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Homenagem a um mestre relojoeiro

Iniciado por mint, 17 Setembro 2011 às 11:58:41

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mint

Sempre que vou visitar meu mestre relojoeiro a conversa vai longe. Esse velho relojoeiro já me ajudou bastante, até quando "voou" um rubi do balanço de um antigo Fortíssimo que estava dando manutenção. E não é que ele tinha várias caixinhas com peças de diversas marcas e uma com a inscrição específica para aquele calibre com todas as peças mais utilizadas, inclusive o "salvador" rubi !!!! :) O relógio era de um amigo que tinha ganho de seu avô, já falecido.  Olha a responsabilidade!!! ;)

Link com vídeo reportagem sobre o "mestre Roque" ou "Seu Roque", como é chamado pelos amigos. É o salvador da pátria de muito relojoeiro, que vem de longe pedir sua orientação ou buscar alguma peça difícil de achar, inclusive esse humilde relojoeiro hobista (Recife - Campina Grande é um salto!) :

Foi ele quem me contou sobre o convite que recebeu de um sócio da antiga CIIP-Companhia Industrial de Instrumentos de Precisão-Nortex/Grão Duque para inauguração da fábrica de relógios em Recife/PE nos tempos áureos da relojoaria mecânica. Falou que tinha um outro sócio que era estrangeiro (suiço) nessa CIIP.

Comentou acreditar que por fazer o que ama  chegou na idade dele com a vista boa para longe e que a sua esposa não tem do que reclamar! :-X (para bom entendedor, pouca palavra basta!)  ;D ;D

http://www.youtube.com/watch?v=cWWYPgZ-l2s

Abs
Mint

Cigano

Muito bom gostei do vídeo e da homenagem!!

Obrigado por compartilhar!! 8) 8)
Abraços,
Cigano!

michelim

Mint,

Eu ficaria com medo de levar meus reloginhos pra ele.... Viu como ele trabalha??? Mãozona nua no mecanismo, mostrador....
"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

mint

#3
Citação de: michelim online 17 Setembro 2011 às 14:37:23
Mint,

Eu ficaria com medo de levar meus reloginhos pra ele.... Viu como ele trabalha??? Mãozona nua no mecanismo, mostrador....


Fiz essa observação pra ele quando vi a reportagem e falou que apenas demonstrou rapidamente com seus relógios. Disse que ficou meio  nervoso no começo.

Ele tem muitos relógios usados de pulso e de parede (carrilhões, cucos, etc) e é um mestre nessas máquinas. Tem muitos cucos alemães e sempre está consertando algum, pois "fabrica" as peças que necessita.

Voce precisa ver as peças que ele mesmo faz quando necessário. É daquele que faz milagres em seus tornos e torninhos, feitura e cravejamento de eixos, solda de pinos de mostrador, desempeno e troca de "cabelo" de balanços, adaptação de tige, fabricação de juntas de vedação, teste de vedação de caixas, teste com vibrograf, o escambal.  :D

Até "vidro" ele molda alguns. Eu que sempre estou indo visitá-lo posso atestar que já presenciei ele realizar verdadeiros milagres e ressuscitar muito relógios que muitos relojoeiros nem sequer se atreveria a por as mãos.

Estava com um problema em um mecanismo automático Orient 1942, que levei para outros relojoeiros mais atualizados e nenhum conseguiu descobrir porque o balanço não "disparava" e quando levei no velho Roque, em questão de minutos ele deu uma olhada com sua lupa suiça, que não vende, não troca e não dá, descobrindo o sutil defeito que levei dias analisando e não descobri. Se tratava de um pequeno empeno na ponte da âncora.  :P

Agora numa reportagem de surpresa, como me disse, para um relojoeiro de mais de 80 anos a gente tem que dar um desconto para essas "falhas" de apresentação. Ele não está nem um pouco preocupado em fazer um marketing bonito, pois já está mais é pra se aposentar e é sempre assediado por relojoeiros em busca de conselhos e/ou peças.

Se ainda trabalha é mais por amor a profissão, pois já é aposentado e todos os filhos trabalham e se mantém sozinhos, além de possuir um bom ponto comercial, granja e casa própria.  Ele leva os mais complicados para a granja dele onde possui outra oficina por lá.

Embaixo da oficina principal dele tem uma fornitura que cedeu para um filho. Nos tempos áureos ele foi representante de algumas marcas que montavam relógios no Brasil, inclusive ainda tem alguns Nortexs e grão duques NOS.

