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Notícias da Europa (com algumas fotos...)

Iniciado por admin, 17 Junho 2011 às 18:26:57

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flávio

Fiquei fora do ar por uns dias e ainda teclo daqui. Retorno amanhã. Foi uma viagem de vários dias com meu irmão mas, como sabem, passei um dia inteiro em Glashutte. Antes que perguntem: "Flávio, quando sai um texto nos moldes daquele que fez da Suíça?". A resposta é: se para escrever aquele (pesquisa) demorei 15 dias, e já sabia toda a história, imaginem partir do zero? Acho que irei demorar um mês para escrever algo, mas sai, agurdem, vou tentar resumir TODA a indústria em um texto gigante.

No geral, foi muito legal. Glashutte é uma cidadezinha minúscula, lembrou-me muito Le Brassus na Suíça. Os caras da Glashutte foram FODAS, é o mínimo que posso dizer. O René, relações públicas da empresa, natural de Dresden, morador de lá desde os tempos da cortina de ferro (cara novo, deve ter seus 35 anos NO MÁXIMO! Ouve até Death Metal!  ;D ) foi ultra antencioso. Buscou-nos no hotel em Dresden pontualmente às 9 da manhã de sexta feira, e olha que o cara nem mora em Dresden,  mas numa cidadezinha ao lado com poucos habitantes, e havia acabado (na semana) de ser pai!

Depois de uns 40 minutos de carro, chegamos a Glashutte, local curioso: há a fábrica da Glashutte (um prédio até grande, com uns 5 andares), atrás a Union, na frente (e quando digo na frente é na frente mesmo) a Nomos, ao lado a Tutima. Tudo na mesma rua. Aliás, acho que a cidade só tem umas 3 ruas!

Ele e outro relações públicas ficaram conosco até 5 da tarde! Serviram almoço que, inclusive, nem era o normal na fábrica, que não possui cantina. Coisa de "patrão".

De manhã, visitei a fábrica. Coisas que notei: o trabalho de fabricação de platinas, peças em geral, é todo automatizado. O trabalho consiste em preparar as máquinas que, dependendo do trabalho (platinas, por exemplo), chegam a funcionar non stop por 72 horas para fazer um set completo. A preparação dura umas 4 horas, depois ela faz tudo sozinho, não dá para ver muita coisa. O controle de qualidade dos sets (aquele com aumento de imagem) é feito nas quatro laterais do set e na do centro (não em todas). É por amostragem, porque segundo ele me disse, os erros que podem ocorrem dizem respeito a mal alinhamento da tira de metal. Mas se as quatro do canto e do centro estão certas, ele disse que é impossível as outras não estarem, então não conferem. Disse que raramente dá algum problema, quando dá, tem que descartar tudo. O trabalho de 72 horas, então, é perdido. As máquinas foram feitas por encomenda na Suíça para eles.

A parte de polimento, essas coisas, é feita manualmente, em regra por mulheres. Aliás, fiquei feliz de saber que a maioria dos relojoeiros que lá trabalham foi formada na escola deles, que mantém no museu. Galera nova, com piercings no nariz, tatuagens, etc. Não os vi muito preocupados com o "como os caras" trabalham. Havia muitos relojoeiros trabalhando de bermudas, todos tatuados, etc, com exceção dos da área de montagem, que é toda manual, que usam jalecos.

Fatos sobre a Glashutte. Apenas o incabloc, rubis e escapamento (completo, balanço, mola, roda de escape) não é feita lá, mas pela Nivarox. Quando digo lá, digo em Glashutte, pois eles também não fabricam a caixa de seus relógios, quem faz é a SUG, uma fábrica só de caixas que fica...do outro lado da rua deles, mas que não é exclusiva para eles. Também fazem caixas para a Tutima.

O resto eles fazem em casa, inclusive as ferramentas que usam, inclusive grande parte das chaves de fenda (para não danificarem os parafusos).

Depois de visitar a fábrica, almocei por lá mesmo e pude experimentar no pulso toda coleção deles, menos o Julius Assman, que nem eles possuem, acho que tinha uns 100 relógios no mostruário, chutei que o troço todo custasse milhões de euros. Não estavam nem aí! Aliás, dado curioso: os funcionários usam relógios Glashutte, alguns até protótipos, como era o caso do René, que estava com um Senator Chronometer EM AÇO, que não existe na linha. Ele não tinha qualquer inscrição no fundo, diga-se. Mas eles não são donos dos relógios, devem devolvê-lo ao sair da empresa.

