Vocês já sabem minha opinião a respeito do relançamento de marcas (na verdade nomes), quando os novos donos não possuem qualquer relação com os anteriores: cautela. Muitas vezes a marca "honra" sua história, mesmo não tendo NADA a ver com os antigos donos. Exemplo? A Lange. A original foi extinta logo após a 2a Guerra Mundial e a nova nada mais é do que o "nome" comprado, e a presença do Walter Lange, contratado para dar legitimidade à nova empresa. Mas o que fizeram foi impressionante, os relógios e a tradição mantida falam por si.
Por outro lado... George Graham deve se revirar no túmulo todos os dias ao ver o que estão produzindo hoje e dizendo que possui alguma relação com ele.
E chegamos à nova Excelsior Park. A marca se tornou conhecida no passado pelos cronógrafos, seja feitos em casa ou usando mecanismos da Valjoux, belíssimos. Aliás, o cronógrafo de bolso Technos que minha mãe me deixou usa movimento Excelsior Park.
O cabra que comprou os direitos do nome da nova Excelsior Park é o mesmo da Nivada, e não fez feio: os cronógrafos são belíssimos. O movimento escolhido é carne de vaca, um Sellita "clone" dos Valjoux 776X, que serve ao seu propósito. E manteve o preço justo, 2 mil euros.
No fundo, no fundo, a marca não tem nada a ver com o passado, mas os relógios sim, o visual é bem legal. Eu gostei. Vejam:
https://monochrome-watches.com/2021-excelsior-park-hand-wound-chronograph-collection-ep95003-ep95004-review-price/