Exato: o conceito de qualidade é relativo, muda de pessoa para pessoa. Para mim, máquina de US$ 10,00 que não dá regulagem e não tem um pingo de isocronismo não é sinônimo de qualidade e isso, pro meu conceito de qualidade no que tange mecanismos de relógio, se sobrepõe a qualquer outro adjetivo positivo que esse mecanismo venha a ter. Isso mata com tudo.
Repetindo, essa é a minha opinião, única, exclusiva, particular. Respeito a opinião de quem acha que, por ela custa US$ 10,00 e manter média de 15 s/dia, faz dela uma maravilha tecnológica. É o ponto de vista de cada um. Considero altamente louvável o que a 7S26 faz. É inacreditável que um calibre mecânico fabricado nessa quantidade e tão barato tenha uma precisão maior do que a de um relógio todo feito à mão de 100 anos atrás. Mas isso, para mim, continua não fazendo dela um mecanismo de qualidade absoluta (e não qualidade relativa, se é que existe isso). É tecnicamente pífia.
Agora, eu tenho um motivo muito forte para não pensar da segunda maneira: se uma máquina de US$ 10,00 entrega 15 s/dia de maneira honesta, então eu tenho que crer instantaneamente que qualquer mecanismo de US$ 20,00 que não entregue o dobro de precisão é um assalto, é um engôdo, uma tapeação. Temos mecanismos de US$ 5.000,00 que, na marcha diária média, entregam precisão um pouco melhor que a 7S26. Se eu pensar desse jeito, automaticamente esse último exemplo é o cúmulo da enganação ao consumidor.
Abraços!
Adriano