Menu principal

O estado atual da indústria de relógios

Iniciado por admin, 15 Março 2016 às 14:51:00

tópico anterior - próximo tópico

flávio

Pedro, é bem por aí. O articulista fala em 170 milhões de relógios a serem reparados. Ora, se não existem funcionários para tal, que se criem os postos e, claro, mais empregos, que não faz mal em nenhuma economia. E se o problema é a falta de "revenue" das empresas, que elas próprias encampem a manutenção autorizada e comecem a ganhar por volume, não por peça. Afinal, é melhor revisar 10 Rolexes a 1000 reais do que 1 a 3 mil. E creiam - e eu sou exemplo - , há pessoas que simplesmente não revisam seus relógios porque acham caro paca, além de outros problemas...

Fato é que a formação de relojoeiros demanda tempo. Porém, é fato também que um relojoeiro reparador não precisa ser formado no WOSTEP. Ao invés de a Suíça gastar um tempo precioso formando relojoeiros que poderiam, se quisessem, fabricar relógios, devem se voltar ao "cursos rápidos". Resta saber, porém, se a profissão ainda é interessante para as novas gerações. E claro, se remunera bem... E as fábricas devem começar a gastar nisso, o tempo urge.

Flávio

Matt5

É uma questão bem complicada. No ramo automotivo, você tem centenas de opções às mais variadas ranges de veículos, você não precisa da BMW pra revisar sua BMW, ou da mercedes para revisar a mesma, ou Ferrari, ou Lamborghini... Você tem meios de comprar as peças (originais/paralelas/upgrades) e fazer no seu mecanico de confiança dentro dos manuais da fábrica.

No cenário relojoeiro você vira quase que refem das marcas, não se tem peças, sem peças no mercado você não pode levar ao seu relojoeiro de confiança.

Revisando um carro, por mais complexo que seja, não vai tomar muito mais de 1 mês, o relógio demorar um ano para orçamento e um ano pelo serviço beira o insano!

Dicbetts

Citação de: flavio online 16 Março 2016 às 10:13:46
É dic... Nossos pontos de vista são completamento divergentes, até mesmo porque foram os fabricantes, ao implodirem a figura do reparador independente com a negativa de venda de peças, e fim das instruções teórico prático que existiam, que criaram a situação. O articulista apenas disse que agora as empresas deveriam criar verdadeiros departamentos de reparo e ganhar também no volume com o qual são feitos. Afinal, você não gostaria de, por exemplo, comprar uma BMW e descobrir que, numa zica, precisaria enviá la a Alemanha. Como já dizia minha avó, quem não tem competência, não se estabeleça. Se a fábrica já sabe que não poderá reparar a contento aquilo que fabrica, nem deveria abrir suas portas...  Flávio

Flavinho,

Mas terá sido mesmo a proibição de vender peças que implodiu o reparador independente? Ou será que o reparador independente já vinha usando sucata recondicionada, mais barata e que dava o mesmo resultado? Ou será porque já vinha usando, sei lá, peças japonesas compatíveis? Ou chinesas de qualidade tão boa quanto as suíças?

Essa inflexão da indústria sobre a questão das peças não terá sido porque, ano a ano, a procura e a solicitação do reparador independente caiu? Custo a acreditar que seja uma medida meramente protecionista, egoísta ou coisa do gênero pelas fábricas.

Talvez não compense ter uma prensa para estampar engrenagens, trabalhando 24 horas - sei lá -, para a linha de produção e para o abastecimento do mercado. Talvez com esse equipamento trabalhando somente 30 minutos se consiga a produção para seis meses, comprometida para um percentual de venda acima dos 80%.

Ou seja, tudo é especulação.

A questão de fundo é que se trata de uma indústria pouquíssimo transparente, que não abre números - como você mesmo lembrou, a Rolex não publica balanços. Assim mesmo, balanço se maquia. Os do Richemont, do LMVH ou do Kerring satisfazem os investidores? Se os caras se contentarem com aquilo que leem nos jornais, sim.

Sobre competência, a maior prova de que não se aguentam sozinhas é que muitas fábricas importantes estão sob um único guarda-chuva administrativo. Aquelas que são independentes (tipo Rolex ou Breitling) não revelam os milagres que praticam - e será que o fazem por serem extremamente bem administradas?

