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Novo crono automático - ETA C01.211

Iniciado por Adriano, 18 Março 2009 às 14:34:34

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flávio

Então peguemos um crono integrado, com rodas: o El Primo. Todos aqui já devem tê-lo acionado. O acabamento é muito bom, não há dúvidas. O que acharam, sejam sinceros. Eu achei brusco, plá!, demais, se é que me entenderam. Muito diferente, por exemplo, do meu Ebel 137, integrado, com came, cujo funcionamento é bem suave. Ou seja, não dá para generalizar...


Flávio

Alberto Ferreira

#21
Salve!

Eu também acho que não dá para generalizar, não.
Aliás, eu creio que a fama de "maciez" de acionamento dos cronos com roda de colunas ser (estritamente) decorrência dela pode mesmo ser um certo "folclore".

Mas, uma coisa é certa.
Pelo menos para mim, referindo-me estritamente aos relógios que usei ( uso normal, de fato e na prática) por um tempo mais longo, os movimentos que me passaram uma maior sensação de "maciez" e "progressividade", sem nada daquela sensação de "plá!" que mencionou ou Flávio, foram o Venus 175/150 e o "clone" russo o Poljot 3017.

E, coincidência ou não, incidentalmente ou não, eles têm roda de colunas.  ;)
;) ::)

Mas, obviamente, eu não posso a partir disso excluir os sem roda de coluna, também macios, com os quais eu nunca tive maior contato.

Daí, baseado apenas em minhas próprias experiências, eu não me sinto em condições de firmar opinião "rígida" sobre o tema.
E, portanto, eu fico com o que leio,... E não generalizo.
;) :-\

Abraços a todos!

igorschutz

Realmente, não dá pra generalizar. Nem sempre o acionamento por roda de colunas é o mais macio, mas que em regra ele é (lembrando que toda regra tem exceção), não tenho dúvida... quer dizer, não acho que seja folclore.

E acho que há uma razão técnica para isso: o sentido do movimento realizado pelos próprios acionadores (roda de colunas ou came).

Na roda de colunas, o movimento realizado pela peça é circular e num só sentido. Por exemplo: em determinado movimento, quando você aperta o botão de acionamento do cronógrafo, a roda de colunas gira no sentido horário; quando você aperta o botão para parar o ponteiro, novamente a roda gira no sentido horário; e, finalmente, quando você aperta o botão para retorno do ponteiro a posição original, mais uma vez a roda gira no sentido horário.

Já com o came, o movimento realizado pela peça também é circular, mas em sentidos opostos em determinadas etapas. Por exemplo: quando você aperta o botão de acionamento do cronógrafo, o came gira no sentido horário; quando você aperta o botão para parar o ponteiro, o came gira no sentido anti horário; e, finalmente, quando você aperta o botão para retorno do ponteiro a posição original, mais uma vez a roda gira no sentido anti horário.

Penso eu, que essa particularidade, de um acionador girar sempre em um sentido e outro girar em ambos, pode vir a influenciar na suavidade do acionamento do cronógrafo. É uma explicação plausível, não?

Abraços,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Adriano

A explicação quase essa. A pressão das molas da roda de colunas e dos cames e a pressão das molas das alavancas todas influenciam a sensação do acionamento, seja lá qual é o sistema. Lembremos, por exemplo, que há mecanismos com roda de colunas e acoplamento por alavanca basculante e outros com acoplamento por embreagem vertical, o que muda completamente a coisa. E não é só isso. A sensação do botão de zeramento também muda drasticamente por outros fatores que não têm nada a ver com ser roda ou came. Há sistemas em que o o botão pressiona diretamente a alavanca do martelo de zeramento, tornando-o mais duro, e há sistemas em que o botão apenas libera uma trava, e o martelo é acionado por meio de mola, tornando o acionamento bem macio. Logo, não tem nada a ver com a roda de colunas.

O tamanho dos cames faz diferença também, pois a distância percorrida, sendo menor, necessita de uma mola de menor pressão. Logo a diferença de acionamento entre um Omega 861, com cames usinados pequenos, e um Valjoux 7750, com cames estampados grandes, ou ainda um Valjoux 7733 com cames estampados ainda maiores.

Complementando a explicação do Igor, o giro percorrido pela roda de colunas, bem pequeno, torna o acionamento normalmente mais macio. No came, ele percorre uma distância maior, e além disso, a distância que ele percorre é diferente entre cada função. Por isso a diferença drástica de dureza que ocorre entre o primeiro acionamento, o segundo acionamento, e a parada em vários sistemas de cames.

Abraços!

Adriano

Guilherme

olá amigos.

