Tem sim. O Brasil foi conhecido pela beleza de seu futebol. Mas, isso é passado! Futebol bonito e sem compromisso, hoje em dia dá em... Nada! Derrota, sempre! Isso, porque futebol não é arte, mas competição! E não estou dizendo que, para ganhar, é preciso empilhar 50 volantes e jogar trancado atrás, para sair nos contra-ataques. Está aí o Santos, campeão paulista, que não me deixa mentir (independente do resultado do jogo de ontem). Mas, no próprio Santos, embora jogue ofensivamente, existe equilíbrio. Junto com Neymar e Ganso (nem falo do Robinho, pois este já é veterano), existem os jogadores que "carregam o piano", para que estes possam brilhar. No caso do Santos, são o zagueiro Durval e o volante Arouca, entre outros. No próprio Brasil, na Copa de 70, havia Pelé e Gérson, mas, também, havia Brito e Everaldo, jogadores não brilhantes, mas, que cumpriam uma função discreta e importante: marcar. Futebol não precisa ser retrancado, mas, precisa ser equilibrado. Na atual seleção, acho que Dunga está certo e não vejo o Brasil campeão. Não vejo jogadores com poder de criação e definição, do meio para a frente. Mas, porque não há mais um Ronaldo, um Rivaldo e não porque o Dunga deixou de convocar. Eu chamaria o Ganso, mas, não posso recriminar o Dunga por não chamá-lo, pois esse jogador é jovem e apareceu há muito pouco tempo. Será que vai manter o nível? Não sei. E retiro o que falei sobre o goleiro Victor. Quem leva um frango como ele levou ontem, não pode mesmo ser convocado. A única diferença entre mim e outros brasileiros é que admiro a técnica, mas, a técnica com objetividade. E a força e a seriedade também devem estar presentes. Não sou admirador do time de 82, que jogava um futebol bonito, mas, irresponsável, com uma defesa frágil e que acabou derrotado. Mas, também não sou admirador da Seleção de 94, que tinha jogadores brilhantes, poderia jogar mais ofensivamente, jogou um futebol ridículo e acabou ganhando na sorte (erro do juiz, no jogo contra a Holanda, no lance que originou a falta cobrada pelo Branco e nos pênaltis, contra a Itália, que estava com metade do time machucado).
Não sou retranqueiro, mas, essa seleção, pela carência de jogadores fora de série, só conseguirá alguma coisa se jogar com humildade e mais retrancada mesmo.
Abraços,
SANDRO