Menu principal

Ferdinand Berthoud Chronomètre FB 2RE

Iniciado por flávio, 18 Agosto 2020 às 18:39:35

tópico anterior - próximo tópico

flávio

Coincidência ou não, lembrei do próprio Berthoud hoje ao relembrar a ideia que tive para um texto, mas que acabei abortando, devido a um impasse na pesquisa. Enfim...

Berthoud, o cara, tornou-se conhecido na era da busca da precisão, da qual fizeram parte Harrison, Arnold, etc. O lance dele era projetar um cronômetro de marinha que atendesse aos franceses. Eh... Berthoud não era um cara que parecia saber muito bem o que estava fazendo, ao ponto de conseguir dar "um salto" tecnológico através de puro método científico. Ele parecia criar seus modelos e, à medida que os problemas surgiam, adicionava componentes a estes para solucioná-los. Aliás, neste sentido ele não era muito diferente de Harrison... Quem já viu um cronômetro de marinha de Berthoud (eu vi um no museu Beyer em Zurique, mas há outros em Paris...) vai entender o que estou falando, são trambolhos.

Eu achei interessante quando a Berthoud foi criada como marca há poucos anos pela Chopard, pois pareceu seguir o mesmo estilo antigo do "cara": relógios com visual trambolhudo, com excesso de engenharia para fazer coisas simples e acabamento impecável.

Mas confesso, como o SJX ressaltou neste texto, que faltava algo mais "normal" na coleção. Vejam, o relógio é volumoso em tamanho, mas pelo menos não parece algo saído das obras de Júlio Verne. Curti muito, o acabamento é impressionante, superior a qualquer coisa que normalmente vemos em marcas tradicionais consideradas de altíssimo nível, só sendo encontrado em independentes e... O preço idem, 230 mil dólares. Mas que o relógio é interessante, é, e segue ao estilo que atualmente gosto na relojoaria: as "complicações" são instaladas para obter "precisão" no relógio, não para adicionar funções. Daí o mostrador simples, só com horas, mas um movimento complexo, com fuso, corrente, remontoir, sistema para aproveitamento apenas parcial da corda, etc

Vejam só
https://watchesbysjx.com/2020/08/ferdinand-berthoud-chronometre-fb-2re-review.html

Devenalme Sousa

O relógio é muito bonito sob todos os ângulos. O movimento é uma obra de arte.

Jefferson

Gostei da beleza e acabamento do movimento. O relógio achei muito robusto, traços pesados e ficou feio. Sua manutenção também deve ser bem restrita e cara, mas quem tem 230.000 dólares para dar num relógio, não vai se preocupara com estes detalhes.


flávio

#4
Um vídeo

https://youtu.be/3sq9x2SRjRw



Enviado de meu ASUS_Z01KD usando o Tapatalk


flávio

Interessante... Normalmente as marcas ressaltam em seus produtos que tal inovação fez isso ou aquilo para a precisão, mas nunca demonstram com dados. Minto... A Rolex recentemente atualizou seu escapamento de âncora e indicou que o novo projeto possibilita uma performance de marcha nunca vista, muito melhor do que as exigências do COSC, 2 segundos de variação máxima ao dia.
As marcas caríssimas tendem a fugir da discussão sobre precisão, porque isso sequer é fundamental nos dias de hoje, até mesmo porque um razoável relógio a quartzo é melhor do que o melhor dos melhores mecânico.
É... Ou assim parece. A FB submeteu o modelo acima ao COSC e a variação ficou em torno de 0.5 segundos ao dia em média (em alguns dias, como pode ser observado no boletim no artigo, foi 0). Mas o mais impressionante é que a amplitude não sofre qualquer variação significativa no tempo, girando em torno de 3 graus.
De fato a precisão não parece ser algo fundamental para um consumidor que adquire um relógio mecânico. Mas saber que os tempos passados, a busca pela precisão, foram levados em conta no projeto do modelo, é algo que não podemos deixar passar batido. Vejam só

https://monochrome-watches.com/ferdinand-berthoud-chronometre-fb-2re/