Por falar em sair da empresa, aqueles balanços trabalhados com gravação da Glahutte não são mais feitos por eles. Foram muito honestos com todas as perguntas que fiz (inclusive dizendo quais relógios da própria marca que não gostavam, a questão dos ebauches da Union, etc). Eles perderam o gravador há seis meses, porque ele estava de saco cheio de fazer os mesmos padrões nos relógios. Hoje eles subcontraram o trabalho de um gravador de Dresden e pretendem contratar outro para a fábrica, mas disseram que é muito difícil encontrar gravadores hoje que estejam dispostos a sempre repetir padrões e, como não estão dispostos a fazer o trabalho em máquina, subcontratam.

O setor de montagem é dividido em relógios "normais" (até cronos), onde todos fazem tudo e dividem o trabalho entre si. Chutei por alto uns 30 relojoeiros fazendo o trabalho. Segundo ele, gastam de 4 horas (o mais simples movimento) até 3 dias para montagem de cada (fazem 9000 relógios por ano e, segundo ele falou, não pretendem aumentar a produção).

Ao lado, porém, são feitas as montagens pica grossa, relógios complicados. Aí cada relojoeiro é responsável pela montagem desde o início de cada modelo. Ele me disse que nos mais complicados o cara chega a gastar até 4 meses, pois monta e remonta para ver se está certo. Nesse departamento também são testados os projetos. Aliás, vi um relojoeiro com um relógio que nem foi lançado no pulso, estava testando, pois fizera parte do projeto. Nas bancadas desses caras, há até esquemas gráficos dos movimentos, para eles não perderem o fio da meada. Havia uns 5 relojoeiros nessa área e, inclusive, uns dois bem novinhos, com uns 25 anos de idade. Perguntei como haviam ido para lá. Ele disse que qualquer um que se destaque na área normal pode ser transferido para a de movimentos pica grossa.

À tarde fiquei no museu da Glashutte que, diga-se, é o museu de relojoaria da Alemanha e os achei bastante honestos. Na verdade, o que se menos vê lá são relógios deles, muitos Langes que, afinal, foram aqueles que definiram a cultura de Glashutte. Havia o relógio mais complicado feito na Alemanha, mas cujo ebauche foi fornecido pela Audemars ainda nos anos de 1910 e, depois de um zilhão de modificações durante uma década, acabou como algo com umas 15 ou 20 complicações, um troço estilo os Pateks Graves, complicado PACAS! Saí de lá tarde, numa correria fodida, quase perco o trem, nem pude rodar pela cidade, comprei dois Nomos que já haviam reservado para mim na lojinha (aliás, a mulher não falava em inglês e havia escrito foneticamente em um papel como se comunicar comigo, uma comédia). Nem conferi os relógios, o que se mostrou um vacilo, pois em um dos Nomos que, sinceramente, ainda acho muito relógio pelo que custam, o mostrador inteiro está ligeiramente descentralizado. Acredito que na hora de apertar os parafusos que seguram o mostrador, um tenha sido apertado ligeiramente mais do que o outro e a folguinha que existe nesses lances (quem já desmontou um relógio saberá o que estou falando) manteve o mostrador um pouco descentralizado. Coisa mínima, na verdade eu não havia notado, meu irmão é que falou: cara, o escrito Nomos está impresso torto! Eu disse: não pode! E olhando atentamente, vi que não era o escrito, mas o mostrador inteiro parece um centésimo de milímetro girado para um dos lados. Mas vou deixar para lá, não vou abrir o relógio para ver isso, aliás, é presente para o meu pai, comprei o Tangente, meu pai é meio cego, para ele trouxe um Club, mostrador preto, números arábicos.

Algumas rápidas fotos, depois conto tudo em um texto.





Em primeiro plano, a Glashutte Original; fazendo parede com ela, à frente, a Lange; do outro lado da rua, a Tutima; o estacionamento onde está o carro preto é da Nomos, que não aparece na foto.





Departamento de montagem de relógios "tabajara" deles.