E há uma lista de fábricas que desapareceram. Você as conhece melhor do que eu. Não se estabeleceram somente por causa de gestão?

Enfim...

Dic

pedrobsb

Li hoje o relato de um forista do PuristS, em que afirma que teve de volta seu Patek de um conserto, APOS UM ANO E DOIS MESES de espera. Isso so demonstra um exemplo de um dos problemas da industria abordados anteriormente pelo Flavio, e eu adiciono a seguinte indagação: Sera que a nova geração de consumidores esperaria esse tempo, por um produto que é "superfluo" no cotidiano?

Gostaria de externar ainda, que concordo com o Matt5, carros são bem diferentes ainda, mas meu intuito era falar da evolução historica, que é BEM DIFERENTE do que você relatou corretamente dos dias de hoje. Em 2004 eu comecei a importar peças alemãs para Goiânia, eu vendia tanto para Brasilia e Goiânia que tive que arranjar um parceiro em Brasilia para continuar no mercado de la, depois de mim vieram no ano seguinte dois outros em Brasilia por ter visto que estava dando certo. Mesmo caso com oficina, em 2008 quando a Audi largou a concessão aqui no Centro-Oeste (Goiania e Brasilia era a mesma Saga Audi) devido a brigas entre os Senna com os concessionarios, varios mecânicos deles (então demitidos) começaram a montar suas proprias oficinas, isso ficou conhecido aqui como o "boom" dos carros Audi no Brasil todo, e imediatamente seguido por BMW e Mercedes, e com o aumento dessas oficinas foi criando uma demanda, que antes estava retraida, pelos carros de luxo no Brasil. principalmente os chamados "luxo de pobre" que são usados dessas marcas (alto custo de manutenção).
Com intuito informativo, a dificuldade de peças para as oficinas "quase-especializadas" era suprida de dois modos: a industria começou a produzir no Brasil algumas peças paralelas (Bosch por exemplo, Fras-le..) e a importação (para peças mais especificas).
Abraço

Pedro

flávio

Citação de: Adriano online 15 Março 2016 às 22:48:54
Tem duas coisas que eu acho que a indústria precisa pensar urgentemente: estabelecer filosofias mais coerentes de lucratividade com peças de reposição, e projetar relógios ainda mais com a manutenção, ou a facilidade de manutenção, em vista.

Traçando isso em duas analogias: se livrar ao máximo da filosofia de fabricantes de impressora, que reduzem as margens na venda e aumentam na reposição, e se livrar de algumas filosofias tecnicamente exageradas de troca de peças. Essas duas coisas aborrecem muito o consumidor.

Todos sabem que há meia dúzia de fabricantes de certos componentes. Há sentido em uma junta do fabricante A custar X e uma junta de mesma origem, materiale dimensões do fabricante B custar 4X?

É óbvio que ninguém faz caridade. Toda a operação tem que dar lucro. Inclusive a venda de peças. E é perfeitamente compreensível que a precificação siga certos padrões, inclusive alinhados com o valor do produto e da marca. Mas há limite para tudo. E as políticas diferem bastante nesse sentido.

Abraços!

Adriano




Perfeito

CSM

Eu sinceramente acho que se os fabricantes parassem com esta palhaçada de não vender peças para terceiros melhoraria muito esta questão.....

Membro do RedBarBrazil

flávio

Saiu mais um artigo hoje no Hodinkee sobre o assunto. Segundo estatísticas da FH, o declínio de vendas global girou em torno de 16%, mas não só. No maior mercado do mundo, Hong Kong, a queda foi de impressionantes 30%! O artigo ressalta que várias fábricas, algumas delas dinossauros do luxo, perceberam que não dava para lançar a torto e direito relógios de zilhões de dólares, pois iriam encalhar. A Vacheron, a título de exemplo, lançou recentemente o Quai de Ile em aço, num preço... well my friends... "acessível". O texto indica que a "nova" Tag Heuer acertou em cheio com o seu smart watch, que está vendendo como água. Por outro lado, Thierri Stern teme que a "tradição" da indústria caia por terra com essa crise.

Minha opinião.

A indústria, ao quebrar nos anos 70, alterou a concepção de seus produtos para algo desejável e de luxo. A utilidade passou a ficar em segundo plano... E como a mera lei da oferta e procura não poderia explicar os novos tempos, voltaram-se para Veblen, para quem ao aumento de preços, nas classes abastadas, ocorre incremento de desejo e, ao contrário do pensamento tradicional, aumento de vendas.

