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Breitling: Skyracer Raven e Galactic 41

Iniciado por João de Deus, 23 Maio 2011 às 08:20:01

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João de Deus

Gostaria da ajuda dos colegas sobre estes modelos com relação ao movimento que utilizam e opiniões sobre a estética dos mesmos.
O site da Breitling informa que o crono Skyracer Raven (Linha Profissional) usa movimento Breitling 27 e o Galactic 41 (linha Windraider) Breitling 49.
Abs
João

automatic for the people


Enéias

Pelo que notei são ETA 2892 bem acabado...

Particularmente gosto muito deste movimento.

João de Deus

João

João de Deus

Estou negociando o Breitling Skyracer Raven que utiliza o calibre B27, ou seja, tem como movimento base uma ETA 2892 com um módulo de crono acoplado (não sei se Kelec ou Dubóis Depraz).
Pergunto aos colegas:

- É confiável no sentido da durabilidade do movimento e também a possibilidade de manutenção futura sem a necessidade da troca do módulo.
- E o acabamento e modificações realizadas no movimento base: estariam no mesmo da Omega por exemplo? e o módulo?

Grato

Joaõ
João

flávio

Os módulos da Breitling são Kelek, já que eles compraram a fábrica no ano 2000, se não me falha a memória. Na verdade, a Kelek foi completamente integrada à Breitling e não existe mais.

Bem, vou partir do pressuposto que está comparando ETAs 2892 semelhantes da Omega. Peguemos, por exemplo, o 1143 que equipa meu "velhinho" speedmaster auto (módulo Depraz). Ambos possuem o mesmo acabamento estético, já disponibilizado pela ETA no padrão cronômetro: perolizado na platina, barras de genebra no rotor, escrito Omega (ou Breitling) não por tinta, mas estampado. O ajuste da Breitling, porém, é melhor - neste padrão - já que todos os seus movimentos são certificados como cronômetro. Mas visualmente não verá grandes diferenças.

Se comparar com um Omega 1120, aí já muda de figura, pois há modificações não apenas estéticas, mas técnicas, como outro sistema de rolamento, nova mola principal, há rubis a mais no tambor e, certificado como cronômetro. Tecnicamente, olhando de forma fria, ponto para a Omega.

Se pular para o 2500, aí a coisa já muda completamente de figura, pois além de tudo do 1120, o escapamento foi compeletamente alterado para o coaxial. Sim, há discussão eterna sobre a efetiva vantagem técnica do escapamento coaxial tal qual montado nos Omegas comparado aos de âncora. Não vou voltar ao tema...Mas isso demonstra savoir faire da marca e, na minha opinião, ponto para a Omega. Uma coisa, porém, é fato: o 2500 é free sprung e aí não há discussão: escapamentos free sprung tendem a ser melhores mesmo.

Ah, esqueci. Sim, esses módulos aceitam revisões, são chatinhas, usam um monte de lubrificantes diferentes, mas nada que um bom relojoeiro não faça.


Flávio

João de Deus

João

FALCO

Citação de: flavio online 01 Junho 2011 às 12:16:26
...Se comparar com um Omega 1120, aí já muda de figura, pois há modificações não apenas estéticas, mas técnicas, como outro sistema de rolamento, nova mola principal, há rubis a mais no tambor e, certificado como cronômetro. Tecnicamente, olhando de forma fria, ponto para a Omega...

Mas flavio, a Breitling, eventualmente, não pode também fazer estas modificações, ou é fato que não faz?
FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

Rodrigo_swiss

Citação de: flavio online 01 Junho 2011 às 12:16:26

(...)
Bem, vou partir do pressuposto que está comparando ETAs 2892 semelhantes da Omega. Peguemos, por exemplo, o 1143 que equipa meu "velhinho" speedmaster auto (módulo Depraz). Ambos possuem o mesmo acabamento estético, já disponibilizado pela ETA no padrão cronômetro: perolizado na platina, barras de genebra no rotor, escrito Omega (ou Breitling) não por tinta, mas estampado. O ajuste da Breitling, porém, é melhor - neste padrão - já que todos os seus movimentos são certificados como cronômetro. Mas visualmente não verá grandes diferenças.
(...)


Fiquei com uma dúvida agora. Se o 1143 utiliza a 2892 no padrão cronômetro ele não deveria ser certificado COSC? Ou a adição do módulo prejudica tanto o desempenho que ele não passa mais pelo COSC?

flávio

Rodrigo, uma coisa é "potência", outra enviar o movimento para testes. Qualquer Patek, por exemplo, teria potência para se tornar um cronômetro, mas eles não estão nem aí com isso e não o enviam para testes.

Outra coisa é o relógio não ter potência. Nos calibres cronômetro da ETA, o balanço é em glucydur e a mola em nivarox. Nos outros não, eles simplesmente seriam reprovados.

Por padrão, esses 1143 eram regulados na Omega em 3 posições, com tolerâncias de até 10 segundos, mas nada impediria que fizessem uma melhor regulagem.

Sim, a Breitling poderia modificar seus movimentos tecnicamente como a Omega, MENOS a adição do escapamento coaxial, por questão de patente.

Flávio

Rodrigo_swiss

Valeu Flávio!
Eu tinha na cabeça que esses calibres ETA com padrão cronômetro já iam com o certificado de cronômetro para as fábricas. Mas lógico, se os caras vão mexer no ébauche não tem como ser certificado antes  :P :P

Abs!

flávio

Não. Quando se compra o movimento completo, ele já vem ajustado de fábrica, nos padrões do COSC, mas sem ter sido certificado por este. Para certificar, tem que enviar. Aliás, curiosidade: passei na frente de um dos COSC na Suíça. Na verdade dois: o de La Chaux de Fonds ficava em um andar inteiro - acredito de um prédio - pois vi a placa, mas também notei que outras coisas rolavam lá. O de Le Locle é só COSC (e, curiosamente, não vi...E olha que a cidade é minúscula, deve ter uns 2000 habitantes! ::)  )


Flávio