Uma amostra das caixinhas de relógios que experimentei lá. Só essa aí eu chutei que vale fácil uns, sei lá, meio milhão de euros. Só o primeiro relógio valia uns 100 mil!



Flávio

ACPavanato

Maravilhoso Flávio!!!

Já li isso aqui 3 vezes, para nunca mais esquecer!!!  :D  :D  :D

Espero que não demore tanto tempo seu texto. Estamos aguardando!

Parabéns!!!

...bom retorno!

Abraços!

ACPavanato
ACPavanato

                                                                                                         "... QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA!"

wilbor

Muito legal o texto.

Mesmo eu sendo apenas um admirador de relógios, e não um entendedor, pude me deliciar com o texto e com as fotos.

Fico no aguardo do texto completo, ora pois!

Mario_Fpolis

Grande Flávio,

Cara, juro que consigo visualizar você falando PICA GROSSA, e tô chorando de rir aqui! ;D ;D ;D

Grato pelo excelente comentário, muito educativo.

Abraços do Mário.
Amplexos do Mário

mmmcosta

#4
Esta frase me deixou muito curioso, Flávio:
"Por falar em sair da empresa, aqueles balanços trabalhados com gravação da Glahutte não são mais feitos por eles."

Você tá dizendo que os trabalhos de entalhe nas pontes dos balanços da GO, como este:



não são mais feitos por eles por que o cara (gravador) não trabalha mais lá?!
Marcelo

Phebos

Que bela viagem flávio!!
Tenho muita vontade de conhecer Lelocle na suiça.
Porém, apesar de conhecer a admirar muito a horologia alemã, nunca pensei em fazer um passeio até la!!
Depois desse post, com certeza vou dar uma passada por Glashutte para conhecer os gigantes alemães dessa nobre arte!!

Um abraço!!


Robson xavier

Pow Flávio, muito phoda tua visita à cidade, me senti andando por lá também, tanto que fui dar uma olhada no maps e achei algumas fotos que ilustram perfeitamente tua viagem. Desculpa a intromissão no seu post, mas gostaria de compartilhar para que os amigos também possam visualisar com mais riqueza (se é possível, depois das tuas palavras) as suas narrativas.
Obrigado pelo relato e também espero com ansiedade o texto completo, e se tiver mais fotos, poste-as também, por favor.


Nomos

Museu







Acho que você foi até generoso, a cidade parece ter apenas duas ruas principais...kkkkk

todas as fotos de Gunther Ullrich, em http://www.panoramio.com/user/331761?comment_page=1&photo_page=2

Abraço,

Robson Xavier.



mmmcosta

Quando fiquei sabendo de Glashütte, cinco anos atrás, dei uma olhada no Google Earth e achei muito legal. Dá pra ver as manufaturas, o riozinho etc.
Marcelo

João de Deus

Legal Flávio.
Que bom compartilhar conosco suas experiências.
Abs

João
João

Daniel Eira

Flávio,

Animal hein? Estou animado para ler o futuro texto. Se for possível fale a sua impressão sobre o sport evolution panorama date caso você o tenha colocado no pulso, o que é bem possível.

Abs

Daniel
Membro do RedBarBrazil
Siga @Watchfy

flávio

Citação de: mmmcosta online 17 Junho 2011 às 20:37:51
Esta frase me deixou muito curioso, Flávio:
"Por falar em sair da empresa, aqueles balanços trabalhados com gravação da Glahutte não são mais feitos por eles."

Você tá dizendo que os trabalhos de entalhe nas pontes dos balanços da GO, como este:



não são mais feitos por eles por que o cara (gravador) não trabalha mais lá?!



Cheguei agora no Brasa. Sim, são esses balanços mesmo. Como o padrão era semelhante em todos os relógios, o cara que trabalhava para a Glashutte Original (era apenas um cara) saiu da fábrica faz seis meses. Hoje, todos os relógios que possuem essa gravação na ponte do balanço são acabados em Dresden, por outro gravador. Eles querem voltar a ter um próprio mas, como disseram, é muito difícil encontrar caras que sabem fazer o troço na Alemanha.


Flávio

Desotti

Flávio, tá batendo um tico de inveja aqui... ;D

Bom retorno e "mande brasa" no texto, abração!

