Vou me meter nessa resposta, muito embora eu não esteja na prática e só tenha "brincado" de desmontar relógios e remontá-los há muito, muitos anos. Mas como costumo acompanhar o assunto... Evidentemente, aqui vai algumas informações de um teórico, somente deve ser levado em consideração de forma definitiva aquilo que quem está na prática disser, por isso também estou curioso com a resposta do Adriano ou outros da bancada.
A primeira coisa a se tentar é uma limpeza mais profunda, ao invés da máquina, com pincel de cerdas mais duras e benzina. Eu mesmo já peguei relógios no passado nos quais um esfregar mais vigoroso com pincel comum duro tirou o superficial da oxidação.
Não funcionou? Algo que já vi muitos relojoeiros da prática usando são os pincéis de fibra de vidro. É claro que tais pincéis irão "arranhar" a superfície a ser limpa, pois ocasionam um leve polimento, mas tendo ferrugem no local, whatever, tudo já estará detonado mesmo... É isso aqui:
https://www.cooltools.us/Scratch-Brush-Pen-Style-Fiberglass-p/brn-207.htmJá vi relojoeiros em vídeos usando bicarbonato de sódio, seja com pincel comum ou de fibra de vidro.
Há um método "perigoso" das antigas, citado no livro do De Carle (é a referência em relojoaria até hoje, apesar de atualizado somente até o final dos anos 60), que é o de escolha do cara: ácido sulfúrico. Como fazer? Mergulhe a peça num recipiente com água, de forma a cobri-la. Então, com um conta gotas (de vidro, óbvio), pingue uma gota de ácido sulfúrico e veja o resultando. Vá adicionando uma gota por vez até perceber se a oxidação se soltou. A coisa mais importante no processo é O ELE NELA, NÃO O ELA NELE! A reação ácido com água é exotérmica, então, se o incauto fazer ELA NELE ao invés DELE NELA, o troço irá explodir. Ácido sempre vai para a água, nunca a água para o ácido. Eu tenho minhas dúvidas se isso é usado atualmente por relojoeiros, mas fica o registro histórico. Aguardemos a resposta dos práticos....
Flávio