Sobre o
nibmeister, que defendo e respeito - e este do filme, o Mottishaw, é considerado dos melhores, apenas por seus ajustes nunca paguei menos que us$ 130
- cabem algumas considerações.
1º particularmente nunca coloco tinta em uma caneta saída da caixa, sempre carrego-a primeiramente algumas (5~10) vezes com água. Sei que em todo processo que envolve metais existe óleo e acho bom sempre dar esta limpeza inicial. Considerando que parte do polimento que ele faz é feito com água nos discos, a diferença na escrita pode ser mais (e, acredito realmente que seja) pela limpeza e novo carregamento de tinta que pelo "ajuste".
À partir de agora sendo mais "crítico".
2º Mais da metade do trabalho de um
nibmeister é transformar penas normais em itálicas. As ideais para este serviço? As Pelikan. Quando a fábrica começa a fazer ela mesmo este serviço, bandeiras se levantam, e as críticas podem parecer suspeitas quando feitas pelos interessados.
3º É sabido que a Pelikan terceiriza este serviço para um famoso
nibmeister japonês, considerado por muitos melhor ainda que o Mottishaw, logo, nem acredito que este entregue uma caneta ruim e nem acho ético esta critica através de um vídeo assim.
Finalmente, podemos perceber que, quando ele faz aqueles riscos, com as bolinhas nas falhas, antes de "ajustar" a pena, logo na segunda linha ela para de falhar, o que me parece dizer que a pena, por mais que se beneficie de algum "amaciamento", não precisava de nenhum trabalho.
Escrevi isto apenas para dizer que o trabalho deste (o qual sou cliente satisfeito) ou qualquer outro
nibmeister tem muito valor, mas não deve ser supervalorizado, pessoalmente tenho mais de 5 Pelikan e nenhuma precisou de nenhum trabalho. Duvido muito que isto ocorra nesta caneta que, recém lançada, está comentada em todo lado.