Menu principal

Quem vai ficar com seu relógio?

Iniciado por cass, 01 Outubro 2020 às 03:19:38

tópico anterior - próximo tópico

cass

Estava lendo um artigo aqui do fórum e achei interessante um comentário, que pondera sobre a durabilidade dos calibres que são fabricados atualmente (me referindo aos componentes), se estes serão tão duráveis quanto às ligas metálicas (nos escapamentos, por exe.) que foram utilizadas até hoje, enfim, nos relógios que possuímos (inclusive os vintages) a vários anos e anos e estão demostrando que tem uma vida longa de funcionamento, muito mais que a nossa. Logo, comecei a pensar: "Eu vou, e os relógios irão continuar", simples assim.

Muito esmero em utilizar, em guardar, em investir, em saber sobre os detalhes, o valor sentimental,  em saber o valor monetário...que, muitas vezes, as esposas desconhecem...Etc...

A incógnita: Será que essas peças receberão todos os cuidados que receberam até hoje? Será que os filhos, os filhos dos filhos terão o capricho que tivemos enquanto estes estão sob nossa posse? Ou se tornarão objetos obsoletos que não despertarão mais o fascínio como aquele que nós possuímos atualmente?

Pensando assim, o que você faria antes de partir? Tentará incutir a importância (para você) de sua coleção a um herdeiro? Deixará escondido uma lista de consulta com os valores de mercado, para quem ficar? Em uma determinada altura da vida vai se desfazer de tudo e ficar somente com Aquela peça, que será a sua lembrança deixada? Assim como o relógio do pai ou o avô...Ou teria outra ideia mais original?

Tudo isso é posto sem a observação do "fator surpresa" dos acontecimentos, que estamos propícios até dentro de nossa residência...

Comecei a "filosofar" sobre isso e sobre as inúmeras possibilidades que podem ocorrer...achei coerente compartilhar com pessoas pensantes que também apreciam a Arte da Horologia e saber se alguém já traçou algum projeto sobre o tema. Afinal "o depois pode ser nunca".   


Cass



 

QUANTO MAIS AUMENTA-SE  NOSSO CONHECIMENTO, MAIS EVIDENTE FICA NOSSA IGNORÂNCIA.

viniciussg1995

Não dou a mínima para isso. Quando acontecer não vou estar mais aqui, então que diferença faz se serão vendidos a preço de banana ou serão guardados?
Tive a perda de um padrinho na véspera do natal de 2019, e os relógios dele estão lá até hoje, só de lembrança. O que ele estava usando foi destruído no acidente, e que diferença fez?
Use sem moderação e seja feliz
Abraços!
Vinicius

Adriano

Eu particularmente também não estou nem aí. Se alguém pegar e jogar tudo no lixo, azar dos relógios, e se venderem a preço de banana sem "dar um Google" antes, azar também. Minha relação com os relógios só se tornou saudável quando eu desapeguei de coisas exatamente assim. Eu realmente não ligo para que fim eles terão, quem vai ficar com eles, o que vão fazer...

Abs.,

Adriano

igorschutz

Eu não tenho planos de imediato.

Na verdade, tenho um relógio que digo está reservado para o meu filho, e lhe será entregue quando ele tiver maturidade para entender o valor* do relógio. O resto, se eu não morrer repentinamente, será devidamente vendido por mim a médio prazo.

* por "valor do relógio", é monetário mesmo. Valor sentimental, pra mim, tem nenhum. Poderá ter algum valor sentimental se meu filho achar que um objeto que lhe foi dado pelo pai merece ter esse valor, caso contrário, é só dinheiro em forma de relógio mesmo.

Agora, se eu morrer de repente, aí tanto faz... 🤷‍♂️

Minha esposa tem noção de quais relógios tem algum valor, e quais são tranqueiras, mas ela é esperta, não venderia a preço de banana (pelo contrário, eu acho que ela veria uns preços no Mercado Livre, que são caros pra c****** e ainda colocaria um ágio em cima kkkkk).
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

ejr888

#4
Bom dia.

Herdei uma boa coleção de relógios.

Desapeguei de todos, sobrou só um pela lembrança.
Prende muito o espírito do falecido.
Não fez falta pois estou em vias de reconstruir tudo sem a energia da pessoa presente.

Sou espírita.
Agora os meus, eu irei juntar tudo, e creio irei fazer um testamento com quem irá ficar. Serão mais 50 ou 60 anos juntando, dá para comprar muita coisa. E não irei desapegar de nada que é meu comprado com o meu dinheiro em vida. Depois de morto cada um pega o seu e fica tranquilo. 

