Algumas considerações. O GS médio de uns 10 anos atrás no máximo custava a metade do preço de um Rolex de entrada. Estamos falando de 2500 dólares para os GS de corda manual e 3500 para os top de linha... Hoje o top de linha comum custa 10500 dólares, mais caro que um Sub (ligeiramente mais caro). Ou seja... Não é a qualidade técnica ou custo de produção de um produto o que define seu preço no mercado de luxo, mas posicionamento de marca. Sim, o custo de produção no Japão é alto, ainda mais da GS, que tem uma produção muito menos "eficaz" do que, por exemplo, uma Rolex. Entenda-se: o número de horas de trabalho por trabalhador para cada relógio é MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO menor na Rolex. Estima-se que a GS produza hoje uns 20 mil relógios, inclusive quartzo, enquanto uma Rolex faz 1.2 milhão!
O custo de produção de um GS é maior do que um Rolex? Eu estimo que sim.... Mas é isso que justifica o preço? Não, mas posicionamento de mercado.
Vou só lhes deixar um dado para se lembrarem: hoje a GS tem boutique na Place Vendôme, ao lado da Breguet!
Concordo com o Hélio sobre a estratégia de venda deles, que acaba pulverizando a imagem da marca. Tanto é que a GS só era vendida no Japão há pouco tempo... Porém, o incremento de preços da Seiko foi global e já indicado na biografia autorizada da empresa, que li, escrita há 20 anos!
Ou seja, todo Seiko subiu de preço e, para dizer a verdade, os maiores incrementos relativos foram na baixa gama. Uma bosta de Seiko 5 há 10 anos custava 100 dólares, hoje custa 300...
Flávio