D.

flávio

#13
Citação de: Daniel Eira online 18 Junho 2011 às 16:30:11
Flávio,

Animal hein? Estou animado para ler o futuro texto. Se for possível fale a sua impressão sobre o sport evolution panorama date caso você o tenha colocado no pulso, o que é bem possível.

Abs

Daniel



Coloquei todos os relógios da linha no pulso. Cara, o que mais gostei foi o Senator Chronometer, disparado e, óbvio, os tradicionais Senator date lá do início dos anos 90, que são iguais até hoje e best sellers. Cara, achei o Evolution animal, mas é pesado. Porra, como é pesado. Estão fazendo uma versão agora em cerâmica preta, sei lá se já viram na net, meu irmão gostou, eu não vi muita graça.

Na verdade, o relógio deles que gostei muito - sem saber o preço - foi um Senator Date Index. Depois descobri que por acaso era o mais barato da linha. Custava de 3800 a 4200 nas lojas de lá (4200 na Glashutte, preço cheio) em aço. Vale. Vale com certeza, mas eu não estava disposto a gastar isso em um relógio em menos de um ano, até mesmo porque havia prometido a meu pai algo de lá, comprei dois Nomos.

Aliás, graças a eficiência do MALDITO AEROPORTO PORTUGUÊS, não fiz o tax refund, mesmo tendo chegado lá com 3 horas de antecedência, dadas as filas inacreditáveis que existiam. Parecia aquela zona aqui na época do caos aéreo. Para ter uma idéia, chamaram os passageiros dos voos para Rio, Sampa e Brasília na fila da alfândega, porque aí já tinha desitido de carimbar os documentos do Tax Refund, porque estava uma bagunça e todos quase perdendo os voos.

Lá pelas tantas, depois de uma correria dos infernos, eu achando que iria perder o voo, adivihem? Saímos de lá com uma hora e meia de atraso!

Caras, não conhecia Portugal, gostei muito, voltarei lá COM CERTEZA absoluta, pelo povo receptivo, pelo visual mesmo, achei Lisboa muito legal, não se parece muito com a Europa tradicional. Mas nossas raízes PAU NO TOBA ficaram explícitas na falta de organização dos caras, que não dão informações corretas sobre nada, arrumam uma bagunça e uma burocracia para tudo...Neim!

Quando estava na Alemanha, os voos saiam no horário, os trens idem, informações corretas, educação até fria demais. Em Portugal, tive a receptividade, mas vão ser bagunçados (como nós...) lá no Inferno!

Caos! Aquele aeroporto é horrível, não recomendo a ninguém fazer conexões ou qualquer coisa que seja por lá.

Mandei um e mail para a Nomos perguntando se há como enviar os documentos de volta para ele e resolverem isso por lá. Afinal, quando comprei o Omega e o Rolex as próprias lojas se encarregaram de mandar os documentos para a aduana.

Na pior das hipóteses, há um colega meu indo para lá mês que vem, peço para carimbar a porcaria do troço, pois só preciso mesmo do carimbo, pois de qualquer maneira teria que enviar daqui os documentos para eles lá me estornarem via cartão (a lojinha da Nomos é tão tabajara que não faz parte do Global Refund...). Eu poderia ter comprado o relógio na Wempe, que faria tudo para mim, os preços eram os mesmos, mas isso é outra história: os caras da Nomos já tinham reservado o relógio para mim, sabiam quem eu era quando lá entrei, tinha que comprar em Glashutte mesmo.

E, sobre o Nomos Club, até agora não sei se efetivamente o mostrador está ligeiramente "girado" no interior ou é uma ilusão de ótica! Sério! Não vou mexer com isso.


Flávio

mmmcosta

Citação de: flavio online 18 Junho 2011 às 18:58:07

Na pior das hipóteses, há um colega meu indo para lá mês que vem, peço para carimbar a porcaria do troço, pois só preciso mesmo do carimbo, pois de qualquer maneira teria que enviar daqui os documentos para eles lá me estornarem via cartão (a lojinha da Nomos é tão tabajara que não faz parte do Global Refund...).

