O atual estado de coisas no comércio de relógios ameaçado, como o conhecemos?

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Offline Chris Galbraith

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Boa noite, amigos!

Mais uma vez, deparei-me com uma leitura fantástica sobre o universo horológico, e terei prazer em dividir com os colegas aqui:

http://ablogtoread.com/watch-industry-news/doomsday-coming-for-wrist-watch-retailers/

http://ablogtoread.com/watch-experiences/shared-sentiment-on-online-watch-sales-and-manufacturer-internet-presence/

Por favor, teçam os vossos comentários qdo oportuno.

Abração,
CHRIS
No need of swiss 2 B a WIS!

Inegável que a internet revolucionou nossas vidas, e não seria diferente na esfera do comércio dos relógios.

Nosso fórum é parte dessa revolução.

Quanto ao dilema das manufaturas e suas revendas autorizadas, minha opinião é de que, em gestão, avança com mais rapidez quem rompe primeiro o paradigma corrente.

Chris,

Ótimos artigos! Acho que atualmente aqui no Brasil há algum tempo já ocorre esse uso de internet muito mais do que comprar em loja autorizada devido a preços. Acho que o caminho citado pelo primeiro artigo é por aí mesmo. Estou fazendo um trabalho na faculdade sobre planejamento estratégico e escolhi a rolex como tema. Vou abordar essa questão.

Gostaria muito que as grandes marcas trouxessem butiques próprias para o Brasil... A preços competitivos então... ::)
As vezes eu acho que é mais fácil eu ganhar na loteria do que isso acontecer...  ;D

Abs

Daniel
Membro do RedBarBrazil
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Offline Mario

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Meu trabalho exige que eu passe conectado 16 horas por dia.

As vezes eu acho que a internet simplifica demais certas coisas; ela elimina a complexidade que dá alma a agradáveis momentos.

Para mim, escolher um relógio é um ritual semelhante a degustar um bom vinho; não é um mero ato de consumo.

Quando vou comprar um relógio gosto de vê-lo ao vivo, conhecer seu peso, observar o efeito da luz sobre o mostrador, senti-lo no pulso, ouvir o vendedor contar detalhes sobre a peça.

Ao encurtar o processo de compra, a internet elimina essa etapa, esse prazer; resume tudo a um clique.

Gostei, cliquei, comprei.

Pronto, uma hora muito prazerosa virou um segundo de puro capitalismo (nada contra o capitalismo!).

Claro que aquela peça única, aquele verdadeiro achado, encontrado num site, ofertado por um vendedor que mora numa cidadezinha minúscula do Urziquistão, torna a internet fundamental.

Acredito que a internet é superestimada, e que em breve as relações tete-a-tete voltaram a ganhar status no comércio.

Repararam nos bancos prime, que valorizam o atendimento personalizado em suas campanhas?

Abs
Mário

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Offline Chris Galbraith

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Para mim, escolher um relógio é um ritual semelhante a degustar um bom vinho; não é um mero ato de consumo.

Quando vou comprar um relógio gosto de vê-lo ao vivo, conhecer seu peso, observar o efeito da luz sobre o mostrador, senti-lo no pulso, ouvir o vendedor contar detalhes sobre a peça.

Ao encurtar o processo de compra, a internet elimina essa etapa, esse prazer; resume tudo a um clique.



Mario, entendo perfeitamente o que vc diz. E qto a isso, ofereço 2 pontos para reflexão:

1) Felizmente, a internet veio a ser uma benção sob disfarce para nós, que moramos no Brasil varonil. Sim porque, enquanto o Governo Federal achar que tem que fazer justiça social e seu custeio a partir do esfolamento dos 'abastados' que 'podem se dar ao luxo de comprar artigos supérfluos como relógios' (ouvi isso de um auditor da RF, tentando justificar a teoria que embasa as percentagens aplicadas nas alíquotas de produtos importados), o preço insustentável ao qual somos submetidos aqui continuará a impossibilitar a aquisição de relógios em território nacional. Pelo menos não em lojas físicas. Portanto, eis a santa internet para nos salvar deste verdadeiro açoite aos nossos bolsos, caso optássemos pelo mercado nacional;

2) Qto à frieza imposta pelo computador no ato de compra, ao menos no que tange aos relógios, os fóruns de discussão especializados (como este aqui) tem um papel importantíssimo, pois ajudam a nortear escolhas a respeito de modelos difíceis de serem encontrados, além da possibilidade de troca de informações com os donos dos modelos que temos a  pretensão em adqurir. A postagem de fotos (cada vez mais belas e bem trabalhadas, diga-se), a ficha técnica do relógio descrita pelo seu dono (entusiasta), a sensação descrita da peça no pulso, enfim, tudo isto nos passa a impressão de já termos provado o relógio. Pelo menos é assim que eu sinto. Além do que, o detalhamento e ensaios que vejo aqui e em fóruns gringos são insuperáveis, simplesmente impossíveis de serem igualados por qualquer vendedorzinho mal-humorado e mal-remunerado de balcão de loja, que ainda tem a pachorra de falar "olha, a vantagem desses ECODRIVE é que são automáticos, não precisam trocar a bateria nunca." (!!!!!)

