Esse relógio é a primeira iteração a usar o calibre AgenGraphe da Agenhor que, confesso, não dei muita bola ao ser lançado. O troço foi analisado profundamente aqui:
http://quillandpad.com/2017/02/20/exclusive-the-agengraphe-by-agenhor-the-most-significant-chronograph-since-since-the-invention-of-the-chronograph/A Faberge introduziu agora um relógio com o movimento, que possui sacadas técnicas interessantes. A primeira delas é o contador central de cronógrafo, que usa o mesmo sistema de sobreposição de acumuladores de horas e minutos de, por exemplo, os novos cronos Omega. Quando vi pela primeira vez um Omega com essa sobreposição de contagem, achei estranho, mas depois vi que tem tudo a ver, porque num relance você já computa mentalmente, como ao olhar horas, a passagem de horas e minutos. Mas no movimento da Agenhor esse contador é grandão e central. Confesso, porém, que achei meio confusa a "competição" entre o contador central grandão e horas. Aliás, é mais difícil ver horas aí do que os acumuladores.
Tecnicamente, a transmissão é feita através de duas rodas "lisas" sem dentes que, por fricção, acionam o crono. É como se fosse um sistema de embreagem vertical, mas colocado horizontalmente. Não é a primeira vez que usam fricção entre partes girantes para esse efeito. Em um crono sim, mas lembrei-me dos JLC World Timer, cuja alteração das cidades é feita através de uma rodinha "emborrachada" que apenas por atrito move o disco contendo as cidades.
Há outras sacadas técnicas explicitadas no texto do Quill and Pad, mas fato é que o relógio em si... Precisaria ver ao vivo, porque a complexidade técnica de movimento, assim como seu acabamento, parece não se refletir no design do Fabergé. Achei o relógio com um visual tosco, na falta de melhor palavra.
Vejam
https://www.hodinkee.com/articles/the-faberge-visionnaire-chronograph-with-a-dramatically-different-central-chronograph-caliber