A bolha relojoeira

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A bolha relojoeira
« Online: 19 Fevereiro 2023 às 10:05:20 »
Interessante artigo do Nuno Margalha no IPR avaliando a situação atual do mercado relojoeiro. Tenho uma impressão, mas não sei se real, que aqui no Brasil houve uma leve queda nos preços dos relógios de segunda mão. Já os novos, pelo menos para mim, nunca estiveram tão caros.

https://www.institutoportuguesderelojoaria.pt/post/a-bolha-relojoeira

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Offline flávio

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Re:A bolha relojoeira
« Resposta #1 Online: 21 Fevereiro 2023 às 10:10:29 »
Eu li o estudo citado no texto de capa a capa e, inclusive, utilizei muitas informações numa live com o GMT Menos 3 há uns dois meses. Como já disse há algum tempo, eu sinceramente não acredito sequer na existência de uma tal bolha, quanto mais no chamado "investimento" em relógios. E por quê? Porque 99.99999999 por cento das fábricas tiveram aumentos de preços de tabela EM DÓLAR risíveis. Para nós, brasileiros, o problema não é a valorização em dólar dos preços, mas a DESVALORIZAÇÃO ABSURDA de nossa moeda, além da perda real de poder de compra por conta do achatamento de salários. Gente, sejamos honestos: a tal bolha e os preços altíssimos no mercado secundário existem apenas para uma marca, a Rolex (todos os modelos). Para 2 outras marcas, existe, mas mesmo assim para ALGUNS modelos. No caso da Patek, para os Nautilus e Aquanaut (aff... Acho o Aquanaut um relógio HORRÍVEL para ter todo esse hype). Se você entrar num revendedor Patek agora e quiser um Calatrava, certamente conseguirá na hora... E no Caso da Audemars Piguet, os Royal Oak. Se você quiser um AP clássico na revenda, conseguirá comprar. Para os demais fabricantes, nada mudou, você entra na Omega, Breitling, JLC, etc, e compra qualquer relógio e a preços muito bons, mesmo no Brasil (os Omega aqui custam o mesmo ou até menos que no exterior). Ou seja, não há um crescimento de preços generalizado como, por exemplo, aconteceu com os carros no Brasil (usados). Na maioria absoluta das marcas, é comprar e ver seu relógio despencar de preço logo após a compra. Quer boas opções hoje? Fuja do hype de alguns modelos que, afinal, sequer estão disponíveis para o BOLSO de 99.99 por cento da população.

Flávio

Re:A bolha relojoeira
« Resposta #2 Online: 23 Fevereiro 2023 às 10:47:16 »
Comprar relógio novo como investimento compensa para aqueles personalizados, de milhares de dólares. Neste caso é para uma pequeníssima camada da sociedade. Acredito que haja algum investimento quando se compra um usado abaixo do preço de mercado. Exemplo: um Speed que valha 10 mil, caso seja comprado por 7 ou menos. Desde que seja de fácil  colocação no mercado.

Re:A bolha relojoeira
« Resposta #3 Online: 23 Fevereiro 2023 às 10:53:23 »
Eu li o estudo citado no texto de capa a capa e, inclusive, utilizei muitas informações numa live com o GMT Menos 3 há uns dois meses. Como já disse há algum tempo, eu sinceramente não acredito sequer na existência de uma tal bolha, quanto mais no chamado "investimento" em relógios. E por quê? Porque 99.99999999 por cento das fábricas tiveram aumentos de preços de tabela EM DÓLAR risíveis. Para nós, brasileiros, o problema não é a valorização em dólar dos preços, mas a DESVALORIZAÇÃO ABSURDA de nossa moeda, além da perda real de poder de compra por conta do achatamento de salários. Gente, sejamos honestos: a tal bolha e os preços altíssimos no mercado secundário existem apenas para uma marca, a Rolex (todos os modelos). Para 2 outras marcas, existe, mas mesmo assim para ALGUNS modelos. No caso da Patek, para os Nautilus e Aquanaut (aff... Acho o Aquanaut um relógio HORRÍVEL para ter todo esse hype). Se você entrar num revendedor Patek agora e quiser um Calatrava, certamente conseguirá na hora... E no Caso da Audemars Piguet, os Royal Oak. Se você quiser um AP clássico na revenda, conseguirá comprar. Para os demais fabricantes, nada mudou, você entra na Omega, Breitling, JLC, etc, e compra qualquer relógio e a preços muito bons, mesmo no Brasil (os Omega aqui custam o mesmo ou até menos que no exterior). Ou seja, não há um crescimento de preços generalizado como, por exemplo, aconteceu com os carros no Brasil (usados). Na maioria absoluta das marcas, é comprar e ver seu relógio despencar de preço logo após a compra. Quer boas opções hoje? Fuja do hype de alguns modelos que, afinal, sequer estão disponíveis para o BOLSO de 99.99 por cento da população.

Flávio

Flávio,

Concordo totalmente com sua análise do mercado brasileiro, que inclusive já foi comentado por você em outros tópicos, mas o que me motivou a trazer este artigo para o FRM foi a análise feita do ponto de vista de alguém de Portugal e com uma visão do mercado internacional.

Acredito que sua percepção também se aplicaria ao mercado internacional e, pelo que entendi, o Nuno Margalha também vai um pouco na sua linha de raciocionio para o mercado internacional.

Então, tudo não passaria da tal mão invisivel do mercado, movimentando as peças do tabuleiro. Que falem os números atuais da industria relojoeira.

Saudações,

Jefferson.