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Fato inusitado

Iniciado por solano, 23 Agosto 2011 às 12:15:23

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solano

Fato Inusitado

  Procurei no "papai Google" e localizei para INUSITADO:

"adj. Que não se usa; desusado; esquisito; desconhecido; extraordinário, insólito.

    Fato inusitado. Prefiro consultar para desenvolver com certeza a minha linha de raciocínio. Estamos no século 21, aviões voam, a internet traz a comunicação veloz, mundial, virtual. O mundo é cada vez mais tecnológico e previsível.
    Estudei engenharia civil e trabalho com estruturas. Pergunto: o que faz um cidadão, morador em uma cidade grande, civilizada, zona sul, classe média alta, sentar na sua mesa de trabalho e morrer com a queda de uma laje na sua cabeça? Se fosse pobre, se chovesse torrencialmente, uma barreira, um caminhão desgovernado, um leve tremor de terra, uma bomba. Não sei, fico sem ar...
   Aprendi a prever, estimar riscos, calcular volumes, pesos, equações diversas, bom senso. Agora estou à deriva, sem entender o "porque". Mistério...
   Um avião pode cair por "n" motivos, um carro bater (isso é fácil), uma marquise cair (vimos várias...), um meteoro, uma jaca mole matou o cidadão... Um côco... Já vi!
   Uma laje cair, vi várias: em construção e depois de pronta. Mas são casos explicáveis, imprudência, falha de projeto, execução, cargas excessivas, etc... Nunca vi uma laje, ou parte dela, ruir sem dar "aviso prévio", depois de pronta! Mistério...
   O cidadão alvejado era de grande valia, homem intelectual, pensador e público. Morreu.
   E agora... O que vão pensar os milhares de seres humanos que moram debaixo de uma laje? Se eu, que sou do ramo, estou boquiaberto imagine a minha empregada doméstica, o faxineiro do prédio que mora lá no topo da favela, pertinho do céu...
   Vamos aguardar as explicações técnicas e pensar no quanto a nossa vida é preciosa e cheia de riscos. Tenho um amigo que perdeu os nomes (não a vida) nesse acidente: Antonio Francisco Barros de Castro. Ficou só o Francisco... Alías, Chiquinho, para não chamar muita atenção...
    Estou rezando pela alma do falecido e pela vida de Chico Buarque de Holanda... Será que o apartamento dele é seguro?
   Te cuida Chico ! Meu amigo Chiquinho também reza por ti!

Roberto Solano
" Otempo é a insônia da eternidade "  Poeta Mário Quintana