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Pressão no Parafuso

Iniciado por João de Deus, 05 Março 2012 às 11:40:55

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Adriano

Essa da foto é lançamento de 2012. Não sei quanto custará, mas a versão mais antiga custa mair ou menos CHF 850,00 na Suíça. O que significa que se alguém tivesse para vender no Brasil, custaria fácil uns R$ 3.000,00.

Abraços!

Adriano

VIP

Citação de: Adriano online 07 Março 2012 às 15:07:32
Essa da foto é lançamento de 2012. Não sei quanto custará, mas a versão mais antiga custa mair ou menos CHF 850,00 na Suíça. O que significa que se alguém tivesse para vender no Brasil, custaria fácil uns R$ 3.000,00.

Abraços!

Adriano

Acho que compensa pagar para ajustar a pulseira :-\ :-\
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Alberto Ferreira

Salve!

Bem,...
Sem qualquer "pressão", né?   ;)


Se você for um profissional, e se pretender estar muito bem equipado... 
Sim. Claro. É um investimento.

Mas se for um amador...
E por maior que este amor possa ser,...

Talvez, não...  ::)

Aí...
A pressão, agora sem aspas...  ;), fica a cargo dos dedos...

Segure a (melhor e mais adequada) chave que tenha à disposição para o serviço.
Gire gentilmente com os dedos (polegar e médio), mantendo o indicador no "topo", com uma leve pressão...

Quando os dois dedos tratores "resvalarem" (e nem precisa ser 6 vezes por volta...), pare.
Tá feito.

E a cabeça (fenda) do parafuso agradecerá pela sua sensibilidade.  ;)

Abraços, meus amigos...  :D
Abraços!
Alberto
8)

flávio

Essa ferramenta, a chave com torquímetro, é mais uma daquelas invenções que...
Uma história. Tenho um chapa que possuía um Porsche Cayene. Ficou com ele seis meses, até ele dar um defeito na bomba de combustível (ele só soube depois o que era) e precisou enviar o carro para São Paulo, porque aqui em Brasília não tinha (não tem) revenda. Aqui, fuçaram no carro, fuçaram no não sei o que, fuçaram, e não resolveram o problema. Na autorizada em Sampa, conectaram o troço em um notebook, reprogramaram a central, em 1 minuto estava tudo pronto. Detalhe: a concessionária nem cobrou! Mas ele gastou 3 paus para mandar o carro de cegonha para Sampa. Resumo: vendeu o carro e comprou uma X6, de raiva. O que isso tem a ver?

Ora, é impossível espanar qualquer parafuso se você USAR UMA CHAVE QUE TENHA O TAMANHO DA FENDA! Não preciso explicar como é uma chave do tamanho da fenda. Não, um conjunto de 10 chaves da Bergeon ou 9 da AF (como o que tenho) não resolverão todos os seus problemas. Mas para isso, é possível fazer ou comprar a chave que está faltando.

E ela não custará, claro, 3 mil dilmas...Aliás, no livro do Daniels, ele ensina o que é e o que não é uma boa chave. Detalhe: ele fazia as dele. Coisa de outro mundo? Não. Se baixarem a primeira, disse a primeira lição do curso de corresponência do BHI, que não é uma bobagem, mas um curso técnico reconhecido pela Coroa Britânica, a primeira lição é...Fazer uma chave para extração de ponteiros!


Flávio

Paulistano

amigo Flávio
o maior problema que vejo não é espanar a rosca (que considero praticamente impossível, mas quebra a cabeça do parafuso, que é de um aço bastante duro, e por isso sujeito a quebras muito facilmente.
eu mesmo, certa vez, fazendo a revisão de um omega 611 quebrei o parafuso que segurava a platina do calendário. foi um aperto de nada, com todo cuidado, e o parafuso quebrou.
outro parafuso terrível é os que travam o mostrador deste mesmo relógio...muito sensíveis, e difíceis de tirá-los, em caso de quebra.
acho absolutamente desnecessário um torquímetro para um amador. acho que uma ferramenta dessas só se justifica numa autorizada.
não conheço em SP NENHUM relojoeiro que use um torquímetro de R$3.000,00. isto e delírio....
enfim, como diz um ditado: ao mecânico ruim, até as ferramentas atrapalham...
se o cabra for um grosso, não tem ferramental que o transforme num bom relojoeiro.
abraços.

flávio

Claro! Eu duvido que até na Suíça usem isso cara! E que fique claro o que quis dizer com a história do Porsche: no conserto dele, o notebook ligado à fábrica era imprescindível, a chave com torquímetro não! E ninguém nunca usou isso na história da relojoaria, nem mesmo quando se fazia tudo à mão, para que isso hoje? Ah, coisa que o Daniels explica no seu livro e ele fazia nas suas chaves: a ponta nunca encosta no fundo do chanfro, para não marcar. A pressão e exercida só nas laterais.


