Menu principal

Monitor Cardíaco, alguém usa?

Iniciado por O Cara, 28 Agosto 2012 às 00:55:28

tópico anterior - próximo tópico

flávio

Não, não estou de sacanagem!  ;)
Você próprio disse que no ciclismo usa o GPS porque "gosta de ler os dados gerados". E faz o que com eles?
Dados que interessam em treino, que eu anotava na agenda, na caneta: treino (meu ciclo anual eu já fazia em novembro do ano anterior, os treinos de cada mês, porém, apenas uma semana antes de cada final de mês); tempo; alguma sensação estranha que eu tenha tido no treino; limiar para o mês e qualidade de sono. Só, nem distância anotava.


Flávio

FALCO

FPiccinin, ainda não usei o garminconnect de forma correta, apensa de brincadeira, mas preciso explorar melhor os recursos, deixar um "log" lá, parece bem legal, mas como o Flavio diz, não sei se saberei "ler" as informações lá para poder tirar proveito ou "configurar" melhor meu treino.
Flavio, de fato não "uso" o resultado do meu treino para aprimorar os próximos, uso o GPS apenas para, durante o treino, me manter nos padrões pré estabelecidos, por exemplo, na quarta fiz 13km a 11km/h, hoje, farei 5km a 12,5km/h, uso o GPS para manter constante esta velocidade, antes - e só percebi agora - em um treino destes longos (10km para cima), se por exemplo o treino era de 11km/h, começava a 13 e terminava a 10 e nem percebia tanta variação... O GPS me ajudou nisto.
Mas acho que meus treinos e meu nível são abaixo do "modelo" que você usava para treinar, digo isto porque nunca fiz um treino até "quebrar"...
Não sei se me fiz entender, mas também não conheço muito da teoria...
FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

FPiccinin

Esses dados são importante para que eu comece a determinar limites mesmo que teoricos para um determinado "cenario"...por exemplo, baseado nesses dados hoje eu consigo saber que uma subida com 6% de inclinação eu devo subir em uma relação 39 x 21 que meu pulso ficará em 130bpm que para mim é uma condição confortavel.
Você anotava em um caderno, os meus dados estão na web, meu treinador que está em SP e eu em Campinas consegue ver o resultado real dos meus treinos e testes a hora que ele quiser e eu de onde eu estiver.
O GPS como medir de distancia, velocidade para o ciclismo agrega muito pouco, ao contrario da corrida de rua que sem dúvida foi uma revolução como ferramenta de treino.

Agora é claro que ter um medidor de potencia e não utilizar os dados para nada é carregar peso a toa.

Fpiccinin

Citação de: flavio online 30 Agosto 2012 às 22:06:21
Não, não estou de sacanagem!  ;)
Você próprio disse que no ciclismo usa o GPS porque "gosta de ler os dados gerados". E faz o que com eles?
Dados que interessam em treino, que eu anotava na agenda, na caneta: treino (meu ciclo anual eu já fazia em novembro do ano anterior, os treinos de cada mês, porém, apenas uma semana antes de cada final de mês); tempo; alguma sensação estranha que eu tenha tido no treino; limiar para o mês e qualidade de sono. Só, nem distância anotava.


Flávio

FPiccinin

A minha experiencia como esportista amador é que um treino forte ou por exemplo um treino até quebrar não é aplicavel para todos.
1o Nossa condição cardiaca evolui muito mais rapido que nossa condição muscular,
2o O mesmo atleta quando treina para uma prova curta e para uma prova longa o forte é diferente.
Eu treino orientado por um treinador a 8 anos, ja corri 6 maratonas, mais de 30 meia maratonas, no ciclismo ja fiz granfondo Pinarello, Le etape d´tour entre outras.
E a tecnologia sempre me ajudou...nao posso afirmar que foi ela a maior responsavel pela minha evolução, mas me deu base para muita coisa.

Por curiosidade entre no http://connect.garmin.com/teamGarmin e veja os dados da equipe Garmin/Sharp/Barracuda.

Abs

Citação de: FALCO online 31 Agosto 2012 às 11:42:18
FPiccinin, ainda não usei o garminconnect de forma correta, apensa de brincadeira, mas preciso explorar melhor os recursos, deixar um "log" lá, parece bem legal, mas como o Flavio diz, não sei se saberei "ler" as informações lá para poder tirar proveito ou "configurar" melhor meu treino.
Flavio, de fato não "uso" o resultado do meu treino para aprimorar os próximos, uso o GPS apenas para, durante o treino, me manter nos padrões pré estabelecidos, por exemplo, na quarta fiz 13km a 11km/h, hoje, farei 5km a 12,5km/h, uso o GPS para manter constante esta velocidade, antes - e só percebi agora - em um treino destes longos (10km para cima), se por exemplo o treino era de 11km/h, começava a 13 e terminava a 10 e nem percebia tanta variação... O GPS me ajudou nisto.
Mas acho que meus treinos e meu nível são abaixo do "modelo" que você usava para treinar, digo isto porque nunca fiz um treino até "quebrar"...
Não sei se me fiz entender, mas também não conheço muito da teoria...

flávio

#24
É claro! Um dos princípios também da "Periodização do treinamento esportivo" chama-se especificidade. Você não treina para esporte que não vai praticar. E, claro, não treina para competições para as quais não vai competir. A obra do Tudor Bompa não faz diferenciação entre esportes aeróbios, anaeróbios, etc. Ela é uma obra seminal de treinamento esportivo e periodização. Tanto é que ele nem ao menos trabalhava com ciclistas, corredores, etc, mas sim com levantadores de peso da cortina de ferro. Os princípios que ele estipulou aplicam-se a todos os esportes.