Só tem um pobreminha aí, Flávio... Eles podem pedir pra ver o produto. Aconteceu comigo exatamente no aeroporto de Lisboa, onde, aliás, dei sorte de não pegar filar nenhuma e receber o Tax Refund direitinho (e que era uma grana nada desprezível...).
Marcelo

Wadley

Wadley

SlacKK

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Gustavo Loureiro

flávio

As fotos e alguns comentários. Ainda continuo achando que não há nada mais honesto no mercado do que a Nomos. E depois - não queria entrar nessa discussão estéril novamente - dizem por aí que não é possível fazer "alta relojoaria" por menos de 1500 euros...Enfim. Os relógios usam safira na frente e atrás, são ajustados em 6 posições, usam Nivarox 1 na mola do balanço. O acabamento é feito à mão, double sunburst na rochet, parafusos azuis (azulados termicamente), pulseiras de Cordovan, etc. As imagens falam por si. Coloquei um Rolex Explorer ao lado para aqueles que tinham medo dos tamanhos: como podem ver, o Tangente é maior do que o Explorer. O Club do mesmo tamanho. A produção dos caras gira em torno de 15 mil relógios ao ano. Continuo olhando o mostrador do Club e, é claro, estou chegando à conclusão que é apenas ilusão de ótica a descentralização: é que parece que as garras da caixa não são simétricas como parece, mas ligeiramente distantes uma das outras. Ambos os relógios foram ajustados ainda na Alemanha e não os utilizei no pulso. De qualquer forma, já se passaram 10 dias e um deles está com 1 segundo a mais, o outro 2 (sério!).
Preço, para os que também perguntaram por aí: 1360 euros o Tangente, 1080 o Club, teria o estorno do VAT, que na Alemanha em tese é de 18 por cento (o VAT), mas não estornam isso, mas 12.5. Porém, pelo que contei acima, sinceramente não estou contando que vá conseguir reverter isso por conta dos idiotas de Portugal. Já coloquei na "conta do Papa". Ah, esqueci: esses mostradores são galvanizados, a cor é bem diferente do que eu achava nas fotos do site: o Tangente é prateado, mas um prateado jateado, muito legal; o Club é fosco.
A Nomos fala inclusive no seu manual porque cobram barato: cobramos serviço, um pouco de lucro e peças. Não gastamos nada em propaganda, nossa caixa é simples, preocupamos apenas em oferecer algo legitimamente alemão e honesto.
Pô Flávio, mas nessa brincadeira de não ter conseguido o estorno, vão quase uns 400 dólares. Caras, estou pensando de outra maneira: a viagem deu certo, não adoecemos, não tivemos problemas, paciência. Se conseguir bem, se não conseguir amém.






















Finalmente: o Tangente fica comigo, o Club vai de presente para meu pai, para quem havia prometido algo legitimamente alemão e com estilo militar.

Ah, mais uma dúvida que pode surgir, em virtude do tópico de ebauches 7750 usados pela Hublot. Sim, a Nomos, no início dos anos 90, usava ebauches Peseux. Já faz alguns anos que tudo é feito por eles, em casa, embora a platina superior (inferior vista por baixo, a do mostrador), ainda siga o design dos Peseux. O resto é resto: a platina atual deles é 3/4, na tradição alemã, o cliquê é um "finger" com mola em aço, bem diferente dos usados pelos Suíços, as rodas são feitas por eles, etc. O que sobrou ainda suíço no relógio é o escapamento (sem a ponte do balanço, que é feita por eles), rubis e pulseira (feita em Chicago). No geral, todos os Nomos tem de 75 a 95% de valor agregado alemão e, pior, de Glashutte mesmo, e por menos de 1500 euros. Gostei.



Flávio

Rafa_Almeida

Legal que deu tudo certo na viagem Flávio!

Gostei bastante dos relógios, parabéns!

E achei o Tagente mais bonito que Club.

Abração,

Rafa

flávio

Flávio cascateiro, esqueci, podem falar isso. Como sabe que só adiantaram isso se estão todos errados. Aí vem a novidade...Não confiei muito nesse lance de receita federal aceitar ingresso de relógios novos. Então, entrei com os dois no pulso, marcando horários de Portugal e Brasil, meu irmão entrou com o Rolex que eu havia viajado (o Explorer da foto). Sim, é óbvio que alguma compensação dentro de "malas" para lá e para cá aconteceu, mas parece que os relógios estão bem ajustados. Ah, o regulador é Triovis, legal também, dos relógios que tenho, acho que só a Zenith usa isso.


Flávio