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TAG-Heuer e BMC - pedala Biver!

Iniciado por GuilhermeLago, 10 Outubro 2016 às 10:33:26

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CHICO

Apesar de fazer todo o sentido que o abuso de drogas é maior nos esportes de endurance, (senso comum) a realidade mostra algo a mais:
Por exemplo, em uma final de 100 metros rasos, estão todos dopados; e isso não é esporte de endurance, se proporcionalmente esse numero é maior ou menor do que nos esportes de endurance, eu não sei. O que quero dizer, é que o fantasma do dopping é presente em todos os esportes e suas subcategorias,  e acho difícil um esporte ter numero maior de trapaceiros do que outro. A verdade é que todos os esportes tem trapaceiros, e em qualquer esporte o numero de trapaceiros é grande.
Digo isso com uma grande decepção.

Shostners

Sobre o tema do doping, recomendo este documentário da série 30 for 30 da ESPN, chamado "9.79*", que reconta o caso do doping do Ben Johnson na olimpíada de Seul. Deve ter no WatchESPN.com.br pra ver sob demanda (e tem no youtube). O filme afirma que, décadas depois, apenas 2 participantes daquela final dos 100m nunca tiveram seus nomes envolvidos em casos de doping, o americano Calvin Smith (4o na prova, promovido a 3o com a desclassificação do Ben Johnson) e o Robson Caetano (6o promovido a 5o na prova).

Também recomendo o livro Circuito de Mentiras (Cycle of Lies) da jornalista Juliet Macur do New York Times, que conta todo o caso do Lance Armstrong.

Ambos os relatos impressionam no sentido de como esquemas tão massivos de doping (e tão conhecidos entre os insiders do esporte) puderam ficar encobertos por tanto tempo para o público em geral.

Eu não sou ciclista, mas peguei gosto por ver o Tour de France quando este coincidiu com umas férias que eu tirei pelo nascimento do meu filho, em 2005. A partir daí, via como pudesse, todo ano. Eu assisti praticamente a transmissão toda daquela etapa em que o Floyd Landis ganhou em uma fuga solo heroica, só para, dias depois, ser pego no antidoping (testosterona) e desclassificado (aqui um relato da etapa: http://www.pezcyclingnews.com/features/floyd-landis-the-almost-tour-legend/). Aquele dia foi *o* dia que quebrou minha fé na coisa toda. Eu achei que estava vendo uma performance histórica e, dias depois, descubro que fui feito de bobo. Hoje em dia ainda assisto, mas com mais ceticismo, menos admiração.

Conteúdo horológico da mensagem: um Orient com tema ciclístico

(fonte: https://yeomanseiko.com/2015/03/29/new-orient-watches-at-big-time-28th-march-2015/#more-8244 via http://forums.watchuseek.com/f71/need-help-finding-cycling-themed-watch-1794394.html)


flávio

#22
Olha, eu sequer posso falar sobre outros esportes, pois só fiz um de forma séria na vida, o mountain bike, competindo desde 1991. Portanto, não sei a história do doping nos demais esportes, mas muito da aura negativa do ciclismo advém de outros tempos. Era considerado normal até o fim dos anos 60 ciclistas se entupirem de anfetaminas que hoje sequer a indústria farmacêutica fabrica mais, tal a potência dos remédios. O mundo só abriu os olhos para isso quando Tom Simpsom, campeão mundial e britânico, caiu duro numa subida do tour por excesso esforço e nos seus bolsos da camisa foram encontrados dezenas, não um ou dois, mas dezenas de comprimidos. E todos usavam a mesma coisa, com conhecimento de organizadores e, pior, fãs. Portanto, correndo o risco de ser injusto com a modalidade que adoro, acredito sim que haja um fator cultural quanto ao uso de drogas no ciclismo, somado às exigências da modalidade que é sim a mais brutal entre todas as modalidades esportivas que o homem inventou de praticar na sua existência neste planeta. Eu sinceramente não sei se os esteróides anabolizantes, por exemplo, tinham uso disseminado e descontrolado nos outros esportes de alto desempenho a partir dos anos 50, quando começaram a ser sintetizados. A italianada, porém, vem usando drogas, começando pela cocaína, desde o início do século 20, sem que houvesse qualquer controle e, pior, com estímulo dos pares. A situação melhorou? Não. Em Brasília, por exemplo, vejo ciclistas amadores que botam muita pressão em subidas e possuem corpo de atleta de explosão! Isso é geneticamente impossível, e falo por mim, que possuo 63 k para 1.67 de altura e 11.5 por cento de gordura e, na época que competia tinha 56, com oito por cento, e era considerado um puta escalador. Escalador é tripa seca! Ou seja, os amadores em Brasília usam esteróides no ciclismo. Amadores! E esse mau exemplo vem de cima... Flávio

