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Banalização do dinheiro ou não????

Iniciado por jfestrelabr, 18 Novembro 2011 às 10:01:11

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automatic for the people

Citação de: rasbrito online 01 Dezembro 2011 às 09:43:55
Citação de: Metalcuba online 01 Dezembro 2011 às 04:02:03
Graças a deus que eu não posso comprar um desses. Eu ia ficar hipnotizado e parar de trabalhar por um mês.
Quem compra um relógio desse COM CERTEZA não precisa se preocupar em trabalhar.... hehehehe...
abraços

Verdade!!!

Metalcuba

Muito pelo contrário. OK, os caras se dão a certos luxos de parar de trabalhar porque quer ir viajar as 10 da manhã de quarta feira, mas a maioria dos caras que tem muita grana não abandona o império construído a duras penas por mais que alguns dias por ano.

Sandro Maduell

Esses relógios não são caros! Nós é que estamos ganhando pouco.

zandorman

#63
Para investimento(se for boa aplicação...), seria explicável, mas pelo exposto não foi o caso...
Não quero polemizar e nem tampouco julgar quem compra, vai da consciência de cada um... Eu particularmente não me sentiria em paz sabendo que tenho um relógio desses no pulso enquanto outros nem tem o que comer... Sem contar também que qualquer "Seiko da vida" desempenharia as mesmas funções.
Infelizmente hoje em dia as pessoas dão mais valor para coisas materiais do que outras que são muito mais essênciais,isso sim é banalização... mas essa é outra discussão...


Citação de: jfestrelabr online 18 Novembro 2011 às 10:01:11
Ontem estava fazendo uma visita a um amigo aqui de Brasília dono de uma relojoaria e ele me mostrou um relógio que acabara de vender a um conhecido de Brasília, era um Hublot KING POEWR F1 TURBILÃO, ( http://www.hublot.com/pt/NEWS/1871_king-power-f1-tourbillon/#/COLLECTION/WATCHSELECTOR/1/ZOOM/1150 ) , uma edição limitada a 50 peças, mas o que me chamou mais atenção foi o preçinho da criança 500,00K :o :o :o.
Eu tirei algumas fotos do relógio no meu pulso porem não ficaram boas mas sei lá achei meio estranho aqui no Brasil alguém dar 500k paus em um relógio, pode parecer bobeira minha mas senti que estamos indo no mesmo caminho dos americanos, rumo ao nada hehehehe.
E na mesma loja tinha um outro cliente lá com eles que acabara de encomendar um outro hublot de 900k :o :o :o :o :o (http://www.hublot.com/pt/NEWS/#/COLLECTION/BYCOLLECTION/1000003/ZOOM/1172 ) , eu falei para o cara (um garotão da minha idade) porra como é que vc tem coragem de gastar 900k em um hublot desses, dai ele me respondeu que era presente do pai dele hehehhee, deve ser filho de algum senador de passagem por Brasília que esta lavando o NOSSO dinheiro só pode, 900k em um relógio aqui em nosso Brasil ??? isso não faz parte da nossa cultura , pelo menos não da minha hehehe.

Mario

Fico imaginando o que pensam os moradores de favela ao nos verem comprando relógios de 5, 10, 15 mil....

Viva Einstein e a sua teoria da relatividade!
Mário

Adriano

Nem precisa chegar a isso. Se você pode comprar relógio de R$ 300,00 com tranquilidade, você já faz parte de provavelmente menos de 10%, quem sabe até menos de 5% da população brasileira.

O que pensamos neste tópico é o mesmo que pensa de mim 90% das pessoas que estão à minha volta todos os dias.

Abraços!

Adriano

Mario

Estou bem longe dos relógios de 500 mil, nunca olhei para eles, não posso tê-los mesmo...

E não recrimino quem os compre.

Mas aprendi que, em nosso país (não sei se em outros também), ter dinheiro é quase uma ofensa.

Basta o sujeito ter uma boa grana para dizerem que roubou, que é um absurdo alguns terem tanto e outros tão pouco, e por aí vai.

Devíamos aprender a admirar os milionários, e não a lançar a inveja preconceituosa dos discursos stalinistas trotkistas...

Adriano, melhor passar a usar uma folhinha de arruda no trabalho... mas arruda nacional, se for importada vão crucificá-lo.

Abs
Mário

Adriano

Não digo nem nesse sentido, até porque no trabalho todos estão acostumados com relógios caros, bem mais do que aqueles que posso ter. Mas digo até mesmo na família ou no círculo de amizades, nunca ninguém chegou nem perto de gastar o que já gastei com relógios, e independente de poder ou não poder gastar com isso. Conheço gente com muita grana, mas que não gasta nada com relógios e me acha quase um louco!

Abraços!

Adriano

Alberto Ferreira

Salve!