E assim foi... Aumentos sucessivos de preços ano após ano, de modo que um Rolex Submariner, por exemplo, que custava uns 3000 dólares quando comecei a brincar com isso e era algo mais ou menos acessível, tornou-se um verdadeiro roubo de 8500 dólares.

Algumas pessoas poderiam dizer, então, que o mercado dita tudo: enquanto houvesse pessoas comprando, haveria aumentos de preços. Elementar meu caro Watson!

Porém, não só acho que o mercado saturou-se de coisas extremamente caras como afastou os compradores de vários relógios por ano do hobby. Eu, por exemplo, passei a me sentir enganado com aumentos sucessivos de preços em produtos que, convenhamos, não mudaram tanto assim tecnicamente para justificar o incremento.

Eu acho, sim, que pode estar havendo uma saturação do mercado em face às novas tecnologias, mas as empresas devem começar a descer do sapatinho e imaginar que, para conquistar as novas gerações, a tradição é sim imprescindível, mas o luxo, sobretudo para essas pessoas, dever ser "acessível". A palavra acessível aí é a chave da questão. Uma bolsa Vuitton de cinco mil reais divididos de dez vezes é luxo acessível; uma Hermés de cem mil não!

Ou seja. O Thierri Stern pode ter suas justificativas, mas é impossível explicar para um leigo, e até mesmo para um expert, que seu relógio mais barato, vejam, o MAIS BARATO, custe quase 30 mil dólares.

Lanço aqui a discussão.

O texto do Hodinkee

https://www.hodinkee.com/articles/amid-sharp-sales-drop-tag-smartwatch-an-unexpected-hit-pateks-stern-warns-against-erosion-of-watchmaking-values


Flávio

TUZ40



É o custo da prepotência, que deitem na cama que fizeram.  :-*
"All your base are belong to us"

Warlord_brazil

Concordo com quase tudo que o Flavio disse.


Porem não consigo dimensionar muito bem esses números. Ok houve uma retração de 15% a 30% em alguns mercados, mas estes mesmos mercados, de dez anos atras para hoje, cresceram quanto %?

Talvez o mercado esteja apenas se adequando a realidade, o boom tenha passado e as coisas estão voltando ao normal, volto a dizer, não consigo dimensionar os números...

Dicbetts

Antes de entrar no assunto, faço uma breve reflexão sobre como o Brasil chegou a esse ponto de desequilíbrio financeiro.

Resumidamente: chegou porque acreditou que a bonança chinesa duraria para sempre. E passou a estourar dinheiro com megalomanias.

Esqueçam a questão eleitoreira e concentrem-se no prático da economia: 1) programas sociais e salário mínimo crescendo nos mesmos percentuais da proporção inflação-aumento do PIB; 2) gastos vertiginosos em obras públicas de necessidade duvidosa (legados da Copa e da Olimpíada, portos e refinarias, complexo petroquímico do Rio); 3) criação de uma semi-estatal para exploração do pré-sal (Sete Brasil); 4) atribuições dadas à Petrobras acima da sua capacidade de investimento (tinha de participar de TODOS os leilões de blocos de exploração de petróleo e gás)... E tem muito mais.

Ora, se o Brasil embarcou na canoa da eterna pujança chinesa, por que as fábricas de relógios não fariam o mesmo?

Primeiro foi o surto russo, com os magnatas que assaltaram o antigo estado soviético rateando os setores de negócios e ganhando rios de dinheiro. VC, PP, AP e outras devem ter batido palmas de alegria.

(Um dado pessoal: a filha de uma dileta amiga, professora aposentada da UnB, trabalha na parte de vendas da Rolex SÓ PARA O MERCADO DA RÚSSIA.)

Depois foi o surto chinês, com os magnatas do partido faturando horrores nas compras externas e nos investimentos em vários países. Os grupos do mercado de luxo tiveram orgasmos múltiplos.

Mas a economia russa começou a colapsar. A chinesa está esgasgando.

As commodities foram caíndo de preço (a ponto de a Arábia Saudita hoje já pensar numa fonte de energia pós-petróleo) e o mercado do luxo sentiu os efeitos.

Assim, as fábricas suíças (cujo mantra devia ser "há sempre alguém disposto a pagar qualquer preço") perceberam a mudança nos ventos.

