Como uma imagem vale mais do que mil palavras...
Vejam o comportamento de 4 relógios diferentes em um teste de longa duração, com um pouco menos de 10 minutos. No quadro inferior da tela vê-se a flutuação de marcha, e no superior, a flutuação de amplitude. Todos foram testados com corda cheia após uma hora de repouso, menos o Marinemaster que deve estar com +/- 3/4 de corda e com repouso de uns 20 minutos, o que se fosse para fazer diferença, faria para pior.
Seiko SKX007, fabricado em 2009, comprado novo, com pouco uso, em perfeita ordem de lubrificação, equipado com 7S26B. Está regulado (!!!!!) e faz uma média de uns +7 s/dia. Porém o gráfico dispensa comentários e basta compará-lo com os outros exemplos abaixo.
Seiko Samurai, fabricado em 2004, em perfeita ordem de lubricação, equipado com 7S25A. Fotos do relógio omitidas pois o relógio não é meu. Observar a variação de amplitude no início do teste e o comportamento inverso da marcha, revelando o péssimo isocronismo pois a marcha não deveria flutuar em quase um segundo a cada 2º de amplitude.
Seiko Marinemaster, fabricado em 2010, comprado novo, com uso razoável, em perfeita ordem de lubrificação, equipado com 8L35.
Omega Seamaster GMT, revisado em autorizada há uma semana, com corda e outras peças novas, equipado com calibre 1128, baseado no 1120, que por sua vez é baseado no ETA 2892-A2, com certificado COSC.
Resumindo: o Marinemaster e o Omega revelam uma flutuação normal para qualquer mecanismo de qualidade. Já o 7Sxx revela uma entrega de força deficiente ao escapamento, com flutuações que podem ter origem na corda, ou em qualquer parte da rodagem, seja por problemas de centralidade da rodagem, folgas, imperfeições nos perfis dos dentes, etc. etc. etc., defeitos que nem são provenientes do escapamento e por isso, basicamente não estão sujeitos a ajustes. Assim como revela o péssimo isocronismo.
Abraços!
Adriano