Esse cara em particular tem uma diferença de idade comigo de uns três anos. Este foi o primeiro relógio de marca boa que ele comprou, tinha seus 20 anos mas, depois, seu gosto acabou mudando (usa relógios um pouco maiores ultimamente) e, subiu o nível de preço (tem Daytona em ouro, Audemars Piguet, etc). Este relógio, pois, ainda que tenha sido seu primeiro, não tinha tinha lá muito significado para ele e foi parar numa gaveta, após ser bem usado (notem a cor que o bracelete em couro de búfalo ficou, era clarinho. Mas ficou muito legal, tem a cor daqueles casacos de piloto da 2 guerra!). Acho que estava em uma gaveta desde o ano 2002, quando nunca mais o vi usando o tal relógio. E então, há uns dois anos estávamos em um bar, a história de relógios surgiu e ele disse. Pera aí... Morando perto, foi em casa e voltou em poucos minutos e me deu o relógio, com caixa, certificado e tudo. Ele não só sabia que eu cuidaria dele como essa história ficaria para sempre. O usei eventualmente nesses dois anos, porque a reserva de marcha estava um lixo, não durava mais do que umas 10 horas, partindo o carregamento do zero no pulso. E então, há uns dois meses tomei vergonha na cara e o mandei para revisão, chegou semana passada, está muito zero. Ganhou, como podem ver, uma pátina nos numerais do mostrador e ponteiros que, por mais bizarro que possa parecer, pois não gosto de pátina, ficou, na minha opinião, melhor do que o original (no original, os numerais eram branquinhos e a pulseira caramelo. A pulseira está marrom muito escuro mas, por incrível que pareça, em bom estado no acabamento). Esse é daqueles relógios que se tornaram especiais para mim. E, para dizer a verdade, eu sempre achei os Dynamic dos anos 90 - e eram o modelo de entrada da Omega, custavam, na época, certa de 850 dólares - muito legais, são os relógio mais próximos que a marca já fez dos seus efetivamente militares, inclusive no tamanho, que ainda julgo bem legal para meu pulso (38 mm).
Flávio