Dois mistérios do Dufour Duality revelados num rápido artigo no Hodinkee

[flávio]

Para quem é "das antigas" como eu, os relógios do Dufour sempre foram uma sensação. Quando comecei a mexer com esse lance de relojoaria, lá pelos idos dos anos 90, não havia essa profusão de marcas fazendo coisas malucas por aí. E eis que o Dufour lançou um relógio, que originalmente deveria ter sido fabricado em 25 unidades mas, sendo ele uma "fábrica" de um homem só, apenas 9 foram feitos, com um diferencial (como de um carro), controlando dois balanços. Eu nunca entendi muito bem o conceito, achava que o troço era como um mecanismo para "dividir" por 2 os erros de cada balanço, tirar uma média e lançar o resultado no mostrador. É mais ou menos isso, mas não totalmente isso... Na verdade o troço surgiu para cancelar as variações de posição entre um balanço e outro, num princípio que lembra mais o turbilhão. Para isso, Dufour ajusta um balanço adiantando e o outro atrasando. Então, na média, um deve cancelar o erro do outro via diferencial. Curiosidade: eu nunca tinha parado para pensar que se um dos balanços fosse imobilizado, o relógio continuaria a funcionar, pelo funcionamento do outro balanço. E deveria ter pensado nisso, pois o diferencial de um carro também faz isso com as rodas. Mas não só: nesse caso, o ponteiro de segundos demoraria não um minuto para dar a volta aos mostrador, mas dois! Vejam


https://www.hodinkee.com/articles/how-the-philippe-dufour-duality-actually-works

[Enéias]

Vivendo e aprendendo. Para ser sincero eu nem sabia que isso seria possível, conforme o link que você colocou. Eu me pergunto o que buscamos hoje com os relógios mecânicos. Uma disputa com os relógios eletrônicos? Creio que nem é bem por aí, mas para quem imaginava que os mecânicos estavam mortos...