Gosto desse cara, sobretudo quando vejo vídeos dele, é uma versão menos exagerada do Biver. Coisas que ele disse que achei interessantes. Como já havia dito, quando visitei a Longines, há alguns anos, a produção da fábrica era ociosa em movimentos, tanto que faziam lá dentro até coisa para a Omega. Parece que isso mudou... Com os calibres exclusivos da Longines feitos pela ETA, agora a Longines, se é que é possível dizer isso, é "in house". Bem, pelo menos literalmente... A ETA tem 250 caras lá dentro, como ETA, fabricando os movimentos exclusivos para a Longines.
Mas uma coisa eu não tinha noção. Sabem qual é o giro financeiro do Swatch Group por ano? Cerca de 7.5 bilhões de dólares. E... A Longines responde por 2 bi! Mas não só: é o maior fabricante, fazendo 1.5 milhões de relógios ano, o que é o que Rolex e Omega fazem juntas, muito embora cobrando mais. Segundo ele, ainda, a produção hoje é praticamente automatizada e num particular aspecto, a lubrificação, foi uma grande vantagem, pois reduziu falhas humanas. Caixas e braceletes, algo que costumamos não dar o mesmo valor do que o movimento, ainda são polidos manualmente.
Enfim, gostei da entrevista e, sobretudo, dos valores ressaltados. Parece que se a Longines caiu em percepção de "luxo" no mercado, ganhou em volume e está voltando ao gosto do consumidor. Kanel não poderia estar mais feliz.
https://www.europastar.com/time-keeper/1004090021-giving-the-orders-walter-von-kanel-ceo-of.html