Pois é...
E se nós fossemos para um campo mais "filosófico"...  ::)
Nós chegaríamos a alguma conclusão?

Quantos gastam o que não podem com símbolos de "status" falsificados? Sejam eles relógios, ou não.

Outras vezes são produtos originais, novos, trocados com freqüência ("excessiva"), mas será que eles são compatíveis com o poder aquisitivo dos donos? Celulares, por exemplo. Basta olhar em volta, em um "busão".

Pois é...  ::)

Abraços,
Alberto

Mario

A vida dura dois dias.

Se um relógio traz prazer, ótimo.

É muito bom colocá-lo no pulso pela manhã, admirar os efeitos da luz no mostrador, imaginar quanta engenhosidade existe oculta na caixa, pensar que ele cruzou o mundo até aqui.

Sendo original ou falsificado, barato ou caro, o real valor só pode ser medido pelo prazer que ele traz.

Mesmo que o intuito seja futilmente ostentá-lo, e daí? Que mal há nisso?

Eu não comento valor dos relógios que compro, e nem não comprei muitos, mas prefiro evitar esse assunto, acho que projeta uma imagem errada a meu respeito, e pode causar frustração nos outros.

Enfim, relógios são caixinhas do tempo cheia de significados!
Mário

ogum777

Citação de: zandorman online 01 Fevereiro 2012 às 14:39:05
Para investimento(se for boa aplicação...), seria explicável, mas pelo exposto não foi o caso...
Não quero polemizar e nem tampouco julgar quem compra, vai da consciência de cada um... Eu particularmente não me sentiria em paz sabendo que tenho um relógio desses no pulso enquanto outros nem tem o que comer... Sem contar também que qualquer "Seiko da vida" desempenharia as mesmas funções.
Infelizmente hoje em dia as pessoas dão mais valor para coisas materiais do que outras que são muito mais essênciais,isso sim é banalização... mas essa é outra discussão...


Citação de: jfestrelabr online 18 Novembro 2011 às 10:01:11
Ontem estava fazendo uma visita a um amigo aqui de Brasília dono de uma relojoaria e ele me mostrou um relógio que acabara de vender a um conhecido de Brasília, era um Hublot KING POEWR F1 TURBILÃO, ( http://www.hublot.com/pt/NEWS/1871_king-power-f1-tourbillon/#/COLLECTION/WATCHSELECTOR/1/ZOOM/1150 ) , uma edição limitada a 50 peças, mas o que me chamou mais atenção foi o preçinho da criança 500,00K :o :o :o.
Eu tirei algumas fotos do relógio no meu pulso porem não ficaram boas mas sei lá achei meio estranho aqui no Brasil alguém dar 500k paus em um relógio, pode parecer bobeira minha mas senti que estamos indo no mesmo caminho dos americanos, rumo ao nada hehehehe.
E na mesma loja tinha um outro cliente lá com eles que acabara de encomendar um outro hublot de 900k :o :o :o :o :o (http://www.hublot.com/pt/NEWS/#/COLLECTION/BYCOLLECTION/1000003/ZOOM/1172 ) , eu falei para o cara (um garotão da minha idade) porra como é que vc tem coragem de gastar 900k em um hublot desses, dai ele me respondeu que era presente do pai dele hehehhee, deve ser filho de algum senador de passagem por Brasília que esta lavando o NOSSO dinheiro só pode, 900k em um relógio aqui em nosso Brasil ??? isso não faz parte da nossa cultura , pelo menos não da minha hehehe.

o duro de usar um troços desses é a questão da segurança. o risco de dar uma de playboy chiliquento que nem o luciano huck quando teve um rolex roubado é grande, e essa é a melhor das hipóteses.

quem anda com algo de 900k no pulso sem uma série de medias de segurança? como diz a música d'o rappa, "as grades do condomínio são para trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão"...

vale? os "seiko da vida" fazem o mesmo papel, com um adicional. não há medo em usá-los, logo usamos o tempo todo. que adianta brinquedo que não se pode brincar?

mas paciência, vai de gosto. tenho um amigo que se sente nu se não tiver alguma coisa de ouro pendurada no corpo. até pra entrar numa piscina ele está com correntes, anéis, e etc. mas não anda a pé pela rua tão tranquilo quanto eu. é meio paranóico.

isso é um pouco de insegurança também. pessoas inseguras precisam de afirmação externa do status. um estudo de alguns anos atrás sobre a classe média americana dividiu negros e brancos em NY, com a mesma faixa de renda, e mapeou os gastos. pesquisa feita nos anos 90.

dito e feito, negros (classe média ascendente) gastavam mais em carros, relógios, jóias, roupas. brancos (classe média consolidada) gastavam mais em viagens, arte (cinema, teatro, concertos), móveis, livros.

