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Como ter um carregamento total?

Iniciado por Henk, 08 Novembro 2011 às 15:38:13

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Henk

Em movimentos simples sem corda pela coroa, tipo os 7s26, qual a melhor forma de dar corda completa em apenas alguns minutos ou movimentos? Danifica?

Costumo alternar o uso de 6 relógios e sempre procuro manter o funcionamento contínuo de pelo menos 3 durante uma semana para verificar a marcha deles e compará-los. O problema é dar corda num relógio que não vou usar, mas somente para manter funcionando.

A pergunta é: como dar corda completa? Tem dias que a jornada de trabalho vai mais de 15 hs.

Por exemplo, balanço o relógio num vai-e-vem ou em giros de de 360º quantas vezes ou por quanto tempo?

flávio

Em relógios de corda automática, mas que aceitam corda manual, é mais fácil saber isso, por tentativa e erro: dá para ouvir a brida desliza ao se dar a corda. Porém, em relógios sem corda manual, a ciência já se torna mais inexata do que tudo.


Flávio

Alberto Ferreira

Salve!

Bem,...
É como disse o Flávio, mas na prática eu diria que umas 500 voltas (do rotor) devam carregar totalmente a corda, com folga.

A Orbita, que fabrica watchwinders, tem uma tabela de referência ("marromeno"  ::) (aproximada), portanto), nela há a informação sobre os 7Sxx da Seiko.

Veja ---> http://www.orbita.net/NEW/Database-S.htm

Abraços,
Alberto

Paulistano


Alberto Ferreira

Salve!

Sim.
Mas note.
Para manter a carga por um dia, um carregamento completo portanto.
Podendo após isso deixá-lo em repouso naquele intervalo.

Para uma carga inicial, capaz de manter o relógio funcionando (no pulso), bem menos que isso.

Abraços,
Alberto

FALCO

Particularmente acredito que para sair do "sem corda" para "carga completa" sejam necessárias bem mais que 500 revoluções do rotor, diria pelo menos 3 vezes isto.
No manual do WW diz que para manter 1 dia de corda em uma 3135 são necessárias 650 revoluções. Logo, para completar a reserva, pelo menos 1.400 revs.
FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

Henk

Obrigado a todos!
Na pratica, mais de 6 min girando o relógio.
Minha esposa já dava risada antes, agora vai achar que eu fiquei louco.
Humm... Impraticavel, não é mesmo?

Alberto Ferreira

#7
Salve!

Pois é...
É isso,... Mas não exatamente isso.  ;)

Mas, sempre relembrando o que disse o Flávio, não se trata de uma "ciência" exata. Não mesmo.
Quase que cada caso pode ser um caso. Há características mecânicas intrínsecas a cada movimento que podem fazer diferença.

E,...
Apenas, para trazer a conversa um pouco mais para o lado, digamos assim, "conceitual", considerem que...

Num watchwinder o mecanismo de carregamento, como sempre ocorre, é primariamente acionado pela inércia, mas o rotor não "gira" propriamente.
A força da gravidade não faz o rotor girar. Esta apenas mantém o rotor em uma posição "fixa", enquanto a caixa do relógio é girada pelo aparelho.
No punho é basicamente a mesma coisa, mas diferentemente do watchwinder, o rotor pode ser também "acelerado" pela inércia, pelos "impulsos" do movimento do braço.
Por esta razão um relógio automático "carrega" no espaço, isso se o astronauta não permanecer estático...

Quando nós "damos corda" girando o relógio na mão, o efeito (inércia) é o mesmo, mas a eficiência da transmissão do movimento é muito mais efetiva, pois neste caso estamos impulsionando, acelerando, o rotor.
E naquele momento estamos usando, num curto intervalo, toda a inércia de que dispomos para a ação de carregamento.

Mas há outro ponto a considerar na questão do número de voltas do rotor que seriam necessárias para o carregamento completo.
Num watchwinder, e o aparelho trabalha em ciclos de liga-desliga, se quando o mecanismo gira (liga) a corda carrega, na outra parte do ciclo ela descarrega, até o próximo período ligado. Ou seja, fica neste carrega-descarrega.
Portanto, levem isso em conta.

Assim como num watchwinder, mesmo para "carregar" girando o relógio na mão, é importante saber se o carregamento se dá no sentido horário, anti-horário, ou em ambos. Caso contrário podemos perder total ou parcialmente o esforço (metade no caso do carregamento bi-direcional).

Mas, voltando à pergunta do colega Henk.
Por que o carregamento teria que ser "completo"?

Eu estabeleceria um ciclo de volteios manuais, digamos, eu começaria com umas 200 voltas e veria se no dia seguinte o relógio parou ou não (pelo horário em que parou eu poderia estabelecer uma "relação" para aquele movimento.
E aí, se necessário, aumentaria, ou diminuiria o número de volteios.  ;)

Abraços a todos,
Alberto

Henk

Muito bom caro Alberto, muito bom. Entendi perfeitamente.

É bom saber, teoricamente, quando se dá o carregamento total "forçadamente". E, realmente, o movimento do pulso faz com que a inércia seja muito bem aproveitada para girar o rotor. Num movimento com parada brusca conseguimos fazer o rotor girar várias vezes.

Talvez, um dia, quem sabe, consigo elejer um único relógio. É contraditório ter vários automáticos.

Paulistano

já sei
é só amarrar o relógio na roda do carro, e quando chegar no trabalho ele está carregadinho.
abraços.

Alberto Ferreira

 ;D

Huuummmm...
Sei,... Sei...

Mas só não pode passar no lava-rápido no caminho...

Se não,...
A coisa vira washwinder...  ;)

::)
Affff!
Horrível essa, não?  :-[

Abraços!
Alberto