Falando de mim, quando voltei a treinar sério o ciclismo (algo que, como disse, só durou um ano e meio, por motivos vários. Hoje só pedalo uma vez por semana, cerca de 50 minutos, 10 aquecimento, 10 desaquecimento, 30 sangue nos olhos, zona ligeiramente acima do limiar que, diga-se, sei que estou lá por sensação corpórea, porque não uso mais monitores), tive um problema grave. Treinava para XC, mas em Brasília os caras faziam maratonas. Eu simplesmente não tinha gás para acompanhar os caras nesses pedais longos de trocentos kms que faziam, simplesmente porque eu não treinava para isso! Meu volume de treino semanal não era tão longo (variava de 6 a 12 horas por semana, dependendo da época do ano, mais duas sessões semanais de musculação de 30 minutos cada), mas a intensidade sim. E eu não fazia bases tão longas como os caras de regiões frias fazem, justamente porque não fazia sentido em "não pedalar". Mas sim, na minha base dava minhas corridas, etc, para variar um pouco.

Quanto a estabelecer um parâmetro de inclinação de subida e relação, com todo respeito, é a coisa mais maluca e bitolada que já vi! Acho que nem os caras do Tour fazem isso, sem querer ofender, é apenas uma discussão mesmo.

Eu, como atleta de MTB, usava a minha speed durante a semana não porque gostasse de speed, mas porque treinar no asfalto é muito mais "controlável" do que na terra. Mas quando treinava subidas, o que era difícil em Brasília, dado o pequeno número de subidas longas, se o treino era de passo em subida, eu estabelecida uma zona pre anaeróbia curta e lá permanecia. Não me interessava a inclinação da subida, muito menos a cadência. Cadência é algo que se tornou meio que uma lenda depois que o Carmichael veio com aquela conversa do Lance ter tido que mudar sua cadência por conta do câncer, etc.

Vendo as olimpíadas este ano, percebi que o Wiggins, ao contrário dos "giro rápido", pedalava com o antigo velocista, travadão. Mesma coisa no tour. Ou seja, cadência é algo natural. Eu sempre pedalei em torno de 90 rpms, mas é óbvio que em subidões isso podia cair para 50. E, no mtb, uma cadência elevada em subidas não funciona, por conta da tração.

No livro do Brian Lopes há uma entrevista com um cara, esqueci o nome e não estou em casa, do campeão expert de mountain americano dos idos de 2000, onde ele dizia que nos 5 primeiros anos de carreira dele ele fazia intervalados, usava monitores, etc. Lá pelas tantas, ele passou a pedalar de acordo com o terreno (que é muito a filosofia do fartlek) e obteve resultados até melhores, porque se divertia mais.

Acho importantíssimo ter o conhecimento teórico de treino esportivo, mas hoje, como disse, eu não seria tão bitolado como antes. O troço para a não ser tão divertido...E, no mountain bike, o próprio terreno te obriga a fazer "intervalados" naturais algo que, no ciclismo, já é mais difícil (em Brasília então, nem se diga, o povo aqui é bom no passo, nunca fui bom em passo, mas em descidas e subidas. Aliás, vão descer no MTB mal lá no inferno como os caras daqui! Eu fiquei 10 anos parado e os caras não conseguiam me acompanhar com fulls e eu com uma rabo duro com suspa manitou r7 super de 100 mm! Mas tive minha primeira mountain em 1989 e, até 1993, já na Trek e com uma das primeiras bikes em carbono do Brasil, as 80XX composite - a minha era 8700 - ainda corria sem suspensão! Andar nas bikes sem freio que presta e sem suspensão me deu uma base para ser meio maluco nas descidas, algo que o povo daqui nunca foi, ao contrário de BH, minha cidade natal).

Enfim, acho tudo válido, li uns 20 livros de treinamento esportivo na época que treinava com um mínimo de seriedade mas hoje, disse hoje, faria as coisas um pouco diferentes.


Flávio

flávio

Coincidência ou não, foi publicado um artigo hoje na Bicycling, talvez a mais respeitada revista sobre o esporte, dizendo exatamente o que ponderei acima. Vale a pena ler:

http://bicycling.com/blogs/fitchick/2012/09/05/a-high-wattage-smile/?cm_mmc=Facebook-_-Bicycling-_-Content-Blog-_-high-wattage



Flávio

FALCO

FRM: contra argumentos, não há fatos !!!