Todos os calibres usados pela Breitling (todos, simplesmente todos) a partir do ano 2000 são certificados como cronômetros. Ou seja, é a melhor versão da ETA e não precisamos discutir o quão bons são os movimentos, porque são mesmo. Temos que discutir o custo benefício e o que o relógio vale para você.
Eu acho que o Chronomat se tornou um clássico, mesmo não sendo tão velho assim (é dos anos 80). Mas confesso que os Chronomat que fizeram a fama da Breitling, pré anos 2000, eram tecnicamente muito ruins. Vão achar que é mentira, mas a Breitling tinha a coragem de não usar nem uma versão elaboré nos seus relógios, mas o troço mais pé de boi da ETA, movimentos encontrados em relógios de 200 dólares. Mas, já naquela época, cobraram 3 mil num Chronomat! Pior: nas versões aço e "ouro", o ouro não era ouro mesmo, mas plaquè (mesmo problema dos TAG Heuer contemporâneos). Os relógios não envelheciam bem...
O problema da Breitling para mim foi a adoção do conceito de "macho" nos seus relógios. Os Chronomat originais, salvo engano, tinham 39 ou 40 mm. Poderiam ter sido atualizados para 42... Hoje vejo alguns modelos Evolution com 44 e até 48, o que transformou o relógio bastante proporcional anterior em algo ridículo atualmente.
Mas tecnicamente são zilhões de vezes mais bem acabados, aliás, são bem acabados mesmo, a Breitling, em padrão de polimento, detalhes em caixa, braceletes, mostradores, etc, não fica nem um milímetro distante da Omega e Rolex, por exemplo.
Resumo da história: compre se gostar e, de preferência, algo semi novo. Não vale a pena pagar full price em Breitlings, pois mesmo os com calibre b01 que o César citou não seguram preço. E se for comprar, que seja pós ano 2000, o que é facilmente identificável pela inscrição cronômetro no mostrador ou no back.
Zero? No Brasil custam caro demais, comparando-os com marcas de mesmo nível, como Rolex, Omega, etc.
Flávio