Há quanto tempo discutimos esse assunto, dos preços astronômicos dos relógios, aqui? Pelas minhas contas, uns três anos. E não terá sido coincidência.

A economia chinesa cresceu acima dos 10% por uns dez anos. Para 2016, a expectativa é de crescimento em torno dos 7,5%. O que para o Brasil seria uma dádiva, para eles é a expressão do fracasso.

E com todo mundo mais pobre, alguém vai pensar em comprar relógio?

Dic

ThiagoDF

Citação de: Schütz online 27 Abril 2016 às 09:35:50


É o custo da prepotência, que deitem na cama que fizeram.  :-*

Os comentários do Sr. Thierri Stern mostram que eles ainda relutam em entender o que está acontecendo...
Membro do RedBarBrazil

CSM

particularmente no mercado brasileiro eu "agarantcho" que a operação lava jato esta impactando diretamente na venda de relógios de luxo, principalmente aqui no rio de janeiro. e não é piada.

abraços
Membro do RedBarBrazil

flávio

Saiu mais um editorial hoje, e na EuropaStar. Achei que foram até modestos na análise, que de fato afasta os smart watches da equação, mas culpa o grande decréscimo de vendas (vejam os números no início), ao excesso de "bling" criado pela indústria, que passou a fazer criações para os endinheirados que não sabem onde gastar. Entenda-se, pessoas cujo patrimônio foi adquirido de forma no mínimo suspeita, como os mafiosos russos.

Somente no pé da página eles abordam, ao citar a estratégia agressiva da Frederic Constant de apresentar peças com complicações a preços "justos", a questão dos preços completamente sem sentido. Ou seja, a tendência é a estabilização de preços ou diminuição e, claro, visuais mais sóbrios. Os visuais mais sóbrios tem sido sido uma tônica no último ano, já os preços...

http://www.europastar.com/magazine/editorials/1004088832-watchmaking-is-dead-long-live-watchmaking.html

flávio

#33
Volto ao tópico, porque hoje o Swatch Group comunicou que seu lucro para o semestre irá cair entre 50 a 60%. Não há um zero a mais aí, os números são esses mesmos...

http://www.thelocal.ch/20160715/swatch-shares-plummet-after-drop-in-sales


Claro que as ações despencaram...

E antes que digam que isso diz respeito apenas ao Swatch Group, o fato de as vendas do GRUPO terem caído diz muito sobre TODA indústria suíça, porque, para citar apenas um exemplo, a parte mais importante de um relógio, o escapamento, é o SG que detém praticamente o monopólio da sua fabricação. Sim, mesmo nas empresas ditas "manufaturas", podem ter certeza que balanço e espiral vem do SG.

Ontem li uma entrevista com o dono da Bayer, que é o maior revendedor suíço, e ele disse que os suíços são as pessoas no planeta que mais repetem os seus próprios erros.

E é verdade... Não precisa ser expert na história da relojoaria para ver que os suiços sempre aproveitaram momentos efêmeros de grandes vendas para extrair o máximo do mercado e, sem preocupar com o futuro, quebrar depois. Foi assim na crise de 1875, no pós primeira guerra, nos anos 70 e 80 e, parece, tudo caminha para nova crise. Os sinais estão aí e o que nós, de um simples fórum brasileiro de relojoaria, estamos falando há séculos, parece que eles não ouvem.

Os caras deveriam olhar para um consumidor como eu, que tinha por hábito comprar um relógio por ano, e agora não compra nenhum, e questionar: como perdemos esse consumidor que gastava uma boa grana com relógios? Mas não fazem isso...

No final das contas, os problemas são os mesmos. Se você vende um produto em sua natureza ultrapassado, deve "vender" ao consumidor uma ideia de que ele está comprando algo "mágico". Caso contrário, ele não teria interesse no bem.

Em síntese, o interesse em um relógio mecânico de luxo advém de:

1) A imagem de sucesso que este passa;
2) Valores intrínsecos culturais, o tal "heritage", tanto ressaltado pelas empresas;
3) A perpetuidade do bem para gerações futuras;
4) A beleza do acessório.