As digitais dele já estão tão "calejadas" que até parece de material plástico. Creio que nem suor se produza mais ali, face as benzinas da extensa vida no ramo.  ;)

Mas devido a idade dele eu também não arriscaria que  passasse a manutenir meus EnRolex's e Patek's, não por falta de conhecimento, mas por medo de perder a garantia! ;D

Até meus Tissot's ele mexe se for preciso sem medo de errar, pois conheço a fera, que tem meus respeitos a quem presto essa homenagem  por sua idade, honradez e dedicação, além da capacidade técnica constatada "in loco".  ;)

Contudo o bom das AT's é que lá elas trocam logo as peças ou o relógio inteiro se for preciso. Os fora da garantia, bem como os rejeitados ou anti-econômico para conserto nas AT's se recorre aos relojoeiros tipo o velho Roque, que faz o serviço por um precinho legal e o morto volta a vida. :D

Abs
Mint

mint

#4
Campina Grande/PB, a terra que o relojoeiro pernambucano Roque escolheu para viver:

Campina Grande

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Município de Campina Grande, também conhecida por "Rainha da Borborema", "Campina", "Liverpool brasileira", "Capital do Trabalho", "Cidade Universitária",
"Tech City", "Capital do Interior do Nordeste""

Localização no Brasil
7° 13' 50" S 35° 52' 52" O

Distância da capital
federal: 2,307 km
estadual: 112 km[2]
Características geográficas
Área   620,628 km² [3]
Área urbana   42.92 km² (BR: 70º) – est. Embrapa[4]
População   387 643 hab. (BR: 56º BR interior: 12º PB: 2º) –  IBGE/2011[5]
Densidade   624,597
Altitude   560 m
Clima   tropical de altitude Cwa
Fuso horário   UTC−3
Indicadores
IDH   0,721 (PB: 3º) – médio PNUD/2000 [6]
Gini   0 450 est. IBGE 2003[7]
PIB   R$ 3 457 877,604 mil (BR: 128º) – IBGE/2008[8]
PIB per capita   R$ 9 065,75 IBGE/2008[8]

Campina Grande é um município brasileiro situado no estado da Paraíba. Foi fundada em 1º de dezembro de 1697, tendo sido elevada à categoria de cidade em 11 de outubro de 1864.
De acordo com estimativas de 2011, sua população é de aproximadamente 390 mil habitantes, sendo a segunda cidade mais populosa da Paraíba, depois da capital, além de ser o 56º maior município brasileiro e o 12º maior município interiorano do Brasil. Sua região metropolitana, formada por 23 municípios, possui uma população estimada em 687.545 habitantes, sendo a maior zona metropolitana do interior nordestino, quarta maior zona metropolitana do interior brasileiro, 24ª maior do Brasil e 787º maior do mundo[9].

A cidade possui uma agenda cultural variada, destacando-se os festejos de São João, que acontecem durante todo o mês de junho, a Micarande, um dos mais tradicionais carnavais fora de época do país, o Encontro da Nova Consciência, um encontro ecumênico realizado durante o carnaval, além do Festival de Inverno e outros 20 eventos. Campina Grande também é conhecida como cidade universitária, pois conta com 16 universidades, sendo três delas públicas. É comum estudantes do Nordeste e de todo o Brasil virem morar no município para estudar nas universidades locais. Além de ensino superior, o município oferece capacitação para o nível médio e técnico.

A cidade tem o segundo maior PIB entre os municípios paraíbanos, representando 13,63% do total das riquezas produzidas na Paraíba, e o 128º maior PIB entre os municípios do Brasil. Uma evidência do desenvolvimento da cidade nos últimos tempos é o ranking da revista Você S/A, no qual Campina Grande aparece como uma das 10 melhores cidades para se trabalhar e fazer carreira do Brasil, única cidade do interior entre as capitais escolhidas no país.[10] Considerada um dos principais polos industriais da Região Nordeste[11] e o maior pólo tecnológico da América Latina, segundo a revista norte americana Newsweek[12]. Campina Grande foi indicada pelo jornal a Gazeta Mercantil, como a cidade mais dinâmica do nordeste e 6ª cidade mais dinâmica do Brasil.



Universidade Federal de Campina Grande - UFCG





Mint


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Pandolfi

Assisti o video, belissima reportagem sobre os ultimos mestres. Obrigado, amigo mint.
Abração.
Pandolfi

Wadley

Wadley