Minha opinião... Orçamento é foda e, pior, percepção de valores. Eu, como já devem ter percebido em alguns posts no site, tornei me um paradoxo, pois apesar de girar o site, que existe há uns vinte anos, e ainda ler e escrever muito sobre relojoaria, simplesmente não tenho mais nenhum interesse pelo objeto relógio em si. Não consigo, por qualquer raciocínio lógico possível, justificar para mim, que sou expert, o preço do mercado, ainda mais para o leigo. E digo isso mesmo nas gamas "mais baixas". Tomemos, por exemplo, a Longines, que de uns tempos para cá tem entregue muito por "pouco". Pouco comparado a o quê? Aos seus pares, porque se formos comparar não laranjas com laranjas, mas maçãs com laranjas, mesmo um longines médio custa... 3000 fucking dólares! Isso são dez mil reais, o equivalente ao salário de um trabalhador não qualificado no país por um ano! É surreal, é ridículo, é absurdo, é uma acinte... Mas comparando maçãs com maçãs, certa vez o Estrela disse algo, num raro momento de lucidez (Sorry Estrela!), que faz sentido: cada vez que compra um relógio meia bomba, afasta se de um top. O problema é saber o que é top... Aí vai o bolso de cada um. Para o Estrela mesmo, fã de rolexes, um top será necessariamente um Rolex. Para um colecionador de pateks de milhões, um Rolex pode ser o relógio vagabundo que o afasta de um Patek... Ponderados esses relativismos, uma coisa, porém, é fato: é muito mais simples pular de um orçamento de 1000 reais de um orient para 1500 em um Seiko do que de um orient para um Rolex. Eu, então, aguardaria e compraria algo mais legal que um orient. Baixando em mim o espírito "playboy", sejamos honestos: a Seiko é uma marca com percepção mundial de relógio de qualidade, sob qualquer ângulo. A Orient não, ainda que seus relógios sejam bons, e são. Flávio
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