonaria com o tempo? Eu gostaria de ver um escapamento de âncora comum lubrificado e um não lubrificado para ver a performance inicial e depois de 1 ano funcuon para ver se seriam tão diferentes assim. Já pensou nisso Adriano, ou já pegou algum escapamento de âncora funcionando a seco por, sei lá, esquecimento do reparador?
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Vários! A maioria dos relógios chega para manutenção com escapamento seco. Aliás eu arriscaria dizer que uma boa parte, e boa mesmo, quando chega para manutenção não está só seco, mas passou mais tempo funcionando seco do que lubrificado.
Mas tem duas questões aí: seco, mas limpo, é uma coisa. Seco pq o lubrificante secou e arregou é o veneno. É o que arrebenta com qualquer coisa. É um evolução muito rápida pois progride geometricamente. Um pouco de sujeira no óleo começa a ficar abrasivo, que aumenta a quantidade de sujeira, que fica ainda mais abrasiva, até comer eixo. Como tem aquelas várias fotos no meu Insta.
Mas tem outro X aí que é a qualidade dos materiais. Tá cheio de relógio dá década de 1950, 60, 70 que trabalhou morrendo de seco e você vai inspecionar e o desgaste é ZERO, seja no escapamento ou onde mais quiser. Enquanto tem relógio novo que esfarela dentro dos dois anos de garantia. Tudo lubrificadinho certinho, mas a roda de escape já está até falhando bloqueio em vários dentes de tanto que "encurtaram" pelo desgaste.
Mas sendo objetivo: com materiais de qualidade, eu ACHO que o maior problema de trabalhar a seco seria a baixa amplitude, mais do que o desgaste.
Abs.,
Adriano