Então, confesso que experimentar ao vivo um relógio numa loja, ao darmos um passeio inocente num shopping, no fds, é uma experiência saborosíssima para os aficcionados.....mas a internet oferece hj em dia mecanismos de tornar a sua versão desta experiência um pouco menos insípida, ainda que nunca seja capaz de igualar-se ao patamar da versão ao vivo. Mas no que me diz respeito ao menos, isso é compensado pelo preço mais em conta que somente o universo virtual pode oferecer, por sua própria característica e concepção.

Abração,
CHRIS
« Última modificação: 28 Abril 2010 às 00:11:12 por Chris Galbraith »
No need of swiss 2 B a WIS!

Eu não suporto comprar em lojas que são revendedoras.

Além de não terem a mínima idéia do que vendem, colocam propositalmente relógios com defeito no meio dos outros... Pelo menos tive várias experiências deste tipo com lojas revendedoras...

O vendedor é o que atrapalha minha compra... sempre!!!!

Eu paguei em um G-shock riseman, 135 dólares... O mesmo relógio estava sendo vendido na loja por R$ 1.200,00 e neste mesmo local, a vendedora uma vez perguntou para a gerente onde estavam os relógios "eco-drives automáticos" uaauahuahauhauahuah... Eu não aguentei e ri na hora, e expliquei que o relógio é ou eco-drive ou automático...Nós chegamos a pagar cerca de 300% mais caro, para lojas que não tem a mínima idéia do que estão vendendo... É ridículo!!!!

Existem boas experiências também, como a G5 pois são autorizados (e não revendedores) que tem um atendimento bem superior
Mesmo em algumas autorizadas encontramos dificuldade para solicitar um simples teste de vedação... Leiam os tópicos e veja com é difícil certas autorizadas entenderem a necessidade do cliente mais exigente.

Outra experiência foi a discussão que tive com um vendedor que insistia sistematicamente em afirmar que nunca um relógio automático foi produzido com rubis (jewels), e argumentava dizendo que tinha mais de 20 anos na área... Em outra loja, a gerente simplesmente me fala que em toda a história da Technos, nunca foi produzido um único relógio automático (isto que na loja em frente tinham vários)....
As vezes eu fico na vitrine, e já vem um vendedor me encher o saco (diminuindo a probabilidade de eu entrar na loja), daí eu peço para ver um modelo qualquer, pergunto o preço e digo se eles cobrem o preço que eu consigo, por exemplo, o Riseman estava sendo vendido por R$ 1.200,00... perguntei se caso eles vendessem mais barato , cerca de 250,00 reais, eu comprava... O vendedor afirmava que com toda certeza o Riseman por este preço era falso... Falso é ele e a loja que não sabem o que vendem, cobram quase 500% mais caro e ainda acusava sem provas outro vendedor de falsificador...

Em outra loja, a vendedora simplesmente estava tentando me vender um Citizen Wingman, jurando de pé juntos que era um Aqualand... Fui até o fim com a palhaçada.. pedi para chamar o técnico e este afirmou que era de fato um Aqualand... Daí, pedi para ver a caixa (aquele escafandro) e a moça disse que este "aqualand" não acompanhava a caixa que estava na vitrine (ao lado do Aqualand mesmo).. Solicitei o manual, e pedi para o técnico e a vendedora me mostrarem a palavra "aqualand" escrito, daí disseram que levaria muito tempo para lê-lo e era inviável... Agradeci a paciência e elogiei o profundo conhecimento de todos ali em relação a relógios e que voltaria depois....No caso, claramente estavam tentando me fazer de idiota e vender a todo custo...

Minha opinião continua firme.

O que atrapalha a compra dos relógios são os vendedores mal treinados, sem educação, trogloditas e ignorantes.. Não estou generalizando, mas nunca tive sequer uma única experiência razoável em lojas... Portanto, apoio fortemente ninguém mais comprar em lojas...E tem alguns que dizem que os "técnicos" são treinados na Suiça (mesmo não sabendo diferenciar um relogio automático de um eco-drive).. PROPAGANDA ENGANOSA....

A questão está no fato das marcas selecionarem melhor quem vai distribuir os relógios, e as lojas deveriam investir em um curso de horologia voltado para os modelos vendidos.