Muito interessante este tópico. Evoluiu sem sair do assunto. :D

Eu também acho que não dá para generalizar, apesar das colocações técnicas dos amigos. Mais uma coisa confirmo: O tal Poljot cal. 3017 têm o acionamento mais macio que já ví, o que dá a impressão que qualquer outro cronógrafo possui um acionamento duro (inclusive os cronos quartz). Por outro lado, o Poljot 3133 (Valjoux 7733) é bem duro.

Outro dos meus com acionamento macio é um Chronographe Suisse com Landeron cal. 48 (sistema de came). A maioria dos Landeron que ví por aí mal funcionam direito. Também ouví comentários dos cronos citizen cal. 8110 serem extremamente duros. Já o que possuo considero macio. E este possui roda de colunas.

Aí entra um outro detalhe: A forma como esses relógios foram, ou são, revisados.

Os poucos 7750 que tenho são razoavelmente duros. Os seikos 6138 e 6139 ídem.

Abraço,
Guilherme.

igorschutz

UEBAAAAAAAA!

http://forums.timezone.com/index.php?t=tree&goto=4436228&rid=0

http://forums.timezone.com/index.php?t=tree&goto=4435599&rid=0

O calibre C01.211 já está em produção e realmente é baseado no finado Lemana 5100 (uma pena que com a disposição do ETA 7750 e não com o acumulador central de minutos)!

Achei o Tissot um pouco feio, mas certamente no futuro virão outros modelos.

Abraços,

Igor
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Wadley

Wadley

Enéias

Citação de: igorschutz online 05 Maio 2009 às 15:33:29
UEBAAAAAAAA!

http://forums.timezone.com/index.php?t=tree&goto=4436228&rid=0

http://forums.timezone.com/index.php?t=tree&goto=4435599&rid=0

O calibre C01.211 já está em produção e realmente é baseado no finado Lemana 5100 (uma pena que com a disposição do ETA 7750 e não com o acumulador central de minutos)!

Achei o Tissot um pouco feio, mas certamente no futuro virão outros modelos.

Abraços,

Igor

Boa notícia e concordo com você: o tissot não é lá muito bonito.

Alberto Ferreira

#28
Salve!

Bom,...
É apenas um detalhe,...
Mas, eu não gosto muito daquela coisa de ter uma "escotilha" no fundo.

Eu prefiro todo de metal ou todo de cristal.
Mas, certamente é uma questão de gosto pessoal.


Será que o objetivo foi mostrar, "ma non tropo"?

Será que há alguma intenção de procurar não mostrar muito as (sempre polêmicas) peças de material sintético para movimentos deste tipo?

Talvez surjam mesmo outras versões com uma estética e uma visão diferente do movimento.

::)

Abraços!

igorschutz

Alberto,

Com certeza é pra esconder as partes plásticas!
O Swatch Group já tem antecedente disso, no Speed Pro, certo?

Um jeito legal de, não propriamente disfarçar, mas dar um toque divertido às peças de plástico, que bem poderia ser repetido nos Swatch, seria o que Alain Siberstein fez no seu Krono Bauhaus:


Fonte


Fonte


Fonte

As peças plásticas são coloridas e em formatos diferentes (reparou que a peça amarela é uma cobrinha?).


Abraços,

Igor
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Mauro

Amigos ,

Apenas uma pequena ressalva e minha opnião sobre a Roda de Colunas , R.C.

O maior beneficio eu acredito que seja a macies , em relação ao sistema com cames,

Se pegarmos dois relogios novos um Broad Arrow 3303 com R.C., e outro Speed Date com Base Valjux 7750 ou Speed REduced com 3220 Eta com Dubois Depraz,

Enquanto novos todos serão próximos com uma pequena vantagem a R.C..

Se pensarmos apos 5 anos sem revisão, o R.C. será bem mais leve, porque?

O seu sistema de acionamento é bem mais simples e tem muito menos atrito, qual mesmo sem lubrificação ou com a lubrificação ressecada ele será mais leve,

No acionamento a bascule empurra a alavanca que passa o dente da R.C. e libera o funcionamento do crono, e quando acionar novamente ela apenas vai puxar a R.C. que libera a trava da roda do crono, seu sistema bem simples e bem fácil.

Enquanto um Valjux ou outro sistema tem muito mais peças interligadas e aumentam a pressão e a força a ser exercida para concluir o processo,

Se pegarmos o exemplo do valjux , o seu sitema conforme mostra http://www.eta.ch/swisslab/7750/7750.html start/stop/reset conseguimos visualizar bem,

Pois o comando de acionamento do crono tem atrito com muitas peças, como a bascule de acionamento a mola de pressão do comando, o freio da roda de crono, e a bascule do zeramento do crono,

A peça  55200 é o comando de acionamento em palavras polulares, ela tem contato com todas estas  55281 , 55241 , 55271 , 55137. qual requer uma força bem maior para executar a sua função,

Espero ter ajudado , não sei se fui claro, qualquer coisa tento explicar melhor,

Abs,

Mauro