no primeiro caso eram bens de afirmação social, no segundo caso eram bens de gozo.

eu curto meus relógios. são poucos, são quase todos seiko. mas eu uso. meu skx007 tá com uma marquinha no vidro e no bezel. coisa mínima. eu tomei um tombo de bicicleta usando-o. é um dos meus favoritos. se fosse um rolex eu não estaria usando-o para pedalar. estaria numa caixa. que prazer me traria?

já tive dois rolex, mas a lembrança que me deixaram foi apenas a tensão ao usá-los. meus seikinhos não. e meus alunos pensam que meu seiko monster laranjão eu comprei na 25 de março. ;D e eu me divirto com isso.

em tempo, melhor um colchão de rico do que um carro de rico. quem passa 8 horas dentro dum carro?

Arkitekt

Citação de: ogum777 online 06 Fevereiro 2012 às 03:06:33
Citação de: zandorman online 01 Fevereiro 2012 às 14:39:05
Para investimento(se for boa aplicação...), seria explicável, mas pelo exposto não foi o caso...
Não quero polemizar e nem tampouco julgar quem compra, vai da consciência de cada um... Eu particularmente não me sentiria em paz sabendo que tenho um relógio desses no pulso enquanto outros nem tem o que comer... Sem contar também que qualquer "Seiko da vida" desempenharia as mesmas funções.
Infelizmente hoje em dia as pessoas dão mais valor para coisas materiais do que outras que são muito mais essênciais,isso sim é banalização... mas essa é outra discussão...


Citação de: jfestrelabr online 18 Novembro 2011 às 10:01:11
Ontem estava fazendo uma visita a um amigo aqui de Brasília dono de uma relojoaria e ele me mostrou um relógio que acabara de vender a um conhecido de Brasília, era um Hublot KING POEWR F1 TURBILÃO, ( http://www.hublot.com/pt/NEWS/1871_king-power-f1-tourbillon/#/COLLECTION/WATCHSELECTOR/1/ZOOM/1150 ) , uma edição limitada a 50 peças, mas o que me chamou mais atenção foi o preçinho da criança 500,00K :o :o :o.
Eu tirei algumas fotos do relógio no meu pulso porem não ficaram boas mas sei lá achei meio estranho aqui no Brasil alguém dar 500k paus em um relógio, pode parecer bobeira minha mas senti que estamos indo no mesmo caminho dos americanos, rumo ao nada hehehehe.
E na mesma loja tinha um outro cliente lá com eles que acabara de encomendar um outro hublot de 900k :o :o :o :o :o (http://www.hublot.com/pt/NEWS/#/COLLECTION/BYCOLLECTION/1000003/ZOOM/1172 ) , eu falei para o cara (um garotão da minha idade) porra como é que vc tem coragem de gastar 900k em um hublot desses, dai ele me respondeu que era presente do pai dele hehehhee, deve ser filho de algum senador de passagem por Brasília que esta lavando o NOSSO dinheiro só pode, 900k em um relógio aqui em nosso Brasil ??? isso não faz parte da nossa cultura , pelo menos não da minha hehehe.

o duro de usar um troços desses é a questão da segurança. o risco de dar uma de playboy chiliquento que nem o luciano huck quando teve um rolex roubado é grande, e essa é a melhor das hipóteses.

quem anda com algo de 900k no pulso sem uma série de medias de segurança? como diz a música d'o rappa, "as grades do condomínio são para trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão"...

vale? os "seiko da vida" fazem o mesmo papel, com um adicional. não há medo em usá-los, logo usamos o tempo todo. que adianta brinquedo que não se pode brincar?

mas paciência, vai de gosto. tenho um amigo que se sente nu se não tiver alguma coisa de ouro pendurada no corpo. até pra entrar numa piscina ele está com correntes, anéis, e etc. mas não anda a pé pela rua tão tranquilo quanto eu. é meio paranóico.

isso é um pouco de insegurança também. pessoas inseguras precisam de afirmação externa do status. um estudo de alguns anos atrás sobre a classe média americana dividiu negros e brancos em NY, com a mesma faixa de renda, e mapeou os gastos. pesquisa feita nos anos 90.

dito e feito, negros (classe média ascendente) gastavam mais em carros, relógios, jóias, roupas. brancos (classe média consolidada) gastavam mais em viagens, arte (cinema, teatro, concertos), móveis, livros.

no primeiro caso eram bens de afirmação social, no segundo caso eram bens de gozo.

eu curto meus relógios. são poucos, são quase todos seiko. mas eu uso. meu skx007 tá com uma marquinha no vidro e no bezel. coisa mínima. eu tomei um tombo de bicicleta usando-o. é um dos meus favoritos. se fosse um rolex eu não estaria usando-o para pedalar. estaria numa caixa. que prazer me traria?

já tive dois rolex, mas a lembrança que me deixaram foi apenas a tensão ao usá-los. meus seikinhos não. e meus alunos pensam que meu seiko monster laranjão eu comprei na 25 de março. ;D e eu me divirto com isso.

em tempo, melhor um colchão de rico do que um carro de rico. quem passa 8 horas dentro dum carro?

