Deu no ABTW
http://www.ablogtowatch.com/rolex-extends-stringent-in-house-tests/Com o lançamento da nova linha de movimentos da Rolex, esta aumentou os requisitos de precisão dos seus relógios, que passaram a ser ajustados dentro de uma diminuta variação de -2 a +2 segundos, ao invés dos -4 a +6 do COSC. Na verdade, como já discutimos aqui, esses requisitos do COSC estão desatualizados há muito, eis que não incrementados desde, salvo engano, 1973. Vejam, não estou dizendo com isso que qualquer relógio consiga passar no COSC, até mesmo porque a variação de marcha diária é o mais simples dos testes que realizam, mas que qualquer bom movimento atual, com balanço e liga de berílio bronze e mola autocompensadora, se bem ajustada, tira de letra os requisitos. Mas uma coisa é certa, colocar como meta para toda uma produção, que beira um milhão de relógios, algo tão reduzido, é muito foda. Palmas para a Rolex, o que comprova a confiabilidade que possuem nos seus produtos. E vou além: comprova mais uma vez que um movimento "simples", se bem projetado, DÁ UM PAU nessas frescuras que muitos criam aí para alcançar suposto melhor desempenho, como força constante, turbilhão, etc.
A Rolex, a bem da verdade, já regulava seus relógios em parâmetros mais estritos que o do COSC há décadas. Por isso faz milênios que usam não apenas Chronometer escrito no mostrador, mas SUPERLATIVE Chronometer. Como todo cronômetro precisa ter uma inscrição oficial, eles colocaram esse termo para avisar ao consumidor, ainda nos anos 50, que uma coisa era um cronômetro "normal", outra, o deles, ajustado acima dos parâmetros do COSC.
Esse lance de querer se distinguir no mundo dos cronômetros, a bem da verdade, não começou com a Rolex, mas Omega que, nos anos 40, fez uma sucessão de milhares de movimentos passarem nos testes com resultados "acima da média" e, então, lançou uma linha, a Constellation, na qual TODOS os relógios seriam ajustados para condições superiores ao normal. Enquanto a Rolex passou a usar o "Superlative" no mostrador, a Omega passou a pregar um medalhão em ouro com um observatório nos seus modelos "superiores", para dizer: vejam, isso aqui é OUTRA COISA.
Qualidade superior? Sim, naquela época, quando um cronômetro era submetido ao COSC e apresentava resultados superiores ao "normal", por assim dizer, o certificado era emitido de forma diferente. Vejam essa foto de um certificado antigo de Vacheron ("Especially Good Results"):
http://www.watchprosite.com/img/watchprosite/vacheron/66/scaled/vacheron_image.1732466.jpgEnfim, palmas para a Rolex. Não é fácil manter uma produção notoriamente gigantesca como a deles com produtos que também notoriamente pouco defeito apresentam, e com precisão superior à média do mercado.
Flávio