Flávio

Adriano

Esse tipo de chave não é para mecanismos, mas para elementos de caixa, normalmente. Mecanismo não tem segredo e mesmo que alguns manuais recomendem algum torque específico para algum parafuso, é fácil do relojoeiro aliviar o torque por sua própria sensibilidade. Especialmente porque quando há limite ou indicação, é justamente de torque baixo. Isso não é assim tão crítico em mecanismos. Em elementos de caixa, é mais. A AP exige que a autorizada tenha uma dessas.  A Tissot também, para as máquinas de T-Touch, pois possuem chassi de plástico se meter força demais, detona o encaixe da bucha com o chassi.



Abraços!

Adriano

Adriano

Ah, mais duas considerações: espanar não é o problema, mas sim o de estrangular peças. Exemplo: parafuso de luneta de cerâmica de Hublot. Se apertar demais, pode quebrar a luneta, se apertar de menos, o parafuso cai com o uso.

A segunda consideração é pessoal: esse tipo de chave é muito usada para montagem de peças externas. Em oficinas enormes e em linha de montagem nem sempre são relojoeiros que fazem esse trabalho, mas meios-oficiais. Que obviamente não têm experiência nem destreza manual para saber ou sentir o quanto podem dar de aperto em uma peça. Logo, com essa ferramenta, qualquer um pode montar qualquer parafuso na medida exata.  Esse tipo de ferramenta é elaborada com isso em mente. Enquanto um bom relojoeiro faz o mesmo com uma chave qualquer.


Abraços!

Adriano.

igorschutz

Citação de: Adriano online 08 Março 2012 às 06:33:46
Em oficinas enormes e em linha de montagem nem sempre são relojoeiros que fazem esse trabalho, mas meios-oficiais. Que obviamente não têm experiência nem destreza manual para saber ou sentir o quanto podem dar de aperto em uma peça.

Tava estalando os dedos para escrever isso.

Nem todo mundo que trabalha com relógios é relojoeiro, e, além disso, nem todo cuidado do mundo é possível ser dispensado numa produção gigante, então esse tipo de ferramenta visa acelerar o processo.
Com uma chave dessa você não precisa mais se preocupar em pôr a força certa, sob pena de perder o produto. É só apertar até o treco girar em falso e boa... próxima peça!
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Alberto Ferreira

Salve, amigos.

Bem,...
Eu creio que tudo o que os amigos disseram e eventualmente contrapuseram com relação à "necessidade" de usar uma chave assim está correto.

Mas,...
Na manutenção caseira (aquela feita por amantes da arte...), a coisa pode ser bem diferente.

1) Os parafusos que lá estão, digamos, naquele nosso sofrido e vivido "vintage" são os originais?
Aqueles, os originais, foram feitos para estar naquela posição... Material, tamanho da cabeça/fenda, forma destas duas, etc.
Mas, bastam algumas visitas a oficinas "picaretas", onde qualquer parafuso vale...  ...e eles, os originais, "dançam".
Portanto a chance de dar de cara com um desses é razoavelmente grande.

E é mais ou menos como perfurar um poço...
O pior dos mundos é quebrar a ferramenta (no caso, fazendo uma analogia, o corpo do parafuso) dentro do poço... Que fica lá, servindo de bucha, ou plugue.
Então, mesmo sem gastar as tais 3.000 Dilmas, toda a delicadeza pode ser a única coisa a fazer.

2) Sem entrar (muito) em considerações técnicas...
Mas, falando de forma geral, em qualquer parafuso o chamado "perfil da rosca" é dimensionado (no seu "formato") para a função que o parafuso irá exercer.
Sendo assim, há parafusos cuja rosca foi dimensionada para, com o aperto, exercer uma certa função de "protensão", quando o material do corpo do parafuso "traciona" as partes ligadas por ele, mantendo-as sob pressão.
Neste caso, como bem comentado, além do próprio parafuso, as próprias peças têm que resistir ao esforço, como no caso citado dos aros de "cerâmica".
Em outros, esta função não é necessária e o perfil da rosca é feito de acordo. Nos relógios, eu creio que a maioria até seja assim.

Moral da história, parafusos de relógios são em muitos casos quase microscópicos...
Mas o seu manuseio inadequado pode causar problemas bem "grandes".

Abraços a todos!
Alberto