ótimo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

romulofc


Creio que a tensão que sentimos quando usamos nossos relógios é influenciada pelo valor que colocamos neles, seja monetário ou sentimental, para alguns um Rolex custa menos que um dia de trabalho, para outros um Seiko custa meses de esforço, assim, se o Rolex for roubado basta o dono ir numa loja e sair com outro, já o Seiko, o dono terá que esperar meses para ter como comprar outro, é tudo relativo.

Rômulofc

Arkitekt

#73
Citação de: romulofc online 06 Fevereiro 2012 às 11:19:54

Creio que a tensão que sentimos quando usamos nossos relógios é influenciada pelo valor que colocamos neles, seja monetário ou sentimental, para alguns um Rolex custa menos que um dia de trabalho, para outros um Seiko custa meses de esforço, assim, se o Rolex for roubado basta o dono ir numa loja e sair com outro, já o Seiko, o dono terá que esperar meses para ter como comprar outro, é tudo relativo.

Rômulofc


nem tanto, os riscos que se corre quando é roubado são muito maiores que apenas ir na loja e comprar, uma arma na cabeça acho que não é uma boa experiencia, ainda mais se o bandido não tiver nada a perder :) :)

JuniorRJ

Citação de: Alberto Ferreira online 05 Fevereiro 2012 às 21:14:26
Salve!

Pois é...
E se nós fossemos para um campo mais "filosófico"...  ::)
Nós chegaríamos a alguma conclusão?

Quantos gastam o que não podem com símbolos de "status" falsificados? Sejam eles relógios, ou não.

Outras vezes são produtos originais, novos, trocados com freqüência ("excessiva"), mas será que eles são compatíveis com o poder aquisitivo dos donos? Celulares, por exemplo. Basta olhar em volta, em um "busão".

Pois é...  ::)

Abraços,
Alberto


Pensei por aí...

No final das contas tudo é uma questão de proporção...
Mudam os bens em questão, o "padrão" dos individuos e o ambiente, mas o conceito em grande parte das vezes é o mesmo.

romulofc

Citação de: Arkitekt online 06 Fevereiro 2012 às 11:49:24
nem tanto, os riscos que se corre quando é roubado são muito maiores que apenas ir na loja e comprar, uma arma na cabeça acho que não é uma boa experiencia, ainda mais se o bandido não tiver nada a perder :) :)

Justamente por não ter nada a perder, que para o bandido qualquer coisa é lucro, tendo a oportunidade ele vai para cima da vitima, e se tiver de usar violência, com certeza usará,  seu objetivo é apenas roubar e fugir, a vida do dono de um Rolex ou de um Seiko para o bandido vale a mesmo, ou seja, nada.

O sentimento de se sentir mais seguro com um relógio barato é ilusão, se mata por muito menos do que um relógio, basta ver nos noticiosos, casos e mais casos de mortes por uma simples nota de R$10,00 ou celulares chineses, apenas por que a vitima estava no lugar errado e na hora errada.

Rõmulofc

Mario

Todo e qualquer relógio pode ser considerado um luxo.... até aquele Casio velhinho, dependendo do meio social em que vivemos.

E tudo pode ser roubado, até o computador que usamos para filosofar aqui no fórum.

Todos nós, de um jeito ou de outro, valorizamos algum tipo de bem material, seja a nossa TV ou o nosso avião.

Não acho isso um pecado.

Nascemos, crescemos e vivemos numa sociedade de consumo, para o bem e para o mal.

Nosso sistema ainda é melhor que o de Cuba, por exemplo, onde até se manter vivo é uma espécie de ostentação, pois isso é muito difícil para a maioria das pessoas.

É utópico pensar que poderemos viver sem consumir coisas "caras", em respeito a quem passa fome: o caro é relativo.

Se pensarmos em não consumir para não ofender aos demais, teremos que parar até de andar de ônibus, pois boa parte dos brasileiros não tem grana nem para isso, infelizmente.

Eu entendo perfeitamente quem adquire um relógio valioso e não o usa na rua por receio de ser roubado.

Para mim, relógios são objetos de arte que não precisam ser "usados" para justificarem a compra.

Ou seja, o fútil também é útil.

Estão aí as obras de arte dos grandes mestres da música, da pintura e da relojoaria, que nos fazem refletir sobre a genialidade e a criatividade - e que ao fazerem isso, nos inspiram.





Mário