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Cronógrafo SEM embreagem vertical

Iniciado por João de Deus, 12 Setembro 2012 às 09:40:45

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João de Deus

Fiquei com uma dúvida:
- Se deixar um cronógrafo cujo movimento tem acionamento pelo sistema de alavancas (sem embreagem vertical), além da variação de marcha pela amplitude, existe ou não, a possibilidade de danos ao movimento?

João
João

flávio

Depende... Eternamente acionado? Sim. A alavanca desloca e uma roda com zilhões de dentes se acopla para que o sistema funcione. No curto ou médio prazo não há problema, mas uma roda tão diminuta não foi feita para girar continuamente. Minha opinião.


Flávio

igorschutz

Cuidado aí com o que você escreve, chefe. Numa resposta como esta sua, uma parte dos leitores tendem a ignorar o "Eternamente acionado?" e enfiam na cabeça o "sim", e depois saem dizendo por aí que acionar o cronógrafo provoca danos ao movimento. Já vi essa novela antes...

Não penso assim. Penso que o cronógrafo pode ser acionado quando quiser, quanto quiser, pelo tempo que quiser. No entanto, de fato, considerando-se, por exemplo, dois 7750, sendo que um ficou a vida toda com o crono acionado e outro que só teve seu crono acionado eventualmente, o primeiro precisará ser revisado com mais frequência, pois é natural que sofra um desgaste maior que o segundo.

Todo cronógrafo foi feito para ser utilizado indefinidamente, ou seja, nenhum movimento vai quebrar pelo fato do mecanismo estar sempre acionado. O que pode acontecer é o movimento precisar passar por uma revisão num espaço de tempo menor do que se o mecanismo fosse utilizado eventualmente.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

flávio

Sim, o "indefinidadamente" a que eu me referi foi o que o Igor disse.


Flávio

João de Deus

João

Adriano

Minha particular e instransferível opinião: como eu já disse aqui zilhões de vezes, nenhum componente do sistema de cronógrafo é subdimensionado. E o esforço nas rodas que o compõe é pífio. Estamos falando do mesmo esfoço que faz a quarta roda de qualquer relógio. Em termos de atrito, só perde para o escapamento.

Logo, não interessa o sistema, pode deixar rodando a vida toda no que tange desgaste. O cronógrafo vai sofrer o mesmo tanto de desgaste que o resto do relógio. Se você deixar o crono parado, o resto do relógio "gasta", menos o crono... Qual a vantagem?

Abraços!

Adriano

João de Deus

Citação de: Adriano online 12 Setembro 2012 às 10:34:32

Logo, não interessa o sistema, pode deixar rodando a vida toda no que tange desgaste. O cronógrafo vai sofrer o mesmo tanto de desgaste que o resto do relógio. Se você deixar o crono parado, o resto do relógio "gasta", menos o crono... Qual a vantagem?


Oi Adriano, realmente Vantagem Alguma!

João
João

flávio

Eu vou colocar uma lenha na fogueira e "priguntá" para aqueles que estão na prática (sim Adriano, é para você mesmo...  :D ) umas coisas.

Sim, concordando com o Igor, o indefinidamente é o dele, não o meu. Parando para pensar um pouco, coisa que não fiz quando respondi, o Adriano está correto também. Afinal, rodas são rodas, e todas são feitas em latão com dentes cicloidais que giram "na tangente", num jeito porco de dizer, mas que todos entendem. Não há lá muito atrito entre rodas... Tanto é que você raramente precisa trocar uma roda, a não ser quando quebram dentes.

Porém, agora chego na minha dúvida. E os pivôs? Pivôs desgastam. Hoje todos os cronógrafos, mesmo modulares, possuem rubis em todos os pivôs. Mas se você girar os diminutos pivôs continuamente de um cronógrafo, digo, entre um espaço de revisão e outro (o que seria normal para o mecanismo de carga), ele não iria para o espaço?

E os pivôs que não possuem rubi algum? Há "cronotoscos" que são assim.

Essa a "prigunta".


Flávio

Adriano

Sim! Nos cronotoscos, aí você tá na "M", principalmente sem revisão.

Vejam: tudo o que falo é considerando relógios de qualidade razoável para cima, em ordem, bem mantidos, com revisões regulares. A partir do momento que saímos dessa atmosfera, e começamos a falar em mecanismos sem rubis, e revisões de R$ 50,00 ou a ausência de revisões (não sei o que é pior...), aí tudo pode acontecer e aí sim você está sujeitando o relógio a condições nas quais ele não foi projetado para funcionar.

A experiência me diz que é raríssimo, por mais antigo que seja o crono, ter desgastes que podemos claramente e sem sombra de dúvida concluir que foram causados definitivamente pelo "abuso" do cronógrafo. Por mais diminutos que sejam os pivôs (não mais diminutos que os de uma quarta roda), a pressão que eles sofrem contra os rubis é pequena. Tanto que se lubrifica com óleo fino na maioria das vezes. Até aquilo ali gastar por atrito, vai anos e mais anos, décadas, sem revisão e com o crono ligado. Mas aí, denovo, nessas condições, a última coisa que você deveria se preocupar era com o desgaste do crono...

Abraços!

Adriano

João de Deus

Quando postei este tópico estava me referindo ao Zenith El Primero.
João
João