Mas uma vez, a marca de Biel cria uma expectativa tremenda em torno dos seus produtos e... Não lança muita coisa nova, visualmente falando... Mas os ávidos consumidores mundiais (não eu...) irão pagar ágio, entrar em listas de espera, blá, blá, blá, blá, blá, blá. A Rolex definitivamente é um caso de sucesso a ser estudado em qualquer faculdade de administração.
Mas tirando as críticas destrutivas, vamos às construtivas.
Do ponto de vista cronométrico, os Subs e cia melhoraram, pois estenderam à linha os movimentos com o novo escapamento (uma alteração de ângulos e materiais do bom e velho escapamento de âncora criado por Thomas Mudge há mais de 200 anos...), que é garantido A ABSURDOS -2+2 de marcha diária média, algo inimaginável num passado recente e, mesmo hoje, somente alcançável pelos Coaxiais da Omega, mas que utilizam um projeto muito mais complexo. Para o consumidor "comum" da Rolex, isso não faz diferença alguma, afinal, eu DUVIDO que a 99.99 por cento dos 800 mil compradores anuais da marca sequer façam ideia que o relógio que usam funciona a corda... Mas não há como não enaltecer a Rolex, que continua desenvolvendo seus relógios do ponto de vista cronométrico, que é o que lhe garantiu fama na história. Aliás, eu dou MUITO MAIS VALOR a uma evolução de "performance" do "produto relógio mecânico", o que em síntese é uma "homenagem" às raízes da relojoaria, do que a inventação de moda em complicações inúteis que só servem para fazer firula. Palmas para a Rolex.
A outra mudança foi o aumento de tamanho de caixa dos Subs, de 40 mm para 41. Eu não sei se essa mudança é efetiva ou não... Falando de outra maneira: eu não sei se o relógio ficou mais parrudo ou, mesmo crescendo formalmente, "diminuiu" visualmente, através de sutil desenho de garra, etc. Eu teria que ver ao vivo, SOU PÉSSIMO no quesito diferenciar modelos x e y, mesmo os tendo nas mãos. Se e somente se houver ocorrido um efetivo aumento visual de caixa, confesso que acharei ruim, pois as "maxi case" já são parrudas demais para meu gosto...
A linha do Oyster Perpetual também cresceu, de 39 mm, que para mim era o tamanho perfeito (não sei se o mantiveram na linha...), para 41. Vale aqui o mesmo comentário acima. E há também uma miríade de cores, digna de pacotinho de MMs.
Em suma: há uma alteração EFETIVA técnica que enaltece o produto, embora o público geral da marca seguramente não esteja nem aí para isso... E alterações marginais do visual, como todo ano acontece, que precisarão ser digeridas até que os produtos sejam comparados "ao vivo" com os do ano passado. Se e somente se houver ocorrido uma "bombada" em tamanho, na minha opinião, repito, na minha opinião eu acharei ruim, pois se já não gostava muito das maxi case, o que dizer de algo maior...
Flávio