Vou te dar um exemplo simples mas deve lhe ajudar a olhar a um outro lado.
Muitos PRC200 falsos da Tissot eram aceitos antigamente em garantia porque nem o relojoeiro sabia que era falso até abrir.
Não estou duvidando que a grande maioria das peças são verdadeiras, até porque descobrir que um relógio de alto luxo é uma falsificação é até tranquilo para um profissional experiente, dependendo do nível da análise.
Agora comprar uma peça de alto valor sem a devida documentação, mesmo num leilão da RF é arriscado, justamente porque não dá para garantir a origem do item.
O item pode ter sido objeto de roubo ou N outros crimes.
Contudo, voltando a parte da falsificação, acredito que um profissional experiente nunca daria 100% de certeza a uma peça sem inspeciona-lá internamente e verificar devidamente a documentação.
Nesse ponto até posso estar equivocado e o Adriano poderia esclarecer até para podermos entender efetivamente como funciona e não ficarmos fazendo suposições online.
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Errado, pela terceira vez. Nada do que escrevi é suposição. Se você tivesse convivência mínima com auditor fiscal, analista tributário ou despachante aduaneiro, não estaria retrucando.
Sobre autenticidade de 100%, nem exame de DNA dá. Coloca que a probabilidade é de 99,99%. Para bom entendedor, basta.
A RFB não leiloa NADA, ABSOLUTAMENTE NADA que não seja original. Como instituição de Estado, tem que garantir isso.
Creio que você já deve ter visto várias matérias na imprensa sobre destruição de itens falsificados - CDs, DVDs, relógios, tênis etc. Por quê? Porque são ilicitos em toda sua extensão - contrafacção de marca consagrada, sonegação de imposto, entrada ilegal no País etc.
Um item que vai a leilão da Receita NUNCA é produto de roubo, se o significado de roubo para você for assalto a mão armada ou furto. Foi apreendido como contrabando, descaminho ou em alguma operação conjunta com a Polícia Federal, cujo dono (um traficante, um estelionatário etc.) foi preso, condenado e cumpre pena. Aliás, disse isso bem lá em cima neste tópico. Acontece isso com relógios, joias, carro, lancha, obras de arte, avião - tem sempre reportagem a respeito.
Roubo comum é com o distrito policial do bairro, não com a Receita.
Sobre os tais Tissot de que você fala, importante seria VOCÊ saber qual a origem. Tenho absoluta certeza de que, se comprados regularmente, em revendedor autorizado, na hora do serviço não tem erro - a garantia da originalidade está assegurada. A venda regular vem sempre acompanhada do pós-venda.
Mas, se o sujeito comprou de um qualquer, no ML ou de outra fonte, aí é loteria. E, na loteria, você já sabe.
Por fim, não vá muito longe não. Pelo seu número de participações, você está perto de ter acesso à área de venda do FRM. Procure alguma falsificação ali.
Isso é somente para te dar um exemplo de que existem pessoas, espaços e instituições que se dão ao respeito.
Dic