A meu conceito as novas gerações médias vão continuar sem dar a mínima para relógios. Estão mais interessadas no novo Galaxy da Samsung, que entre outras coisas dá as horas, que num bagulho incômodo agarrado no pulso e que obriga o usuário a fazer uma sinapse básica entre três ponteiros.
Então, contrataram a cantora para bombar a marca na internet, sobretudo no FB e no Insta. Se o nível de movimentação for o que vejo, pois acompanho ambos, vai dar soma zero. São páginas bem paradas se comparadas, por exemplo, às da Breitling e da Sinn. Vejo poucas postagens da Tudor e, sobretudo, pouco impulsionamento de vídeos ou notícias da marca.
Bom, então a cantora vai mostrar a Tudor para seu público. Podia ser, desde que saibamos que público abrange. Como ela já fez até dueto com o Tony Bennett, musicalmente parece seguir na direção de pessoas acima dos 30 anos. Com grana, porque se um Tudor não custa um Rolex, também não custa um Tissot. E nesse patamar de consumidor tenho dúvidas sobre se a Tudor rompe a barreira dos aficcionados/conhecedores.
Então, e finalmente, ela foi contratada porque já é embaixadora da Tiffany's e por causa da Audrey Hepburn. Isso se a Tiffany's fosse popular e se quem conhecesse a AH não fosse cinéfilo ou integrante de círculos específicos (como da moda ou design).
Passando a régua: continuo sem entender.
Dic