Cara. acabei de ler tudo. Alguns comentários, que nem deveriam ser feitos, mas faz tanto tempo isso que...
Aprendi com meus próprios posts! Não que eu não escreva muito hoje, escrevo. Às vezes eu embalo por aqui e escrevo muito. O legal é que meus posicionamentos não mudaram muito desde aquela época, já se vão cinco anos ou mais... Prefiro o menos é mais, os livros, menos marketing e mais produto, menos bling e mais substância... E não sou, de modo algum, fazendo uma autocrítica, dono da verdade: um fórum existe justamente para troca de ideias e soma. Aliás, considero-me um "especialista", se é que posso dizer isso, na história da relojoaria como um todo e suas implicações na sociedade moderna. Não tenho muito saco para referências disso, referências daquilo, e sequer tenho muito conhecimento de produtos de marcas. Quando me perguntam sobre algum Rolex, por exemplo, se tenho o mínimo de dúvida, sequer ouso arriscar uma resposta, já recorro aos entendidos, como, por exemplo, o Estrela e outros. Um fórum é isso, uma soma. E o que faltou ao tal Fábio que, diga-se de passagem, qualidade técnica não duvido (ele é atualmente o PRESIDENTE da AWCI na Flórida), foi tentar somar sua expertise em reparos e bancada, algo que eu não tenho, com a História da relojoaria, algo que eu tenho, e ele não. O conhecimento atua assim, através de trocas.
Querem um exemplo? Todos os relojoeiros com os quais acabei tendo contato mais duradouro nessa vida (Derli e Omar em BH e Francelino e Rubeno em Brasília) tinham muita experiência de bancada. Mas se você perguntasse a eles como funciona um escapamento de vírgula, um troço perdido no passado, eles não saberiam. Jonh Harrison? Nunca teriam ouvido falar... Aliás, para todos eu dei uma cópia com dedicatória, enaltecendo o trabalho deles, de um livro que mudou minha vida, o Longitude. Eles ficaram orgulhosos... Afinal, eu estava ali fazendo uma homenagem à profissão tão esquecida no Brasil e difícil de exercer, através de um personagem histórico importante que nunca tinham ouvido falar. Relojoaria e hobby é isso, buscar algo " a mais" que te faça ter orgulho do seu interesse. Tenho certeza que tomar um vinho Antinori sabendo sua história tem muito mais sabor do que alguém que simplesmente ingere o líquido como se fosse um mero produto comprado na adega por preço caro, se me fiz entender...
Eu espero sinceramente que o tal Fábio, atualmente, tenha mudado seu ponto de vista: paixão por relojoaria não é paixão, ou pelo menos não deve ser, por um produto que impressiona os outros pelo seu preço. É algo pessoal...
Se nesses quase 20 anos eu ainda continuei interessado pelo assunto, MESMO COM AS SEVERAS CRÍTICAS QUE FAÇO À INDÚSTRIA, foi porque tinha e tem um "algo mais" no hobby. Percebi que não mudei...
Flávio