Só agora tive tempo de ver o filme todo. Realmente muito legal, acho que todos deveriam ver, pois indica a tônica atual, como ressaltado acima, das fábricas suíças: muita automação. Isso para mim significa uma evolução que não tira o brilho da indústria que sempre buscou meios de melhorar a produção através de criação de máquinas.
Aliás, há muitas fábricas que dizem fazer tudo "à mão", quando na verdade isso não ocorre. Eu, por exemplo, visitei a Glashutte Original que está num nível superior no mercado. A montagem é completamente feita à mão. Porém, os componentes são fabricados pelas mesmas máquinas CNC que vemos nos filmes da Breitling, claro, numa escala muito menor.
Outro dado importante é a tal verticalização. Como disse no meu texto sobre a indústria suíça, isso nunca foi a tônica por lá. Mesmo nas fábricas integradas, a fabricação não ocorre totalmente "no mesmo" teto, sobretudo porque as especialidades são diferentes e, então, melhor deixar para quem sabe. Aliás, é interessante notar como nós, entusiastas, damos valor ao tal movimento, quando, no filme, observa-se que a complexidade, pelo menos aparente, da construção de caixas e outros componentes é até maior. E a caixa da Breitling é realmente complexa, um porre mortal para polir, devido aos detalhes, etc.
Para quem é novo no fórum e quer acompanhar efetivamente como se fazia um relógio não na época de Breguet, mas na época de Tompion, vale a pena seguir os filimes do Roger Smith. Em que pese a complexidade de projeto e maquinário para fazer um ponteiro Breitling, aí você vê como a banda realmente toca quando se quer fabricar tudo na munheca...
Isso não existia no passado remoto e voltou agora com poucos caras. A título de comparação, deixo aqui o canal do cabra:
http://www.youtube.com/watch?v=40zWJSeUCgA&feature=channel&list=ULFlávio