Gosto muito dos Calatrava, não todos. Por exemplo, gosto dos Officer, pela tampa traseira basculante. E sou fã, fã mesmo, do 5296. Aqui um site com fotos bacanas dele:
http://www.europeanwatch.com/20727.htmlO problema dos Calatrava atuais, na minha singela opinião, é que eles estão aquém do padrão de linha mais cara da própria Patek, pois usam mostradores estampados (conquanto bem estampados...), sem nada demais, e acabamento de movimentos basicamente feito a máquina ou, nas partes manuais, claramente feito com máquinas. Há um paradoxo dentro da Patek. Apesar de um crono de entrada deles custar CARO PRA CARALHO, por volta de 70 mil dólares, dentro do mercado louco dos relógios, ele "vale". O Calatrava, porém, custa uns 30 paus nessas versões que citei acima e... Um Lange Saxonia ou mesmo esse Vacheron, parece entregar mais. Aliás, falam muito que os Breguet de entrada são overpriced. Eh... Sejamos honestos, o acabamento de movimento da Breguet não é comparável, nas gamas altas, ao da Patek. Tudo muito industrial... Porém, desde as gamas mais baixas, para citar exemplo, os mostradores são de ouro, normalmente folheados a prata. E com guilhoche, etc. Tudo isso agrega valor. Na Patek, o mínimo que eu esperaria num Calatrava seria um mostrador de porcelana (enamel), que justificasse o preço. Sim, há Calatrava com isso, mas custa uns, sei lá, 5 paus só por conta do mostrador.
Em resumo. Eu acho que a Patek tem preços ABSURDOS, mas por mais paradoxal que possa parecer, os seus relógios mais "caros", ou seja, que oferecem menos pelo que cobram, são os mais baratos.
Flávio