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raulfragoso

Infelizmente o uso de esteróides é uma triste realidade entre ciclistas amadores, Flávio. Eu também sou amador, e hoje sequer participo com muita regularidade das provas da região, mas via e ainda vejo isso se repetir, principalmente entre os mais jovens. Os caras usam "bomba" para participar de competições onde não há qualquer visibilidade ou premiação em dinheiro (e claro, isso jamais seria justificativa, mas sabemos que o dinheiro é o maior catalisador do mundo), e geralmente são orientados por ciclistas mais experientes (ou "treinadores" como alguns se intitulam) que também já fizeram uso de substâncias assim. Alguns anos atrás peguei um conhecido se gabando para outro de que havia arrumado algumas doses de EPO para começar a usar. Detalhe: o garoto tinha 23 anos e estava pedalando a menos de 3 anos. Triste, muito triste.
"It's easy to make something complicated, but much less easy to make it simple." - François-Paul Journe

CHICO

Shostners, compartilho desse sentimento.
Continuo a assistir alguns esportes, mas hoje eu não sou fan de nenhum atleta, de qualquer esporte que seja; não caio mais nessa ::)

Quanto ao tema Tag Heuer e BMC. Depois da marca presentear cada atleta com um Tag Connect, ela presenteou o Campeão Olímpico Greg Van Avermaet, com um Tag Carrera Heuer 01, personalizado. Não sei se os lugs são de ouro, ou se é só um DLC.

Vídeo aqui:
https://www.instagram.com/p/BLvQwqIgM21/

CHICO

Parece que deu ruim na BMC. Pouco antes da morte de Andy Rihs (Bilionário dono da BMC), a equipe vinha mal financeiramente, e pode não conseguir continuar para a próxima temporada.

Mark Biver (irmão do Jean-Claude Biver) disse que se afastou da BMC, e que vai fazer uma nova equipe, que nada tem a ver com a BMC ou com a Tag Heuer.

Resta saber, se o irmão Jean-Claude Biver, pretende colocar mais dinheiro da Tag Heuer (LVMH Group) pra salvar a equipe, que já tem suas principais estrelas (Greg Van Avermaet e Richie Porte) negociando com outras equipes.

http://www.cyclingnews.com/news/biver-creating-new-team-for-2019-but-not-to-save-bmc-racing/
Fonte: Cyclingnews

awey

O mundo dando voltas...

Não pude deixar de comentar a discussão do doping apesar de antiga. Na minha opinião temos que aceitar que tais substâncias são utilizadas em todos os esportes por todos os atletas profissionais, não dá mais pra ver isso como trapaça ou demérito, um grande feito pra mim continua sendo admirável tenha sido construído a base de substâncias sintéticas ou não (ou você acha que é só tomar a mesma quantidade de substâncias que o Usain Bolt toma que vai conseguir correr como ele?). Já estão todos nivelados, para atingir as marcas dos melhores profissionais em qualquer esporte qualquer um precisa recorrer ao uso dessas substâncias.

Faço uma ressalva somente para os casos em que naquela competição específica, naquele momento específico, o que o atleta conquistou teria sido devido a alguma substância que ele utilizou, mas creio que a fiscalização durante as provas mais emblemáticas é forte sim (sei que posso estar redondamente enganado), e vai saber se todos não utilizaram também e já não estariam competindo em pé de igualdade de qualquer forma...