E no final das contas, isso só piorou na última década. Ora, quando comecei a mexer com relógios, você enviava um e mail para a Omega ou Longines e este era respondido pelo curador do museu, na mesma semana! "Contato humano", parte do heritage... Um relógio se vende porque VENDEM a imagem de que aquilo ali foi fabricado por "duentes encantados" numa fábrica encantada, o que não é verdade. Hoje, falta o contato humano, o que só pode ser encontrado em fábricas pequenas como, por exemplo, tive a oportunidade de ver (por exemplo, a Glashutte Original).

A imagem de sucesso do bem... Ora, atualmente a nova geração sequer usa relógios. Como conquistá-los? Nunca vi campanhas das empresas neste sentido, a não ser eventualmente, como a interessante jogada da Heuer de vender o seu smart watch e, depois, por um preço menor, colocar um mecanismo a corda lá dentro.

Perpetuidade dos bens futuros. Bah... Não sei se sabem, mas quando o Timex foi lançado, no inícios dos anos 60, os suíços chiaram. Vejam, esse troço não tem PERPETUIDADE, sua caixa é rebitada, sequer pode ser reparado! Tá... Mas como cada Timex da época custava uns 5 dólares e um Omega, como já viram em anúncios, cerca de 50, a Timex não estava nem aí, muito menos seus consumidores. Eles jogavam fora o relógio e compravam outro.

E hoje? Ora, eu tenho pelo menos uns 5 relógios que hoje, novos, custariam cerca de 10 mil reais simplesmente jogados em gavetas sem uso porque, após pouco mais de dez anos de uso, desvalorizaram-se a um ponto que a revisão deles em autorizada custa MAIS CARO DO QUE O PRÓPRIO RELÓGIO! Como convencer um comprador de um relógio de 10 mil reais que, ao levá-lo para revisão em dez anos, esta custará o preço do relógio? A indústria de carros NUNCA conseguiria vender seus automóveis se, no plano de revisões programadas de um carro como o meu, um Focus, que custa uns 90 mil, indicasse que a primeira iria custar, digamos, 45 mil reais... Perpetuidade? Que perpetuidade? Os relógios são descartáveis nas gamas "baixas", se é que posso assim dizer, de até dez mil reais...

A beleza do acessório é onde os suíços ainda se sobressaem, mas como estão conquistando, volto no tema, as novas gerações que sequer querem usar relógios?

Olha, eu ADORO a horometria, acho que nunca foi deixar de estudá-la, mas às vezes tenho vontade de que a indústria se foda de vez para deixar de ser besta...

Se eu tivesse a oportunidade de me encontrar com figurões da indústria, iria lhes dizer: venham cá, sentem aqui comigo que o titio vai lhes contar algumas verdades... Ouçam bem...


Flávio

Matt5


Carbonieri

Citação de: cesar online 27 Abril 2016 às 15:28:26
particularmente no mercado brasileiro eu "agarantcho" que a operação lava jato esta impactando diretamente na venda de relógios de luxo, principalmente aqui no rio de janeiro. e não é piada.

abraços
Magina em Brasília então  kkkk
sic transit gloria mundi

Adriano

Só posso dizer uma coisa, já que não posso dizer mais nada: é foda...

Abraços!

Adriano

flávio


automatic

Uma coisa é certa... nosso hobby é coisa de velho...

Acredito que o mesmo aconteceu com o mercado de canetas tinteiro.
Quem coleciona canetas ?? Bem menos gente do que relógios...

Mas quando estive na feira de Basel ano passado fiz a pegunta: De onde saíram tantas fábricas e público interessado em relógios ??!? Parecia que o mundo relojoeiro estava todo concentrado na feira. Se explodisse uma bomba lá acabava o hobby. ;D

flávio

Automatic, sabe o grande problema dos chefões da indústria, mesmo o sagaz biver, que diz estar olhando para frente para cultivar gerações futuras? Não olhar para trás. Eles deveriam olhar para fanáticos como eu, mas que não adquirem mais relógios, e questionar: onde foi que erramos? São incapazes de fazê lo... E vou além, todas as vezes que a indústria suíça ficou em apuros, isso ocorreu em poucos anos, não décadas. Estava tudo bem e, como um terremoto, de uma hora para a outra tudo desabou. Quem são esses metidos a entendedores da rede, diria o próprio Biver. Pois é... Eu acredito sinceramente que se a indústria continuar nessa toada ela passará por maus bocados quando nossa geração envelhecer. E isso está ali, logo ali... Flávio

Enviado de meu MotoG3 usando Tapatalk