Esta é minha experiência de mais de 10 anos como "ajuntador" e sei que isto não é geral.

Este problema que está ocorrendo tem muito mais relação com qualidade de atendimento que influencia diretamente na experiência da compra... No meu caso, como tive experiências ruins, sou mais um que está preferindo comprar pela net.






Bom dia a todos.

Concordo plenamente como nosso amigo Mario, nada substitui o prazer de ir ate a loja, comprar um relógio é como comprar um carro, você tem que sentir, provar, fazer o "teste drive", antes de comprar. (isso na minha opinião  ;D)

Claro que já comprei pela internet e vou continuar comprando, mais que na loja é muito mais prazeroso isso é, sem dúvida.

Vendedor mau intencionado tem em todos os lugares, (querem pior do que os de carro, que juram que o carro tem certa quilometragem, mais você sabe que o mesmo teve o hodômetro alterado, entre outras coisas).

Abraço a todos

Julio Celes

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Offline Mario

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Chris, Bfskinner e Júlio,

Concordo que muitos vendedores não conhecem o que vendem, que enrolam e dizem bobagem... mas também existe os que possuem informações interessantes a transmitir.

Se pensarmos friamente, a internet também pode ser uma péssima "vendedora": é fácil para um site picareta mostrar fotos fantásticas, tabelas com informações detalhadas e... entregar outra coisa.

Basta comparar as fotos mostradas das réplicas com as réplicas ao vivo...

Imagino que muitos dos participantes aqui do fórum trabalhem com venda de relógios, e eu compraria um relógio deles tranquilamente, tanto ao vivo quanto pela internet.

Ou seja, a grande questão é a credibilidade. E enganar online é bem mais simples do que cara-a-cara...

Outra questão é que as revendedoras aqui no Brasil são escolhidas sem cuidado pelos fabricantes... parece que as marcas priorizam o "ponto" comercial, a grife da loja, e não a qualificação técnica... Os fabricantes não perceberam que o atendimento é um elemento fundamental no marketing branding, na construção da imagem da marca.

Em uma viagem recente a Buenos Aires fui muito atendido numa loja Hamilton, o vendedor deu um show de qualidade, e isso valorizou a marca para mim.

Quanto a questão do preço, não sei se existe abuso na margem de lucro ou na voracidade do leão - ou em ambos.

Um de meus sonhos é visitar uma Boutique Omega, onde imagino que o atendimento seja perfeito.

Alguém já foi?

Abs
Mário

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Offline Chris Galbraith

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Mario,

2 palavras acerca do receio qto à internet, manifestado pelo amigo:

CAVEAT EMPTOR

Parece que este ditado foi criado com o e-commerce em mente.

Compre o vendedor, primeiro. Depois, o produto.  ;)

Abração,
CHRIS
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Offline Mario

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Mario,

2 palavras acerca do receio qto à internet, manifestado pelo amigo:

CAVEAT EMPTOR

Parece que este ditado foi criado com o e-commerce em mente.

Compre o vendedor, primeiro. Depois, o produto.  ;)

Abração,
CHRIS

Olá Chris,

É verdade, a internet aumentou bastante o risco do comprador.

Ainda mais no Brasil, que ganha milhares de internautas ingênuos a cada dia, ávidos por clicarem no primeiro banner que pisca na tela.

Mas acredito que a rede saberá criar mecanismos que tornem a navegação mais segura!

Abs
Mário

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Alberto Ferreira

Salve, amigos!

Eu penso que o fato de ser a NET um pretenso "território livre" foi uma utopia, que já passou... E faz tempo.

Hoje, ela é usada de milhares de formas.
Muitas delas simplesmente para (no mínimo) nos "expor" a situações e ações mal-intencionadas, e que até podemos ainda "sonhar" ser seguras, ou quase...

- Por exemplo, as coisas e informações, lá escritas, que nada têm a ver com a realidade.
Como por exemplo, acreditarmos que o que a Wikipedia ou o Google nos dizem é (sempre) "lei". Conhecimento insofismável e maior que o dos livros e mestres, etc...

- Que nós não estamos, de certa forma, sendo "controlados" por ela, a "rede" ou a "teia"... Como prefiram. ::)
Essa (talvez) a mais grave.

Como evoluirá esta questão?
Eu creio que nós teremos que "cair na real" e que aceitaremos que os controles (além dos nossos próprios e dos já existentes e usados por diversas "entidades") terão mesmo que ser aplicados de forma efetiva.

A pedofilia, o estelionato, a malversação de identidades ideológicas e outros crimes são meros exemplos...
A "bisbilhotice" oficial (feita por governos, etc) é um outro...

A tecnologia e a "vontade política" nos dirão...

Abraços a todos!
Alberto