A Patek acabou de lançar uma atualização do seu modelo com calendário perpétuo e repetição de minutos. Eu sequer irei discutir o relógio, uma vez que o mecanismo vem sendo usado desde os anos 90/2000 pela marca, mas o uso indiscriminado de anabolizantes na indústria.
Este relógio tinha, nos anos 90/2000, caixa com diminutos 36 mm de largura. Eu achava e acho lindo, mas os tempos mudaram, 36 mm se tornaram pequenos. Porém... Se você se dispõe a ter a cara de pau de cobrar quase um milhão de dólares num relógio, espera-se que tudo seja perfeito.
E a Patek, na atualização, me joga o diminuto movimento de antes numa caixa com 42 mm? Pô gente! Podem chamar-me de cri cri, mas olhem como esse movimento ficou sobrando na caixa? Mas não só... Como os contadores acabaram sendo jogados para o centro numa caixa tão grande, a Patek acabou tendo que fazer um malabarismo com os números Breguet para tentar esconder o fato. Mal escondido...
Aí você vê uma relés Frederique Constant fazer um calendário perpétuo totalmente proporcional e a Patek me vem com essa? Quer fazer? Faça direito! Usassem uma caixa de no máximo 40 mm ou projetassem um novo mecanismo maior para a caixa. Gambiarra em relógio de milhão de dólares não!
Mas com certeza haverá lista de espera de colecionadores babacões para comprar... Eu não entendo, juro que não entendo.
A título de comparação, o novo vs antigo. Prestem atenção no que eu disse.
