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Da gênese do meu interesse pela relojoaria até o ano de 2010, confesso que não prestava muita atenção na história, produtos e lançamentos da marca Rolex, que me pareciam pouco inovadores e afastados daquilo que eu considerava "alta relojoaria". Naquele ano, parado na frente da Manufatura Rolex de Biel, um moderno prédio todo envidraçado, tive uma epifania: "uma empresa que produz centenas de milhares de produtos ano após ano, com baixíssimas taxas de defeitos, e que resistem às alterações da moda, não são apenas alta relojoaria, mas o modelo a ser seguido na alta relojoaria".
A qualidade dos produtos da marca é um dos fatores do seu sucesso, mas não o principal...
Até o início dos anos de 1950, as propagandas das empresas suíças de relógio limitavam se a enaltecer as qualidades técnicas dos seus produtos.
A Rolex, porém, iniciou uma prática inovadora: presentear famosos e líderes mundiais com seus produtos. Pouco a pouco, os famosos acabavam gratuitamente fazendo propaganda para a empresa. A Rolex, aliás, tornou se conhecida como a marca dos presidentes.
Além disso, investiu em inovadoras campanhas publicitárias que vinculavam a imagem da marca ao sucesso individual. Nas décadas de 1970 e 1980, enquanto a maioria das fábricas hesitava entre produzir relógios eletrônicos baratos ou mecânicos de luxo, a Rolex manteve se firme na sua estratégia de marketing de oferecer à classe média alta produtos que representassem seu sucesso.
Produtos de boa qualidade e um marketing poderoso constituem a fórmula do sucesso da marca mais valiosa de relógios do mundo.