AlexandreMed

Tenho três filhos homens
E eles adoram meus relógios
Vez ou outra pego um deles experimentando algum, colocando no pulso
Quando começarem e de fato usar, se quiserem o relógio, eu dou.. se preferirem o dinheiro, eu vendo
E se eu morrer repentinamente eu tenho um grande amigo que se comprometeu de vender tudo e repassar o valor pra minha família
Eu não consigo pensar: "se eu morrer foda-se, vou estar morto mesmo"


Enviado do meu iPhone usando Tapatalk Pro

raulfragoso

Eu não ligo para o que irão fazer com minhas coisas depois que eu morrer, afinal é algo que estará absolutamente fora de meu controle, mas posso facilitar para quem fica. Tenho catalogado todos meus ítens de coleção que possuem algum valor monetário razoável (relógios, guitarras, canetas tinteiro, equipamento fotográfico, entre outras coisas) num notebook do Evernote, constando fotos em alta resolução, links, informações relevantes sobre o ítem, data da compra, origem, valor pago e, uma vez por ano, atualizo com o valor médio de mercado de usados.

Tenho também o "Google Inactive Manager" configurado para ser o 'gatilho' de envio de mensagens a todos os herdeiros, inclusive ao meu advogado, com links para acesso a todas essas informações caso eu fique mais de 30 dias sem acessar minha conta do Google (o que, ao menos em teoria, ocorrerá depois que eu bater as botas). Quem se interessar por esse tipo de automação, dê uma lida aqui: https://awayforabit.com/2015/03/27/legacy-tips-5-10-5-ways-to-make-sure-your-digital-life-is-not-locked-up-online-podcast/

"It's easy to make something complicated, but much less easy to make it simple." - François-Paul Journe

cass

Obrigado por compartilharem suas opiniões. Cada ponto de vista é ponderado. É muito interessante para refletirmos sobre a importância e a insignificância das coisas neste nosso ciclo de vida. E saber que esse desfecho inevitavelmente irá ocorrer é o que deixa a reflexão "moderada".

Enviado de meu Moto Z3 Play usando o Tapatalk

QUANTO MAIS AUMENTA-SE  NOSSO CONHECIMENTO, MAIS EVIDENTE FICA NOSSA IGNORÂNCIA.

ejr888

Tá com covid??

Pergunto pelo preparo repentino.

cass

Citação de: ejr888 online 01 Outubro 2020 às 13:20:44
Tá com covid??

Pergunto pelo preparo repentino.
Kkkkkkk..... Caro amigo, obrigado pela preocupação....

Ainda não....rsrs

Abraços..


Cass





Enviado de meu Moto Z3 Play usando o Tapatalk

QUANTO MAIS AUMENTA-SE  NOSSO CONHECIMENTO, MAIS EVIDENTE FICA NOSSA IGNORÂNCIA.

jfestrelabr

Alguem do grey market [emoji12][emoji12][emoji12][emoji12]


Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
Rolex ou Rolex.

Fórum Genérico, respostas genéricas.

ejr888

Citação de: cass online 01 Outubro 2020 às 13:33:21
Kkkkkkk..... Caro amigo, obrigado pela preocupação....

Ainda não....rsrs

Abraços..


Cass





Enviado de meu Moto Z3 Play usando o Tapatalk

Então.. como já está bem preparado vai ao cartório e deixa um testamento. 

Não entendo bem essa parada de transição para vias digitais. Mas pode dar problema. 

flávio

Interessante pergunta, sobretudo porque o que deu a "partida" no meu interesse pela relojoaria foi um relógio deixado pelo meu avô, no seu leito de morte. Ele disse: "Flávio, o Constellation no cofre é seu..." Ao fazê-lo, no entanto, não só criou meu interesse em relojoaria mecânica como, para o bem ou para o mal, determinou, indiretamente (ou diretamente,pois, para mim o recado foi claro...), que eu não me desfizesse do bem. Digo isso porque esse tipo de herança deixada, com a respectiva obrigação de cuidado, pode-se tornar um estorvo para vários... E não estou falando somente de relógios, pois tenho exemplo de outros pedidos mais sérios feitos em leito de morte que "obrigaram" o receptor a moralmente cumpri-lo, e não foi (e não é fácil...).
Eu não tenho uma coleção de relógios ultra mega blaster cara, mas para mim isso pouco importa, mas sim a conexão que o bem cria. Confesso que já pensei no assunto e, sei lá, gostaria que cada um dos meus amigos (amigos mesmo, aqueles que se contam nas mãos...), ficassem com algo meu se eu batesse as botas... Não necessariamente "esse fica com fulano, isso com cicrano..." Por outro lado, esse tipo de coisa, como ressaltei acima, pode levar a situações que a pessoa ache um estorvo.
Aliás, não faz duas semanas um cara entrou em contato comigo querendo vender o relógio que pertencera a seu pai, um Breitling dos anos 60. Confesso que achei estranho, eu não venderia nem em sonho um relógio que houvesse pertencido a um parente próximo. Por outro lado, compreendo que às vezes mais vale uma grana no bolso a uma lembrança parada na gaveta...

Flávio

jfestrelabr

O GMT é meu em, pode cortar um dedo [emoji12]


Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
Rolex ou Rolex.

Fórum Genérico, respostas genéricas.

flávio

Anotado. Mas... Eu já te disse que ele é amaldiçoado? À meia noite depois que coloca no pulso, aparecerei em corpo e alma para te assombrar!

Enviado de meu ASUS_Z01KD usando o Tapatalk


Jefferson

Hahaha... E ainda tem isso, que os bens pessoais carregam a energia do dono, então, vai que acontece...

Jefferson

Os relógios que possuo não tem grande valor monetário, mas tem ainda uns 2 ou 3 mais caros que pretendo ter no meu ajuntamento. Sou um cara muito sentimental! Então, guardo com muito carinho o primeiro relógio que comprei em 2012 quando comecei a gostar de relógios, o meu primeiro mecânico, o relógio de ouro que ganhei da empresa quando completei 20 anos e cada um que guardo tem sua história.
Quando eu morrer, e principalmente se for repentino, acho que esta história morre comigo. Minha esposa já pediu para eu escrever a história de cada relógio que guardo para meus filhos saberem seu significado, mas aí, cai no problema que Flávio falou de criar uma obrigação/estorvo para pessoas que talvez não tenham este mesmo sentimento que tenho. Então, fico me perguntando se seria justo fazer isso com meus filhos. Mas confesso que deixar alguma coisa para ser lembrado na posteridade me agrada, só não sei se é justo.
Só espero que está conversa fúnebre não seja uma realidade para nenhum de nós tão cedo... Hahaha...

ejr888

Citação de: Jefferson online 03 Outubro 2020 às 06:46:46
Hahaha... E ainda tem isso, que os bens pessoais carregam a energia do dono, então, vai que acontece...

Cara... eu herdei um cordão de ouro pesadíssimo.
Deu briga tive que vender por kilo.

Mas sobrou um de prata que nunca foi usado. A diferença na energia é um absurdo.  Tanto que o único relógio que sobrou é o começo de uma história de sucesso e foi aposentado quando veio os Rolex. Mas uma puta vibe boa. Mantive. Longe de todo o olho gordo e está comigo até hoje.

40 anos de muito sucesso comercial

cass

#18
Bom dia a todos. Interessante os pontos de vista de todos que comentaram, mostrando a diversidade de pensamentos que temos a respeito do assunto. É possível salientar que esses comentários sirvam para posterior consulta..rsrsrs...Alias, no meu ponto de vista, esse tipo de reflexão é necessário nesse momento da história que estamos vivenciando, em que tudo é muito dinâmico e rápido, mudanças de paradigmas que levaram décadas para serem implementadas, hoje, acontecem em meses....E também tem aquela questão do TABU no assunto. Procuro encarar os fatos de maneira leve, pois o contrário, não irá alterar nada mesmo...É isso ai Senhores...vamos aproveitar....Bom FDS a todos....
QUANTO MAIS AUMENTA-SE  NOSSO CONHECIMENTO, MAIS EVIDENTE FICA NOSSA IGNORÂNCIA.

BrunoFoca

Meus relógios assim como todos meus pertences devem ser colocados junto ao meu corpo que vai estar vestido com o melhor traje de batalha que disponho e a minha melhor espada, junto com os sacrifícios (humanos e animais que irão me servir no além vida), depois tudo deve ser colocado em um barco, lançado ao mar e queimado, como manda a tradição Viking que eu escolhi acreditar.

Ou minha família pode brigar para ver quem fica com o que.


Falando sério, meu avô quando faleceu ele sempre soube que eu gostava do relógio dele, um Orient 3 estrelas comprado antes de eu nascer, ele sempre disse que ia ficar para mim, como sou o único que se importa com relógio a família inteira não se importou, porem ele teve um infarto e na ambulância tiraram o relógio para fazer a ressuscitação com o desfibrilador e nunca mais encontramos ele.

Acho que tirando meu Technos Skydiver que foi meu primeiro relógio de verdade o resto a família pode fazer o que quiser, esse eu falei que fazia questão de usar no meu velório.